O nosso casal anfitrião não ligou para preservativos nos últimos tempos, mas Isadora ainda não
havia conseguido engravidar. Matheus começou a preocupar-se com isso, algo poderia estar
errado. Porém, ele não fez questão de preocupar a amada, e esqueceu o assunto, por enquanto.
Segunda-Feira, 05h00. Isadora já estava de pé e se arrumando para o primeiro dia de trabalho
no seu próprio consultório. Matheus acordou com o barulho do chuveiro, pois ela estava tomando
banho com a porta aberta, e ficou observando a esposa a se arrumar através do espelho, sempre
a sorrir. Era a melhor visão para ele.
Isadora foi até o guarda-roupa, que ficava ao lado da cama, para pegar seu jaleco branco.
Matheus a agarrou de surpresa e a puxou para a cama. Ela negou por um tempo, mas depois
deixou rolar, já que não tinha hora para chegar ao trabalho.
- Theus... Tenho de ir... – Dizia ela, tentando sair dos beijos do marido, mas sem querer isto.
- Não precisa ir agora, você pode ir à qualquer momento... – Respondeu ele, justificando.
- Sim, mas eu sou sozinha lá... – Disse ela, após parar o beijo, e olhar diretamente nos olhos de
Matheus.
Ele tentou beijar a boca de Isadora novamente, mas ela virou o rosto, fazendo-o beijar seu pescoço.
- Theus... Se continuar, não vou conseguir parar... – Cochichou ela, fechando os olhos ao sentir os
toques.
- Essa é a intenção... – Respondeu ele, provocando.
Então Isadora pulou da cama. Matheus tentou puxá-la novamente, mas ela se esquivou. Ele pulou da
cama também, ameaçando correr até ela, e ela saiu correndo. Ele foi atrás depois. Correram pela
casa toda, rindo. Os dois pararam de correr quando chegaram na sala. Isadora foi dando passos
para trás, e Matheus a seguindo. Isadora parou na parede. Não havia mais como fugir. Matheus
encostou as duas mãos na parede, prendendo-a.
- Não pode mais fugir de mim... – Cochichou ele, com um tom irônico.
- Não?
Isadora passou por baixo dos braços do marido, e tentou correr novamente, mas Matheus a
agarrou pela cintura, e a jogou no sofá. Ele deitou-se por cima, e começou a beijá-la novamente.
Dessa vez, Isadora deixou o marido tomar conta da situação.
Após alguns minutos de amassos no sofá, Isadora levantou-se, e Matheus foi junto. Andaram pela
sala sem parar o beijo, e ela encostou-se à porta. Matheus prensou o corpo dela com o seu. Ele pegou suas duas mãos e também as prensou na porta.
- Chega... Tenho que ir agora... Sério... – Disse ela, pondo fim na insistência do marido.
- Está bem... Busco você mais tarde.
Deram-se o último beijo e disseram que se amavam. Um novo dia iniciava-se.
Isadora saiu rapidamente, mas quando chegou à calçada...
- Dora, espere! – Gritou Matheus.
- O que houve Theus?
- Eu levo você.
- Não é necessário, você tem trabalho...
- Quero ver seu sorriso ao ver o primeiro paciente chegar. – Disse ele, com os olhos brilhando.
Isadora sorriu, e então foram.
Quando ela chegou à porta do novo consultório, seus olhos encheram-se de lágrimas, e ela se
segurou para não desabar. Ainda não havia crido que seu sonho havia sido realizado. Girou a
chave devagar, e observou o lugar novamente, como fez na primeira vez que esteve ali. Matheus
assistia a tudo a sorrir.
Após alguns minutos, o primeiro paciente chega, o sorriso que Matheus queria tanto ver aconteceu, e
ali começa uma nova jornada.
Matheus até mesmo se esqueceu de seu trabalho, estava gostando do que via e não pensava em
sair dali. O sorriso que Isadora dava quando um novo paciente chagava, ao anotar a próxima
sessão, e a seriedade que tinha durante as sessões o fascinavam.
Após assistir à duas sessões, Silas, que estava no prédio sede da empresa que estava vendendo o
novo imóvel telefonou para Matheus.
- Fala Matheus.
- Silas?
- Eu mesmo. Estou aqui negociando com o vendedor do novo imóvel. Ele oferece
- Quero que ofereça a oferta que lhe disse mais cedo de compra dessa nova Filial. A Filial Oeste.
- Que ótimo, mano! Estava esperando sua resposta.
- E parabéns.
- Pelo que?
- É o novo gerente geral da M&S Informática!
- Como?
