Boa leitura, bebês.
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Sarah ainda estava intrigada sobre o que Juliette escondia, mas não se preocupava tanto com isso. Os seis meses haviam passado e com isso elas teriam que terminar o casamento.
Teriam? Ela iria conversar com Filipe sobre isso. Definitivamente nenhuma delas queria o fim. Mas conhecendo o amigo como Sarah conhecia, ela sabia que ele faria tempestade em copo d'água.
– Como assim Sarah? Você não pode quebrar o contrato! Terá que pagar uma fortuna.
– Paguei uma fortuna para casar com ela e pagarei qualquer outra fortuna para não ter que me divorciar, Filipe.
– Sarah, não. Isso seria quebra de contrato e...
– Cara, se você for falar o que eu penso que vai, cale a boca! Imagem, imagem, imagem! Estou cansada disso! Falhas são inaceitáveis para o Senhor Perfeitinho.
– Não me chame de Senhor Perfeitinho! Eu só quero fazer as coisas certas, pelo amor de Deus, é pecado?
– Faça as coisas certas quando for a sua vida Dr. Galvão. Quando for o seu casamento!
Filipe esfregou a testa tentando aliviar a tensão, mas foi inútil. Continuar com o casamento não seria necessariamente uma quebra de contrato mesmo que aquilo fosse um. Tinha cláusulas e um prazo. E o prazo tinha acabado.
– Okay, vocês não precisam necessariamente acabar com o casamento. Quer dizer, vocês se amam, podem casar de verdade.
– Preciso conversar com ela sobre isso então.
– E como fica a questão do dinheiro?
– Eu não sei.
– Não conversaram sobre isso?
– Temos coisas mais interessantes para fazer. Sabe? – ela riu.
– Me poupe dos detalhes! - ele disse a jogando uma caneta.
– Não seja idiota, Perfeitinho.
– Oh, a chefona tem senso de humor mesmo, não tem? Bem que ouvi boatos pelos corredores.
– Muito engraçado.- ela disse fingindo uma risada
– Pelo menos não corro mais o risco de ser jogado pela janela.- ele fechou a porta antes da caneta que Sarah jogou em sua direção o acertasse.
Ela riu sozinha e começou a pensar. Pensar em tudo e em como as coisas aconteceram rápido. Mas não parecia errado para ela, nada daquilo parecia errado. Ela só queria continuar vivendo o sonho que era estar ao lado de Juliette.
'Como está a mulher mais linda do Brasil?'
Juliette sorriu com a mensagem.
'Estou bem amor. E você? Já conversou com o Filipe?'
'Já. Mas tenho que conversar com você.'
'Tudo bem. Também quero conversar com você.'
'Okay, te vejo mais tarde. Eu te amo.'
'Eu te amo.'
O dia estava incrivelmente cheio, e Sarah agradecia por ter Cleo ali. O tempo parecia passar mais depressa quando ela tinha alguém pra trocar ideias.
– Precisamos sair para beber. Você parece estressada.
– Estou bem, só preocupada. Mas vamos, eu não dispenso uma boa bebida.
– Preocupada om o que? Casamento? Casamento é uma droga mesmo! Okay preciso de filtro! - ela disse para si mesma e Sarah riu.
– Está tudo bem. Apenas acho que ela tem segredos demais. Sabe?
– Dê tempo ao tempo. Na verdade, vocês precisam se conhecer mais. Tudo bem, vocês casaram, eu sei. Mas não é como se vocês tivessem namorado antes disso.
As palavras de Cleo fizeram Sarah pensar novamente sobre a relação com Juliette. Ela tinha razão, mas quem poderia dizer que aquilo não era certo? Ela só queria saber os motivos de Juliette precisar de quinhentos mil reais.
– Sarah! Mulher, o que você fumou?
– Eu não faço essas coisas.- falei sorrindo
– É relaxante, sabe? Garante umas boas noites de sono.
– Nunca tive problemas com insonia.- Sarah disse e ela se deu por vencida.
– Não sinto minhas pernas. Se eu levantar dessa cadeira agora vou cair.
– Nem fala, meu pé está formigando.
– Vamos parar um pouco? Sei lá, vou lá fora pegar um ar. Vem? - ela disse levantando calmamente.
– Não, vá você. Vou ficar por aqui. Não suma, por favor.
Cleo não a preocupava, mas ela sabia que deveria. Estava diferente de quando Sarah a conheceu. Parecia sempre ansiosa agora, e com olheiras de quem não estava dormindo tão bem quanto dizia. Sarah foi até a janela e avistou Cleo lá embaixo, obviamente estava fumando o que a loira esperava que fosse apenas cigarro.
– Vamos voltar ao trabalho então!
Cleo voltou e era como se ela tivesse abastecido o tanque, estava com todo gás.
– Não vejo a hora de acabar isso e ir pra casa. Tenho umas boas garrafas de whisky me esperando. - a morena mordeu a caneta e logo depois voltou a assinar os papéis.
Sarah apenas ficou observando. Não estava com cabeça para cobrar nada, e nem se sentia no direito de fazer tal coisa. Apesar de se preocupar com os hábitos que a amiga estava desenvolvendo.
– Somos todos adultos, sabemos o que estamos fazendo.
– Eu não faço a menor ideia sobre o que você está falando, mas concordo.- ela sorriu.
Karine entrou na sala entregando mais algumas pilhas de papeis e ambas gemeram em frustração.
– Não quero saber de preguiça nessa sala. E eu já estou de saída, boa sorte aí.- ela disse sorrindo debochada e saiu.
– Você deu algo pra ela fumar?
Elas riram. E depois fingiram um choro ao olhar o tanto de trabalho que ainda tinham pela frente. O relógio marcava dez horas da noite quando o último papel de Sarah foi assinado. E ela fez a última ligação do dia.
– Vamos! Vou sonhar com letras, pode ter certeza.
Elas entraram no elevador e se dirigiram até a garagem.
– Até amanhã. Se cuide!
– Até amanhã, Sarah. Você também.
A morena entrou no carro e Sarah esperou ela arrancar com o mesmo, entrou no seu e foi embora. Se sentia exausta. O caminho foi percorrido com rapidez, não tinham muitos carros na rua aquela noite, ela particularmente não gostava tanto da calmaria. Sabia o que viria logo depois. Isso a fazia pensar na calmaria que estava sua vida agora.
O que viria depois?
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Me digam, o que vocês acham que é o segredo da Juliette? Vem aí nos próximos capítulos. 👀
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Amor Por Contrato | Sariette
Hayran KurguQuando Juliette Freire enviou seu currículo para o Andrade's Office, foi somente para deixar de ouvir Camilla lhe dizer "tente". Jamais pensou que pudesse ser realmente convocada para assumir o cargo de secretária pessoal da presidente da empresa. A...