Queimando.

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Não iria dar o gostinho de ficar e mostrar a Sarah que se importava com suas traições. Quando alcançou o elevador realmente achou que estava sozinha, não tinha notado que a loira estava a dois passos atrás dela. A porta do elevador fechou e ela cruzou os braços, brava.

– Você tá séria. O que houve? - Sarah perguntou.

– Nada. - ela disse dando de ombros – Você poderia ter ficado com Viviane se quisesse.

– E porque eu faria isso? - ela perguntou querendo saber onde Juliette queria chegar.

– Ora por que! - ela disse sem alterar a voz em respeito às demais pessoas no elevador – Não se faça de desentendida. Odeio quando você faz isso. - disse fria.

Parecendo também estar começando a ficar brava, Sarah suspirou, e ambas ficaram em silêncio até que o elevador chegasse ao 23ª andar. Quando as portas se abriram Juliette saiu primeiro e foi logo abrindo a porta da suíte.

– Não sei por que está tão fria comigo. - Sarah disse assim que fechou a porta do quarto – É uma maneira de demonstrar que está nervosa porque vamos ter que dormir no mesmo quarto?

– Não seja estúpida! - ela disse tirando as sandálias – Não sou criança Sarah. E você também não, você sabe muito bem do que estou falando. Ou você acha que eu não via como ela te olhava? E outra, o que foi aquilo de "quando vamos repetir a dose?" - ela disse imitando a voz de Viviane.

Sarah sorriu satisfeita.

– Você está com ciúmes.

-Não fale bobagens. - ela gritou se levantando.

– Ah, então você não está com ciúmes? - Sarah disse sorrindo.

– Não. Eu estou é brava. - ela admitiu.

Era melhor mentir do que admitir para Sarah e para si mesma que o que tinha era ciúmes.

– Muito brava? - Ela perguntou agora sem o brilho de diversão nos olhos.

– Muito, muito brava. - ela garantiu soltando os cabelos.

– Posso perguntar por que está brava?

– Pode, só não garanto que vou te responder. -  disse tirando os brincos e o colar.

Sarah respirou fundo e esfregou as têmporas.

– O que foi dessa vez? - da maneira como Sarah usou o tom, pareceu que a situação acontecia sempre.

– O que aconteceu? - ela disse colocando as mãos na cintura – Como o que aconteceu? Escuta, eu não entrei nesse jogo de contrato para ser desrespeitada dessa maneira! Você me ouviu bem?

– De que maneira, mulher? - Sarah perguntou arregalando os olhos.

– Quando você vai parar de se fazer de fingir que não está acontecendo nada? - ela gritou ao mesmo tempo em que juntava uma sandália do chão e jogava na direção da loira. A sandália não a acertou, mas o objetivo estava bem claro.

– Eu vou acreditar que você estava testando para ver se ela voava! - ela disse sem um pingo de bom humor.

– Como você pôde fazer aquilo comigo? - ela perguntou como se Sarah não tivesse falado nada. – Você me desrespeitou da pior maneira que se pode desrespeitar alguém.

– O que eu fiz Juliette? - ela perguntou agoniada dando cinco passos e terminando com a distância que existia entre elas.

– Você e Viviane! Nem se quer se deram ao trabalho de tentar disfarçar o caso de vocês. Eu quase morri de... vergonha. - ela disse para não dizer ciúmes.

Amor Por Contrato | Sariette Onde histórias criam vida. Descubra agora