O massacre

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Já faz um dia que eu e Dan estamos correndo pra essa minha vila, que é óbvio ainda não me lembro.

O sol já estava se pondo e Dan estava inquieto, me irritando muito.

S/N- que merda, o que você tem? - eu pulei em outro galho

Dan- a gente tá atrasado. - ele olhava pra frente

S/N- mas estamos perto, se acalma.

Espera, estamos perto? Como eu sei disso porra?

Dan- parece que você não se esqueceu totalmente, isso é um bom sinal. - ele deu um leve sorriso e continuou olhando pra frente

S/N- tanto faz, porque se importa tanto? - eu revirei os olhos

Não queria ser grossa, mas ele não significava nada pra mim.

Pelo menos não no estado que estou agora.

Mas não posso negar, ele é bem bonito...

Dan- porque isso é culpa minha e eu quero concertar. - ele disse sério e suspirou, franzindo a testa

S/N- você parece mesmo arrependido - eu o olhei de canto e ele virou o rosto - eu te perdôo.

Eu sorri pra ele e ele retribuiu, com um alívio aparente em seu rosto.

Depois de mais alguns minutos correndo eu ouvi barulho de queda d'água, estava morrendo de sede.

Quando chegamos na cachoeira vimos uma cabana.

Logo uma imaginem de mim com aquele mesmo garoto com quem eu treinava veio na minha mente.

Estavamos sentados na grama fazendo um piquenique. Ele sorriu pra mim e me olhava com carinho.

A sensação que preencheu meu peito era nova pra mim, uma mistura do que eu julgo ser felicidade e amor.

Eu o amava? Quem é ele?

Dan- se lembra desse lugar? - ele parou e me viu encarando a cabana

S/N- não exatamente, mas não importa. Não estávamos atrasados? - eu bebi um pouco da água e comecei a andar pro outro lado do rio

Dan- estamos. Vamos logo. - ele me acompanhou e veio para o meu lado

Quando chegamos nos muros da vila, a lua já iluminava o céu. Nos dirigimos pra dentro da mesma e ele me indicou o caminho em que devíamos percorrer.

Quando chegamos no distrito do meu clã, vi o símbolo igual ao que tinha na minha roupa.

Então essa é a minha casa?

Isso de não me lembrar de nada estava me deixando irritada demais.

Começamos a entrar e um silêncio pairava no lugar, me causando um calafrio.

Quando começamos a andar a imagem de corpos sem vida estirados pela rua me deixou em choque.

Eu parei de andar e lágrimas se formaram em meus olhos mesmo sem eu entender.

Como um flash eu visualizei uma casa, que eu julgava ser onde morava, porque eu estava na frente dela com um homem e uma mulher, possivelmente meus pais.

Sai correndo deixando o Dan pra trás, fui seguindo o caminho que minha intuição mandava, parando só quando cheguei na frente da casa.

Entrei na casa que estava com a porta aberta, percorrendo todos os cômodos, até que entrei num quarto.

Senti uma dor inexplicável. Vi as duas pessoas que estavam em minha lembrança jogados no chão.

Sangue escorria no chão, a pele pálida e os olhos sem vida, com uma pequena lágrima escorrendo lentamente pelos olhos deles.

O amor de um Uchiha (Itachi) +18Onde histórias criam vida. Descubra agora