Nú e com aquela faca quadrada levantada para minha mãe, Tontonho Bento parecia que tava mermo decidido no que ia fazê.
Torci o pé depois de tê pulado da janela, tentava me arrastá pra impedí mais uma tragédia.
"Protege a minha mãe que eu prometo: aceito quarqué castigo que ocê quisê me dá, meu senhô. Perdão por tê sido tão má, invejosa e articulosa com o Antonim. Mereço quarqué cruz que quizé que eu carregue."
Dizia alto pra Deus, enquanto minhas lágrima turvava minhas vista.
Deus parece que me ouviu.
"Guarda pra mim, mãe!"
Foi o que ouvi Antonim Bento dizeno.
"Craro meu fi."
A voz de mãe ocupano meu ouvido, levô minha alma direto pras núve.
Cheguei rastejano e vi uma cena que ficô pra sempre na minha mente.
Tava lá minha mãe segurano faca de Tontonho e limpano o sangue dela no seu avental.
"Cuida de mim mamãe, cuida de mim!".
Antonim Bento, com os braço erguido, parecia um bebê pedino colo.
O coração de mãe era enorme mas num ceitava ocupá um lugá que num era seu.
Como se pedisse torização prá cuidá do fi do zôto, ela levantô seu olhá na direção dos pai de Antonim Bento, que assistia de longe o desfecho daquilo tudo.
Dona Tonha, sem tê conseguido dá a lição no seu fí com a vara de marmelo, jogô o úrtimo toco que sobrô no chão e se virô entrano pra casa.
Nem olhô pra trás pra vê o que o distino preparava pra sua cria.
Seu Mané parecia que ia secá toda água que tinha no corpo, de tanta lágrima que brotava do seus ôio.
Ao vê que o fí queria o colo de minha mãe, ele interrompeu o choro.
A batida forte que sua esposa deu na porta vai-e-vem da entrada da sua casa, foi como trilha para que ele balançasse a cabeça dano torização pra minha mãe cuidá de seu minino.
A mãe nunca chamô minha atenção ficano de pé.
Sempre colocô seu ôio na direção das minha vista e assim me expricava as coisa da vida e do mundo.
Assim tamém fez com Antonim Bento.
Se baixô, deu um beijim na buchecha, ainda manchada do batom que emprestei pras criança pintá.
Levô ele em direção do banhêro pra cuidá das sua ferida.
Eu que isperava o pió, fiquei parada sem entendê nada.
No colo de mãe parecia que Antonim sorriu pra mim um sorriso alegre.
Tive a impressão que me agradecia pelo que fiz a ele.
Ou quem sabe por que ouviu a promessa que fiz a Deus e ele ia me cobrá cada palavra daquela jura desesperada.
A gente promete cada coisa difícil de cumpri pra Deus, né?
Parece que ele acaba pruveitano nossos deslize só pra castigá nossas falha humana.
_____________________________________________Quero sua estrelinha agora, viu?
Me fale o que achou desse capítulo.
Espero sua participação nos meus outros livros , tá?
Agradeço de coração que esteja lendo a minha obra!
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Trágica Família (Parte 1)
Genel KurguSINOPSE: Quatro pessoas de uma família (um filho, uma filha, um pai e uma mãe) encontram-se instalados no chão da sala de sua casa. Algo grave aconteceu com eles e cada um, antes de apagar os olhos, relembram os momentos da vida que os conduziram n...