Jantar.

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Ao que parece, Sarah ia muito aquele lugar.

Tanto que o recepcionista lhe cumprimentou pelo nome, e ficou surpreso ao ver ela apresentar Juliette como esposa. Iria ela com as tais... mulheres das revistas?

Bom, disso Juliette não sabia, mas também não gostaria de saber. Não tinha que saber.

O garçom, muito gentil, as encaminhou a sua melhor mesa livre, e anotou os pedidos.

Depois de alguns longos minutos em silencio após terem ficado a sós Sarah falou

– Se eu fosse uma esposa ciumenta, teria que brigar com o garçom.

– Porque? - ela perguntou assustada – ele foi tão gentil.

– Claro. - Sarah ironizou – Qualquer homem seria gentil se estivesse flertando com uma mulher.

Juliette não conseguiu não rir.

– Ora, não diga besteiras ele é apenas um homem gentil. - ela disse rindo

– Eu sei do que estou falando, Juliette. - disse séria – Você ainda é muito... pura para entender dessas coisas. - disse gaguejando.

Juliette suspirou

– Quando você diz pura, você quer dizer uma menina incrivelmente estúpida que veio do meio do mato ou uma menina virgem?

– Eu não disse isso. - se defendeu.

– Oh, então é apenas uma desculpa para saber se sou virgem ou não? - ela disse apoiando o queixo na mão

– A-ah... O que? - Sarah disse com os olhos arregalados.

Freire riu do susto dela e Sarah não pode deixar de sorrir.

– Você é maluquinha. - brincou

Antes que a conversa pudesse continuar o garçom já estava de volta com os pratos de Cannelloni e Baccalà alla Vicentina, além do vinho branco que Andrade havia pedido.

Nunca na vida Juliette tinha experimentado comida italiana, e agradeceu mentalmente por não ser aqueles "caramujos" dos filmes, que quando as pessoas vão pegar saem voando e sempre param na prato de alguém.

Também se lembrou que nunca tinha tomado vinho branco. Pelo menos não um que custasse 800 dólares a garrafa.

– Espero que esteja livre na sexta à noite. – Sarah disse tirando-a de seus pensamentos.

– Porque? O que tem sexta a noite?

– Uma festa beneficente.

– Ah... - ela disse já pensando em qual roupa iria usar.

Não tinha roupa. Oh meu Deus não tinha roupa! Estava perdida. Talvez fosse bom ouvir os conselhos de Camilla sobre comprar roupas e sapatos.

– O que foi? - Sarah perguntou ao ver que ela não comia

– Acho que não tenho roupa para usar. - ela admitiu – Vou ter que sair para comprar e... - ela se interrompeu – Que tipo de roupa eu tenho que comprar? Ai-caramba-ai-caramba! - ela repetiu ficando preocupada

Foi a vez de Sarah rir.

– Eu cuido disso.

– Como assim?

– Eu cuido disso, não se preocupe. Vamos comer? Já experimentou seu Baccalà alla Vicentina ? - ela perguntou mudando completamente de assunto.

A partir dali Sarah não parou mais de falar. Falou de suas viagens, de suas aventuras. E por incrível que pareça Juliette adorou ouvir cada uma delas.

Amor Por Contrato | Sariette Onde histórias criam vida. Descubra agora