As horas daquela tarde passaram voando, mal pude perceber quando o sol deu espaço pra lua se erguer no céu e esbanjar toda sua beleza.
Por incrível que pareça, eu e Sasori passamos todas essas horas numa conversa agradável apesar do corpo que dissecávamos naquela mesa fria.
Ele me contava como as marionetes eram mais fáceis de lidar que os humanos vivos, que estavam sempre se abandonando e traindo a confiança um do outro.
Pude perceber ali que a frieza em seu olhar vinha de algo muito mais profundo do que eu imaginava, e por um segundo me senti como o corpo a minha frente, vazio e gelado, ao julgá-lo sem conhecer suas dores mais profundas.
Mas após perceber minha cara de melancolia ele fez uma piada dizendo que se fosse pra eu ficar com mais cara de morta que o corpo a nossa frente, eu poderia sair dali.
Eu ri e quando o olhei de relance, pude avistar um pequeno sorriso entre seus lábios.
O clima ficava cada vez mais leve entre nós a medida que eu expressava meu interesse por suas habilidades.
Mas foi quando ele começou a me contar sobre as milhares de fórmulas que ele criou para ter o veneno mais letal em sua posse.
Meus olhos brilhavam com cada palavra que saia da boca dele, fascinada em quanto conhecimento alguém que aparenta tão jovem tem.
Quando terminar de limpar o corpo, Sasori me explicou que o processo agora demorava, porque ele tinha que esperar com que os produtos que ele usava tinha que agir para seguir para a próxima parte, que seria transformar o corpo de carne e osso em marionete.
Nós saímos daquele cômodo e eu instintivamente olhei pro céu, admirando a lua acima de nós e as estrelas que enfeitavam aquela imensidão com seu brilho.
Ele parou de andar ficando ao meu lado, e ao perceber sua presença em silêncio ao meu lado, não pude deixar de soltar uma leve risada.
Sasori- do que tanto ri? - ele ainda estava parado mas agora com os braços cruzados
S/N- parece que não quer mais me matar, não é? - você o provoca e olha pro seu rosto, para ver a reação
Ele suspira, revirando os olhos e franzindo as sobrancelhas.
Sasori- não enche.
E assim voltamos a andar para entrar pela cozinha, que estava com todos os membros ao redor da mesa jantando, alheios em conversar entre si.
Só quando perceberam a presença de nós dois juntos que as vozes foram diminuindo e todos voltaram os olhares a vocês.
O desconforto era visível no rosto de Sasori, que foi logo se apressando a dizer alguma coisa antes que qualquer um jogasse alguma piada pra cima dele.
Sasori- tão olhando o que? - ele revira os olhos - não sejam idiotas.
Ele vai em direção ao fogão com um prato na mão para se servir.
Eu sigo reto indo em direção as escadas, até que alguém me chama, me fazendo parar antes de atravessar a porta da cozinha.
S/N- hã, o que é? - inclinei meu corpo um pouco para trás pra ver quem tinha te chamado
Shisui- não vai comer? - ele me olha com a cabeça tombado pro lado
S/N- vou tomar um banho primeiro, tô fedendo a morto. - eu sorrio pra Shisui e olha na direção de Sasori, que me olhou de volta ao ouvir a última parte da frase, soltando um sorriso imperceptível aos outros.
Você dispara em direção ao quarto, na intenção de poder se deliciar de um banho relaxante depois de um dia cansativo.
Enquanto tomava banho, pensava em quais tipos de dores Sasori poderia ter enfrentado pra se mostrar tão rude e indiferente a todos a sua volta.
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O amor de um Uchiha (Itachi) +18
FanficVocê é S/N, uma Uchiha que compete com Itachi o posto de prodígio da vila da folha, até que um dia a rivalidade entre vocês muda.