𝑪𝑨𝑷𝑰́𝑻𝑼𝑳𝑶 14

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O dia amanheceu, e já era 9:30h da manhã quando Ucker acordou. O quarto ainda estava escuro, pois ele tinha deixado as cortinas fechadas. Se assustou quando viu o horário e concluiu que o vinho e o cansaço da noite de amor o derrubaram de sono. Dulce estava aninhada como um bebê entre seus braços e ainda estava adormecida. Ucker parou por um momento para observá-la.

Ela estava coberta até a altura do busto pelo edredom, o cabelo caía sobre o rosto e os ombros, a mão estava pousada sobre o peito de Ucker. Seu seio subia e descia lentamente de acordo com sua respiração. Dormia muito tranquilamente. Ucker poderia observar aquela cena por muito tempo. Chegou a pensar que seria maravilhoso acordar todas as manhãs daquele jeito, pelo resto de sua vida.

Seu pensamento foi interrompido por um breve, baixo e abafado gemido de Dulce. Ela se mexeu um pouco, afastando-se dele e colocando a mão que descansava no peito dele sobre o seu próprio busto. Virou um pouco a cabeça e abriu os olhos, deparando-se com um suave sorriso e um par de olhos castanhos que a observavam. Ela o observou sem esboçar reação por alguns segundos, e então abriu um sorriso gostoso e receptivo, voltando a abraçá-lo.

Dulce: Bom dia!

Ucker, com voz rouca: Bom dia, meu anjinho. Dormiu bem?

Dulce: m-a-r-a-v-i-l-h-o-s-a-m-e-n-t-e bem!

Ucker sorri: essa foi a noite de sono mais gostosa que passei... uma noite inteira sentindo seu cheirinho... - beijou a bochecha de Dulce, que sorriu, fechando os olhos.

Dulce: que travesseiro delicioso você é!

Ucker sorri e cala-se por alguns instantes. Depois volta a falar, um pouco mais sério.

Ucker: me diz uma coisa... foi como você desejava? Eu fui rápido demais, ou, sei lá... não foi como você queria?

Dulce ergue um pouco a cabeça, que descansava no ombro de Ucker, e fita-o com ternura: foi perfeito.

Ucker parece um pouco aliviado: verdade? Não teve nada, nadinha que você não tenha... gostado?

Dulce levantou um pouco o corpo, afundando o cotovelo no travesseiro e apoiando a cabeça na palma da mão. Fitou-o, agora um pouco mais séria e voltou a falar.

Dulce: se está preocupado por causa das coisas que me aconteceram no passado, saiba que não há motivo pra isso.

Ucker: é que me deu um pouco de medo de fazer algo que te lembrasse aquele pesadelo...

Dulce, com uma voz suave: meu amor, isso nunca vai acontecer... o que fizeram comigo jamais vai interferir no nosso relacionamento. Você não tem absolutamente nada a ver com o cara que abusou de mim e nem com aquele que só quis meu corpo e depois me deixou... se eu to aqui agora, na sua casa, na sua cama, é justamente porque você é bem diferente.

Ucker: então não preciso me preocupar?

Dulce esboça um sorriso de canto de boca: não. Tudo o que fizemos essa noite, cada movimento seu, foi com meu consentimento e eu queria aquilo tanto quanto você. Isso torna as coisas muito diferentes. Você pode ser 100% Christopher Uckermann. Sempre vai me agradar sendo você.

Ucker solta o ar dos pulmões, agora totalmente relaxado. Segura o braço onde Dulce apoiava a cabeça e puxa, trazendo-a de volta para seu peito. Ela se aconchega ali e era inacreditável como seu corpo cabia perfeitamente no dele. Ucker afagou seu cabelo com uma das mãos e a outra, deslizava sobre o braço de Dulce, numa carícia suave e delicada.

𝗠𝔼𝗨 𝔻𝗘𝕊𝕋𝗜ℕ𝐎Onde histórias criam vida. Descubra agora