Conhecendo Sarah Andrade.

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AVISO: As famílias tanto da Sarah quanto da Ju, não vão ter nada a ver com as famílias delas na vida real, nem os nomes.

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O dia da reinauguração da empresa havia chegado. Sarah estava desde cedo revendo os últimos detalhes. Estava lindo, ela mal podia esperar para Juliette ver tudo.

Na entrada um grande logo com o nome C&S Enterprises denunciava que a empresa estava pronta para seus novos negócios. Para seus novos empregados. Para sua nova era. E Sarah não podia estar mais feliz. Pela primeira vez se sentia feliz por estar ali.

Tinha certeza que seu pai estaria feliz, em qualquer lugar que ele estivesse. Finalmente ele estaria feliz.

Flashback

Brasília, Junho de 2001

Aquele seria um dia importante para nossa família. A inauguração da empresa que meu pai, Ricardo, estava dando duro a tempos para conseguir abrir. Eu tinha acabado de completar 10 anos ainda não entendia muito bem daquilo. Mas sabia que tudo um dia seria meu.

– Sarah querida, está pronta? - meu pai gritava do andar de baixo.

Eu só queria ficar em casa e brincar, mas teria que ficar lá sorrindo até meu rosto doer para pessoas que eu sequer conhecia. Me olhei uma última vez no espelho e desci.

– Sarah! Volte lá e troque essa roupa. - Beatrice, minha mãe, me olhava com cara de poucos amigos. Ela nunca elogiava algo vindo de mim. Não tinha nada de errado com a minha roupa mas ela simplesmente desaprovava tudo o que eu fazia.

Engoli minha vontade de chorar e subi. Realmente meu vestido estava lindo, mas resolvi obedecer. Quando desci eles já haviam saído, eu iria com o motorista. Odiava aquilo de me deixarem sozinha, mas entendia meu pai, ninguém gostaria de desobedecer ela.

– Vamos senhorita. Como está linda! - ele me ofereceu o braço. Era um senhor muito gentil que trabalhava com minha família desde que eu havia nascido.

Ele estava me esperando na porta enquanto Beatrice estava sabe lá Deus onde. Ela sempre dava um jeito de desaparecer nesses dias.

Meu pai estava feliz e realizado. Chegou a hora do discurso e ele chorou, chorou lembrando do quanto tinha sido difícil chegar até ali.

2007

Os anos foram passando e eles sempre me dizendo que tudo aquilo ali seria meu. Que eu deveria cuidar bem. E não arruinar.

Eu estava era arruinando minha própria vida, mas não me importava muito. Nada me importava muito. Vivia escondida, tinha medo de me mostrar ao mundo. Minha mãe nunca aceitaria minha sexualidade. Seria um escândalo para a família que ela tão falsamente prezava.

Ela também escondia coisas. Eu ainda não sabia o que, mas escondia. E minha vida era um inferno. Meus amigos eram todos ricos e vazios por dentro. Pelo menos tínhamos algo em comum.

Davam festas todos os fins de semana, bebidas, drogas e tudo mais. Eu estava no meio de tudo aquilo e não me importava. Não me importava em como sairia, ou se sairia. Porque quando estava ali, podia ser eu mesma.

Estava apaixonada pela primeira vez, ela era uma menina linda e minha melhor amiga, Marcela. Minha casa estava vazia naquele dia então eu e ela fomos para lá. Assistir filmes e... você sabe, namorar.

O sofá da minha casa era enorme, como tudo lá entro. Estávamos deitadas nele, assistindo um filme romântico qualquer. Não estava nem prestando atenção.

Amor Por Contrato | Sariette Onde histórias criam vida. Descubra agora