Capítulo XIX

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— Ah, Louise, queríamos tanto que você voltasse para cá para que conhecêssemos Pierre melhor! — Kendall lamentou, triste — Esperava que pudéssemos vê-lo nascer...

— Quando você volta? — Isabella tomou o celular das mãos de Ken e o trouxe para mais perto dela. Ligações de vídeo com aquelas duas sempre rendiam brigas infantis — Não me chute, Ken! Deixe eu segurar o celular agora!

— Parem, seus bebezinhos! Não sei quando volto, meninas. Nem sai do hospital ainda — Informei olhando para Louis que estava atrás do telefone que eu usava para falar com nossas irmãs. Em silêncio e escondido, ele tentava ouvir as vozes delas outra vez. Eu sabia que faziam falta à ele tanto quanto ele à elas — O último médico que apareceu aqui disse que eu devia tirar um mês de descanso porque o trabalho está afetando minha saúde. Além disso, não posso viajar com Pierre tão pequenininho.

— Queríamos poder ir para aí — Bella disse curvando os lábios em um sorriso triste — Mas agora que você vai dar um tempo no trabalho, precisamos cuidar para que tudo aconteça nos conformes.

Meu filho então iniciou uma crise de choro.

— Confio no trabalho de vocês — Garanti deixando que Zayn pegasse Pierre do meu colo. Além dos meus braços estarem doloridos, Pierre, por mais incrível e inexplicável que pudesse parecer, só se acalmava com Zayn — Camila e Cameron têm conseguido também?

— Quem está aí com você, Loulou? — Kendall quis saber buscando identificar mais que as mãos de quem estava comigo no quarto.

— É só um amigo da família do Hass — Falei rápido — Ele já saiu do quarto até.

A verdade era que Zayn estava sentado em uma poltrona me encarando, divertindo-se com a curiosidade das minhas irmãs.

— E por que ele está aí? — Insistiu ela outra vez.

— Você é mesmo curiosa, hein?! Fale em francês para não chamar a atenção de ninguém daqui, por favor — Repreendi-a — Ele me trouxe para o hospital.

Já estou voltando, Louise! — Malik disse imitando um forte sotaque canadense como se estivesse no corredor para que as minhas irmãs ouvissem, desafiando-me. Falou em francês em uma clara provocação, mostrando que não importava em qual língua tentássemos nos comunicar, ele entenderia.

Isabella lançou-me um olhar malicioso.

— Ele é solteiro? Ficou aí até agora? Ele até acalmou o Pierre! — Presumiu Isabella — Parece que alguém tem uma quedinha pela Louise e ainda fala francês! É bonito? Diga que sim!

Louis e Zayn seguraram o riso.

— Meu Deus, Isabella! — Exclamei — Ele é... vamos dizer assim... terrivelmente chato e sem graça.

Não tive coragem de olhar na direção de Malik pois tinha certeza que meu rosto se encontrava vermelho.

— Louise, você me contou que entrou pela primeira vez em um consenso com Marlon de que deviam se separar. Na verdade, nunca agiram como um casal. Até porque cansei de cuidar das crianças quando você saía com aqueles caras e não, isso não é uma reclamação — Rebateu Isabella — E agora aparece um bonitão cheio de tatuagens que ficou com você durante um momento difícil. Nem Marlon que é pai de Pierre ficou! Já aprovo a relação. Espero que seja bonito como parece. Ele realmente deve se importar com você, caso contrário não estaria aí.

Esfreguei os olhos, nervosa.

— Já chega — Pedi.

— Vai ver assim você esquece quem devia esquecer. Quem devia ter ficado no passado à seis anos atrás... um certo pai de um filho seu — Kendall disse, decidida, mudando logo de assunto em seguida — Você voltou a falar com o Louis ou com os amigos dele que encontrou no dia em que foi na casa da avó do Hass?

A esperança consumia sua voz. Louis apurou os ouvidos e me olhou com atenção. Ele estava prestes a entregar tudo.

— Não. Nenhum. Devem ter ido embora, provavelmente. Eu não esperava outra coisa deles.

— Se Louis soubesse que sentimos sua falta, mesmo assim continuaria fugindo de nós? — Isabella questionou de forma sincera.

