Capítulo 11 - De Volta Para Casa e ''Está Morto...''

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Eles pegaram rapidamente o elevador, a caminho da recepção, para que Isadora pudesse assinar os documentos da alta. Matheus começou a acariciar a barriga da esposa, como se estivesse fazendo carinho em seu próprio filho. Isadora então olhou para ele sorrindo, e o abraçou.

O elevador chegou ao terraço, e as portas se abriram. Eles saíram, empurrando as pessoas que estavam entrando, pois se não o fizesse, seriam atropelados. Eles sabiam que em todo hospital as pessoas andavam com pressa, então não se importaram muito. Seguiram caminho até a recepção.

Matheus se sentou numa cadeira na sala de espera, enquanto Isadora ficou assinando os papéis.

Depois, chegou a hora de Matheus pagar pela cirurgia para retirar os cacos de vidro da barriga de Isadora, e pelo dia em que ela ficou em observação.

Saíram, em direção ao estacionamento. Entraram no carro, e logo Matheus acelerou.

- Tome mais cuidado desta vez, Theus. – Alertou Isadora, ainda um pouco traumatizada pelo acidente que sofrera.

- Logo estaremos em casa, Dora. Não é mesmo Rodrigo? – Disse ele para acalmar a esposa. E perguntou olhando para a barriga dela.

- ‘’Rodrigo’’? – Repetiu ela.

- Sim, quero que seja um menino, e gosto desse nome.

- Está aprendendo... – Brincou ela, levantando uma das sombrancelhas.

Eles riram, e seguiram o caminho de volta para casa.

Matheus parou o carro de frente para a casa. Como já estava muito escuro, somente o que podiam enxergar era o que o farol do carro iluminava. E como o farol esquerdo havia sido quebrado no acidente, a porta de entrada da casa estava sendo iluminada pelo farol direito.

- Enfim, estamos em casa... – Suspirou Matheus, aliviado por estarem finalmente de volta.

- Vou entrar. – Disse Isadora, antes de dar um beijo no rosto do marido, sair do carro e entrar em casa.

Matheus entrou com o carro pela assistência técnica, que era a garagem da casa. Quando ele subiu para a casa, viu Isadora debruçada na mesa da cozinha. Ele chegou bem perto, a abraçou por trás, e começou a beijar seu pescoço.

Ela se virou, e o abraçou pelo pescoço, e ele a abraçou pela cintura. Foram a caminho do quarto, batendo nas coisas que estavam em volta, enquanto se beijavam.

Chegaram no quarto, e Isadora empurrou o marido, fazendo-o cair na cama e deitou-se por cima dele. Matheus começou a beijar o pescoço dela novamente.

- Eu te amo... – Cochichou Matheus, enquanto puxava para baixo as duas alças dos ombros do vestido de Isadora.

- Eu amo você... – Respondeu Isadora, com os olhos fechados.

Ela ficou de joelhos, e Matheus sentou-se de frente para ela. Ele começou a beijar os seios dela, enquanto ela abria o cinto e o zíper da calça dele.

Matheus se levantou, tirou sua calça e voltou para a cama. Enquanto isso, Isadora tirou sua calcinha, de novo sem tirar o vestido. O sexo começou, e assim foi até o fim, com ela de pernas abertas, de frente e sentada em cima dele.

Matheus a abraçou, fazendo-a deitar, mas ainda com as pernas abertas.

Dessa vez foi mais demorado, Isadora atingiu o orgasmo em meia-hora. Mas Matheus não parou a penetração, e ela só parava de gemer para respirar. Matheus chegou ao orgasmo dali há dez minutos, abafando os gemidos da esposa com um beijo durante esse tempo.

O casal dormiu poucos minutos depois de repetirem várias vezes que se amavam. Caíram no sono abraçados, de frente, testa-a-testa.

A noite de sono estava normal, até Isadora acordar aterrorizada. Ela se sentiu molhada, e no mesmo instante, pensou que sua bolsa havia estourado. Mas quando ela tirou o edredom de cima de seu corpo, era sangue!

Ela fez o marido acordar com socos no estômago, sem conseguir pronunciar uma palavra sequer.

Quando Matheus viu todo aquele sangue, gritou de terror. Sua reação foi pegar a esposa no colo, e ir voando até o hospital, de novo.

Isadora foi levada à sala de cirurgia no mesmo minuto no qual chegou. Matheus sempre a seguia, segurando sua mão e dizendo palavras de conforto.

Ela chorava de dor. O trabalho de parto prematuro começou as três da madrugada.

Foi anestesiada da cintura para baixo, e a cirurgia para o parto Cesário foi realizada sem mais problemas.

A criança nasceu às quatro da madrugada. A visão era traumatizante.

- Era um menino... está morto... – Disse o médico, depois de tentar de todas as formas possíveis fazer com que o feto reagisse.

Isadora ficou por vários minutos olhando, com os olhos arregalados, para o filho morto. Matheus sentou-se no chão, e cobriu o rosto com as mãos.

O feto tinha apenas tronco e cabeça. Seus membros não haviam se desenvolvido ainda. O cordão-bilical estava enrolado em seu pescoço e cacos de vidro haviam penetrado seu corpo inteiro.

Aquele acidente havia atingido o bebê também...

Um bebê que morreu antes mesmo de nascer, aos quatro meses de gestação...

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