𝑪𝑨𝑷𝑰́𝑻𝑼𝑳𝑶 03

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Chegando à casa de Dulce, ela resolveu convidar seu cliente para entrar, como retribuição pela carona. Ele aceitou, avisando apenas que não demoraria muito, pois deveria voltar para a empresa.

Dulce entra, deixando as chaves sobre a mesa e anda até a cozinha, sendo acompanhada por Ucker.

Dulce: Gostaria de beber alguma coisa? Tenho suco de frutas, iogurte natural, cervejas e vinho tinto da melhor qualidade.

Ucker: Você é quem manda, bebo o que quiser beber.

Dulce: Bom, se importa de consumir álcool antes de voltar ao trabalho? - ergueu duas latinhas de cerveja no ar, após tirá-las da geladeira

Ucker sorri: Não. Tenho certeza que não vou me embriagar diante da minha advogada preferida.

Dulce: kkkkk, está alimentando tanto apreço pela sua advogada em tão pouco tempo. - colocou as cervejas no balcão e abriu-as

Ucker: Reconheço boas pessoas. Sei quando serão importantes na minha vida. - Deu um gole na sua cerveja, olhando profundamente nos olhos de Dulce.

Dulce: Ah, que bom que seu radar identificou meu bom coração - brincou, tentando disfarçar a vergonha após ser encarada por Ucker com tal profundidade. Chegava a ficar sem-graça diante de um homem tão bonito e tão... gostoso.

Dulce: Deveria tirar a gravata, ficaria mais à vontade.

Ucker: bom, devo admitir que concordo. - Começa a desatar o nó da gravata, meio atrapalhado.

Dulce: Posso ajudar?

Ucker: Por favor... isso parece mais fácil na frente do espelho.

Dulce se levanta e dá a volta ao redor do balcão, ficando em pé na frente de Ucker. Tira as mãos dele da gravata e começa a desatá-la, enquanto ele vagarosamente pousa as mãos no colo. Na verdade, sentiu vontade de pousá-las na cintura daquela ruiva elegante que parara na sua frente. Ela parecia concentrada no nó que desatava, mas ele estava mais interessado no perfume cítrico que ela exalava, e na maciez e delicadeza com que suas mãos o tocavam. Conseguia imaginar aquelas mãos percorrendo seu peitoral malhado, ou mesmo afagando seus cabelos castanhos. Estavam muito próximos. Como estava sentado e Dulce em pé, sua cabeça estava na altura do busto da ruiva e ele deteve seus olhos sobre aqueles seios ainda escondidos pelo terninho que ela usava. Adoraria vê-los num decote.

Dulce: Pronto - sorriu satisfeita puxando a gravata do pescoço dele e pondo-a sobre o encosto de uma cadeira ali perto

Ucker desfez-se dos seus pensamentos, que já seguiam um rumo perigoso. Mas de certa forma, já era tarde demais. Agora, sentado diante daquela mulher, sabia que a desejava. Seria bem conveniente encontrar uma mulher para viver algumas noites fogosas de sexo e paixão ardente, visto que já estava sem companhia há algumas semanas.

A verdade é que Ucker era um conquistador por excelência. Gostava da caça, gostava de ser o predador. Podia ser o homem mais responsável do mundo nos negócios, mas ainda era travesso como um adolescente, quando se tratava de mulheres. Ele tinha uma necessidade inescrupulosa pela carne, pelo suor nos lençóis, pelo perigoso, duvidável e indurável. Aquela mulher diante dele o atiçava, havia atiçado ainda na primeira vez que adentrara seu escritório.

E ela parecia ter percebido que seus pensamentos estavam longe e que ele a mirava com algum ardor e desespero naquele momento. Quis disfarçar puxando outros assuntos, voltando a falar do processo que estavam movendo na Justiça, sobre o trabalho com Anahí, sobre a beleza da arquitetura da empresa de Ucker. Ele tentava demonstrar interesse, mas sua mente ainda se perdia ao fixar-se nos lábios delicados da mulher que lhe falava.

𝗠𝔼𝗨 𝔻𝗘𝕊𝕋𝗜ℕ𝐎Onde histórias criam vida. Descubra agora