Tomlinson engoliu em seco e abaixou a cabeça.

— Não sei, Bella. Eu realmente não sei — Dei de ombros — Poderiam contar ao papai e Stephanie que Pierre nasceu?

O que? Meu filho nasceu?! — Escutei o que me pareceu ser a voz de Marlon ao fundo — Como assim ninguém me avisou antes? Me deem esse celular, quero falar com a Louise!

O que ele fazia na mansão do meu pai com os cabelos arrepiados e um semblante de quem acabara de acordar? Ignorei aquilo. Por hora, ao menos.

— Oi, Marlon.

— Como assim só "Oi, Marlon"?! — Repetiu ele de forma irritante, falando em inglês dessa vez — Por que não me mandou uma mensagem? Pierre é meu filho e o futuro do meu legado!

— Faria diferença se mandasse? Ele, para você, não passa disso: um herdeiro — Rebati — Eu volto para aí daqui um mês com ele e as crianças. Tudo sobre trabalho deve ser direcionado a minha equipe. Nem tente enganá-las, Chapelle. Elas são mais espertas que você.

— Você não pode desligar.... Não desligue! — Exigiu ele antes que eu encerrasse a chamada.

Larguei o celular ao lado, colocando a outra mão sob minha cabeça. Louis e Zayn preferiram calar-se a tentar entender. Ótimo.

[...]

— Malik, vire naquela rua! — Exclamei do banco de trás do carro, sem tirar os olhos do bebê conforto ao meu lado onde Pierre chorava em tom baixo — Íamos chegar mais rápido se ao menos você me ouvisse.

Louis saiu do hospital antes com o seu carro, pois precisava ir ao mercado comprar algumas coisas que o médico havia mandado que eu comesse para me sentir melhor e mais calma e, por isso, fui para casa com Zayn.

— Eu estou, literalmente, te ouvindo desde ontem à tarde quando você veio parar no hospital — Respondeu ele calmamente, dando toda atenção para a estrada — Acredite se quiser, você não parou de falar desde então.

Agradeci assim que o carro parou em frente a casa da Sra. Ewa e desci irritada. Zayn trouxe consigo a bolsa de Pierre e o bebê conforto onde ele estava, alegando levar tudo para que eu não reclamasse mais. Como se fosse eu quem estivesse perturbando. Fiquei encarregada apenas de trazer para dentro os cobertores e pequenas bolsas que Louis comprou. Ao colocarmos os pés para dentro da residência, fomos recebidos por todos da casa, estranhamente reunidos em plena manhã de uma quinta-feira.

— Mamãe! — Hassan, Khaleb e Laurie gritaram juntos, pulando de onde estavam assistindo a seus desenhos favoritos e correndo ao meu encontro.

— Calma aí, galerinha — Malik esticou a bolsa, impedindo os três de avançarem até mim na esperança de um abraço desesperado — A mãe de vocês ainda está se recuperando.

— Mas ela pode ganhar um abraço! — Completei rapidamente abrindo os braços, ganhando o carinho até mesmo de Freddie, Bear, Félix e Shade que estavam receosos — Querem ver o pequeno Pierre?

Todos os sete disseram que sim, curiosos. Zayn sorriu abaixando a espécie de cadeirinha para que eles o vissem melhor, ficando agachado ao lado.

— Ele tem cara de joelho, não tem, pai? — Khaleb observou, arrancando uma gargalhada minha e um olhar irritado de Zayn para mim.

— Chega de comparar rostos infantis com joelhos! — Malik implorou, rindo.

Laurie abraçou-o, o deixando extremamente confuso ao corresponder.

— Obrigada por trazer minha mãe e meu irmão para casa, Z!

— Olhe, Laurie, isso não foi lá muito fácil... sua mãe é uma pessoa bem difícil...

Empurrei seu ombro, o que o levou a desequilibrar-se brevemente.

— Não envenene minha filha contra mim, Malik.

Ele riu, fazendo exatamente isso em seguida.

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11 anos de uma banda morta né? Pois é, o choro é livre para todos os públicos 🤡

Stockholm Syndrome? |2°temp.| [Z.M]Where stories live. Discover now