𝑪𝑨𝑷𝑰́𝑻𝑼𝑳𝑶 01

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Escritório de Advocacia - 9:00a.m

Anahí: Dulce, me passa esses documentos aí na sua mesa? - Disse a loira apontando para uma pasta preta à direita de Dulce.

Dulce: Esses aqui? - Ergue a pasta no ar

Anahí: Isso! - recebe os papeis - Poncho vai entrar num novo caso. Um homicídio. O marido matou a própria mulher quando descobriu que ela tinha um caso de 2 anos com um ricaço. O que acha disso? Parece que ele cobria ela de 'agradinhos' e dos caros!

Dulce: Quer saber o que eu acho? Pra mim é só mais uma confirmação do que eu sempre digo: relacionamentos são sempre complicados! Não valem a pena. Você se apaixona pelo primeiro idiota que te chama de 'meu amor' e acaba com uma faca atravessada na garganta. É típico!

Anahí arregala os grandes olhos azuis: "É típico" ?? Credo Dulce, também não seja tão radical. - Faz uma pausa enquanto a amiga olha pra ela pronta pra lançar-lhe um arsenal de argumentos de que "amar é perigoso sim e não há exceções", então continua - Nem sempre você termina com uma faca atravessada na garganta... às vezes não passa de um tiro no peito ou um estrangulamento, como naquele outro caso que Poncho pegou.

Dulce: kkkk, ta vendo, você mesma admite que tenho razão! Sua sorte é que tem um marido que trabalha no mesmo ramo que você.

Anahí: E o que isso tem a ver?

Dulce: Com os casos medonhos que ele costuma pegar, ele vê todos os dias o que NÃO DEVE FAZER com você, porque esses caras sempre acabam na cadeia, principalmente se isso depender de advogados como nós, que sabem fazer bem seu trabalho! - Falou, convencida.

Anahí: Falando em relacionamentos, já ta na hora de você voltar a tê-los, amiga! Você ta sozinha há quanto tempo, 1 ano?

Dulce: Lá vem você de novo! - revira os olhos - 1 ano e meio sem namorar sério. Mas não estou sozinha...

Anahí: Ah não??! - Fala fingindo surpresa e sendo irônica ao mesmo tempo - E onde está sua companhia, querida, posso saber? Porque se você chama seus últimos casinhos sexuais e tão somente SEXUAIS de "companhia", acho melhor você procurar ajuda médica. Ou espiritual, sei lá...

Dulce: Os meus "casinhos sexuais" já são mais que um tratamento espiritual e completo, meu bem. São o bastante. Eu sou uma mulher ocupadíssima.

Anahí: Ah claro, ocupadíssima... mas só porque você quer... não precisa pegar tantos casos, além do mais tem uns casos nada importantes que você pega enquanto não aparece nada maior, ta pensando que eu não sei porque faz isso?

Dulce: Me diga porque...

Anahí: Porque você tem que se manter ocupada pra não dar tempo sentir falta de um homem de verdade do seu lado!

Dulce: E o que seria "um homem de verdade"?

Anahí: Um cara que te ame todos os dias e não só uma noite, Dul. Precisa de alguém que cuide de você, que te avise quando está trabalhando demais e te proponha um fim de semana livre na praia, que te compre flores, que te leve pra sair... é disso que precisa.

Dulce com os olhos presos na sua papelada diária do trabalho: Não preciso não. Sei me cuidar sozinha, não sou fã de praia e muito menos de flores e quando eu quiser sair, chamo você.

𝗠𝔼𝗨 𝔻𝗘𝕊𝕋𝗜ℕ𝐎Onde histórias criam vida. Descubra agora