Desejo.

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A casa estava em completo silêncio, e Sarah dormia profundamente até que um grito agudo a fez despertar. Ainda confusa entre o sonho e a realidade ela esperou mais um momento em silêncio aguardando ouvir seu nome novamente.

– SARAH! - um novo grito surgiu.

Com rapidez surpreendente, ela logo identificou a voz de Juliette, e mesmo sem ainda se decidir entre o sonho e o real  deu um pulo da cama e saiu correndo em direção ao quarto dela, tomada pela adrenalina.

Antes que ela pudesse pronunciar outro grito, Sarah abriu a porta do quarto com posição defensiva parecendo disposta a lutar com qualquer um que fosse o intruso. Com o coração acelerado ela focou os olhos em Juliette que se contorcia na cama.

– O que...? - ela se interrompeu confusa.

Com o rosto pálido e com a expressão de dor Juliette disse baixo.

– Cãibras...

Sarah demorou alguns segundo até assimilar o pedido de ajuda, e assim que ela gemeu com a cabeça enterrada no travesseiro com dor, caminhou em passos rápidos até ela puxando o lençol, até que este caísse no chão. Sentia um pouco de raiva pelo susto que levou, mas não era maior que sua preocupação.

Juliette gritou quando Sarah encostou na sua panturrilha esquerda.

– Calma. - ela pediu lhe agarrando a perna com força e começando a massageá-la.

Juliette gritou mais uma vez contra o travesseiro, e mesmo com seus protestos Sarah continuou massageando para ajudar com a circulação.

Após alguns minutos agoniantes, a dor começou a diminuir fazendo o músculo ficar mais relaxado e a circulação voltar. Quando ela gemeu aliviada Sarah a encarou.

– Passou? - perguntou sem deixar de massageá-la.

– Sim. Obrigada. - sorriu agradecida – Desculpa te acordar a essa hora.

– Você deveria se desculpar por quase me fazer ter um treco, menina! - ela disse parando de  massagear a perna dela, e ficando de pé – Já imaginou eu morrendo do coração e você aqui deitada com cãibras? - ela disse com um certo humor.

– Não seria nada legal. - Juliette admitiu suspirando.

– Vamos? - Sarah a convidou

– Vamos aonde? - perguntou confusa.

– Vamos até a cozinha comer alguma coisa.

– Sararah, são cinco e meia da manhã. - ela disse após consultar o relógio – É muito... tarde, ou cedo não sei – ela disse confusa – para comer.

– É muito... tarde, ou cedo não sei – Sarah a imitou – para acordar alguém gritando enquanto está quase morrendo de dor.

– Mesmo assim... - ela a interrompeu.

– Você comeu alguma coisa com bastante potássio hoje Ju? - perguntou séria o bastante para que a morena continuasse quieta – Oh, é claro que não, porque você passou o dia todo cuidando do seu jardim e mal comeu.

– Mas... - ela tentou argumentar.

– Mas nada, vamos.

Sem mais perda de tempo ela caminhou até a cama e pegou Juliette nos braços.

– Sarah! - ela reclamou – Me largue agora!

– Fique quieta. - disse parecendo bastante divertida com a situação.

– Me largue ou... - Sarah a interrompeu. – Ou o que meu amor? - a desafiou

– Não me desafie Sarah Andrade. Não desafie. - ela a repreendeu

Amor Por Contrato | Sariette Onde histórias criam vida. Descubra agora