- Isso aí, você vai gerenciar nossas três filiais. Vamos abrir um escritório no centro da cidade para
controlar tudo e fazer uma eleição entre os técnicos para definir os gerentes regionais, de cada
filial, e os supervisores técnicos também.
- Nossa... Muita coisa.
- Eu ajudo em tudo. Por hoje só quero que confirme a compra. Amanhã vamos procurar um escritório.
- Certo irmão. Até mais.
- Até mano.
Desligaram, e Matheus continuou assistindo ao trabalho da esposa, quase sem piscar, não queria
perder um movimento ou palavra. Esse olhar fixo durou até o meio-dia, hora do almoço.
- Sozinhos... Como eu gosto... – Cochichou Matheus, ao abraçar a esposa.
- Matheus... Aqui não! – Exclamou ela, parando com os toques exagerados do marido.
Ele parou, e se afastou um pouco, ficando sério. Isadora deu um tranco forte em seu braço, o
puxando para junto dela novamente, sorrindo, e o beijou loucamente. Matheus já a agarrou e
deslizou a mão para baixo novamente, apertando.
Isadora começou a andar para trás, e tropeçou na poltrona onde os pacientes sentavam-se, que
estava esticada. Ela caiu deitada e Matheus caiu por cima, continuando o beijo e as caricias pelo
corpo dela.
- Theus... – Chamou ela, parando o beijo.
- Shhh... – Disse ele, colocando o dedo indicador por cima da boca dela, calando-a.
Antes que ela negasse novamente, ele a beijou e apertou um de seus seios por dentro da blusa,
fazendo-a suspirar e dar um gemido baixo de dor. Logo depois ele afrouxou a mão e só apoiou.
Ameaçou tirar seu sutiã, mas ela não deixou e se levantou.
- Deixe para mais tarde, amor... – Disse ela, em pé, aproximando seu rosto do rosto do marido, que
estava sentado.
- Sim, Doutora. Quero uma sessão particular a domicílio mais tarde. – Respondeu, sorrindo e
mudando o olhar entre os olhos e a boca de Isadora.
- Terá!
Isadora se jogou e deitou-se por cima do marido, dando-lhe o último beijo antes de saírem para um
restaurante próximo, para almoçarem.
...
- Então, se decidiu? – Perguntou Matheus para a esposa, que estava lendo o cardápio há um tempo.
- Sim. Garçom? Por favor...
...
Após meia hora, chegou o garçom, trazendo pratos de massas, com um vinho safra 1950, de
acompanhamento.
...
- Um brinde? – Sugeriu Matheus, levantando sua taça.
- À que? – Perguntou Isadora, sorrindo.
- Primeiramente, à nós. Depois, a sua nova fase profissional.
- Então é à você, pois sem você não conseguiria isso...
- E eu não conseguiria em você...
Sorriram, bateram as taças, conversaram, riram, beberam e comeram.
...
- Dora, não vou voltar com você ao consultório...
- E por que não?
- Porque tenho de analisar a nova filial, comprar os equipamentos para ela e começar a busca de
trabalhadores.
- Bom... Está bem. Bom trabalho, amor.
- Te amo
- Também amo você...
- Ei, não fique assim. Eu volto. Sorria!
- É que vou sentir saudade...
- Pois não precisa, eu estou sempre aqui. – Apontando para o coração.
Os dois sorriram, disseram que se amavam mais uma vez e se beijaram. Matheus entrou no carro e
saiu, enquanto Isadora dirigia-se de volta ao consultório para o segundo turno do dia de trabalho.
Durante seus caminhos, estavam tentando adivinhar como seria a consulta particular de mais tarde.
...
Matheus chegou em casa às 15h30, a reunião de compra seria às 16h00, e ele precisava se
arrumar à caráter. Cumprimentou os técnicos rapidamente e subiu para a casa. Tomou banho
rápido. Vestiu um terno preto, gravata preta, sapato preto, com camisa branca. Penteou o cabelo e
saiu correndo. Era 15h45.
Ele correu com o carro, o local da reunião ficava no centro da cidade.
Chegou em cima da hora, era 15h59 quando adentrou a sala de reuniões, com todos os acionistas
da empresa vendedora e Silas, a sua espera.
- Boa tarde à todos. – Disse ele, ao chegar.
Todos desejaram o mesmo.
- Então, senhores, a oferta é de R$ 35.000,00, como meu sócio, Silas, lhes disse.
- Sim, Senhor Lima. Porém, peço-lhe que aumente em R$ 10.000,00 a oferta. – Pediu o presidente
da empresa de vendas.
- Não será possível, Senhor Oliveira.
- Eu posso saber por quê?
- Não, Senhor.
- Bom... Está bem, eu aceito a oferta.
- Negócio fechado.
Todos apertaram as mãos. Douglas Oliveira e Matheus assinaram o contrato, e a escritura do
terreno foi entregue ao novo dono. Matheus cumprimentou e conversou com o presidente por alguns
minutos, antes de ir junto com Silas para o lugar.
...
Chegaram cerca de meia-hora depois. O lugar era um prédio vazio de dois andares. Entraram logo
para analisar de perto.
- Suba para o segundo, vou olhar por aqui. – Mandou Matheus.
- Matheus! – Chamou Silas.
Matheus subiu correndo, para ver o que o parceiro queria.
- Nesse andar bem que dá uma bela central de monitoramento, não acha? – Disse Silas, após
Matheus subir.
- Acho sim... Mas vamos, cara. Preciso buscar a Isadora mais tarde.
- Vamos...
...
- Isadora?! – Gritou Matheus, após entrar na sala rindo com Silas e se deparar com Isadora
chorando, deitada no sofá. – Silas, espere lá embaixo, sim?
Silas fechou a porta e desceu, enquanto Isadora começava a explicar.
- É que eu... Eu queria engravidar de novo... – Tentou ela.
- E qual o problema nisso, amor?
- Minha menstruação começou...
- Ah... Sinto muito...
Matheus a abraçou forte, enquanto mais lágrimas escorriam pelo rosto de Isadora.
- Ei... Me escute... Nós vamos conseguir... Olhe pra mim Isadora... Nós vamos conseguir...
- Me prometa...
- Claro que eu prometo!
Agora Isadora que o abraçou forte.
- Eu vim correndo quando comecei a sentir, pensei que já tivesse chegado... – Cochichou ela, entre
soluços.
- Eu e o Silas fomos ver o lugar também... Mas não se preocupe, estou aqui agora...
Aquele abraço durou longos minutos, até que Matheus a soltou. Eles se olharam nos olhos. Matheus
segurou o rosto de Isadora, e enxugou suas lágrimas lentamente.
- Dora, tome um banho. Preparo algo para você comer...
- Não tenho fome...
- Bom... Então vou cuidar de você, vou ficar com você o resto do dia...
- Theus... Você tem que trabalhar...
- Mas a minha primeira prioridade é você, amor... – Acariciando o rosto dela novamente.
Ela sorriu, com um olhar tímido, olhando para baixo, com sua mão em cima da mão do marido que
estava em seu rosto.
- Vou mandar o Silas dispensar todos os empregados, dar o resto do dia de folga para eles e
fechar a Filial Norte...
- Você é perfeito pra mim... – Disse ela, antes de dar um selinho no marido e se levantar, em
direção ao banheiro, para tomar banho. Matheus desceu.
- Galera, podem ir para casa, estão dispensados por hoje! – Gritou Matheus.
- O que houve, Matheus? – Perguntou Silas, sem entender.
- Isadora não está se sentindo bem. Vou cuidar dela...
...
Matheus fez pipoca, colocou um filme no DVD da sala, puxou os assentos do sofá, formando uma
cama, trouxe cobertores e travesseiros, fechou todas as janelas e cortinas, e foi para o quarto,
enquanto esperava a esposa sair do banho.
Enfim ela saiu, e Matheus pegou a roupa que ela vestiria. Isadora foi vestir, e Matheus pegou-a de
volta, pois ele mesmo queria vesti-la.
- Pareço um bebê assim... – Reclamou sorrindo.
- Hoje, você além de ser minha mulher, é minha bebê...
Ela abriu um sorriso ainda maior ao ouvir isso. Matheus acabou de vesti-la com um vestido cinza
largo. Isadora amarrou seu cabelo, e eles foram para a sala.
Isadora se jogou no sofá-cama, e logo cobriu-se.
- Theus... Venha logo... Esse cobertor não está suficiente para tirar meu frio... – Chamou ela,
sorrindo.
Matheus deu Play, e foi para debaixo do edredom, junto à Isadora. Ela o abraçou na hora, e eles
assistiram ao filme com Isadora deitada sobre o peito do marido. Porém, ela assistiu até a metade,
e quando Matheus percebeu, pegou o controle remoto e desligou o DVD e a TV. Sentir o abraço da
amada era muito melhor do que terminar de ver aquele filme.
Isadora virou-se, ficando de costas para Matheus. Ele a abraçou por trás, com um dos braços
debaixo da nuca dela, e o outro em volta de sua cintura. Após vinte minutos, adormeceu também.
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Nosso Futuro
Romance''Nosso Futuro'' conta a história de vida de um jovem casal recém casado que como todos os outros, tem seus problemas do dia-a-dia. Porém, os apaixonados tiram todos de letra, com muito amor e companheirismo. E assim como existem problemas, muitas c...