007| control

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Clarissa

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Clarissa

Sinto minhas pernas fraquejarem, por minha sorte Peter está do meu lado. Está difícil de respirar e sinto minhas mãos formigarem.

De novo não.

- Eu vou te explicar tudo, minha pequena, mas antes preciso que venha comigo. - minha mãe falou calmamente. - Preciso que se acalme.

- Clair, lembre-se do que praticamos. - Maximoff sibilou no fundo.

"Controle." - disse a mim mesma.

Não consigo.
Meus olhos ardem, lágrimas ameaçam cair, estou em choque. Minha mãe sumiu por 5 anos e agora aparece no momento em que eu menos precisava de mais problemas.

Começo a sentir tudo ao meu redor, as luzes começam a oscilar, mais um indício do meu desespero. As câmeras de segurança rangem e salpicam, sincronizando com as batidas do meu coração.

- Ela está instável, preciso tirá-la daqui. - Peter diz, olhando para frente. - Ei, olha pra mim.

Não sei o que está acontecendo comigo, esses novos poderes parecem ter me deixado a flor da pele, tudo me afeta três vezes mais.

- Vem comigo, vamos lá para cima. - meu namorado me guiou.

Meus olhos estão arregalados e minha boca está entreaberta, não consigo me mover, sinto eletricidade passar por cada nervo do meu corpo e tenho medo que exploda.

Peter me levou até o lugar mais alto da base do Stark, é a céu aberto, e a brisa me ajuda a acalmar.

- O quê você está sentindo? - indaga calmamente, segurando minhas mãos.

Controle.

- Eu sinto tudo, Peter, sinto o olhar pesado e metálico das câmeras de segurança, a eletricidade falha que passa por baixo da casa, sinto o ranger dela passando por cada canto, eu sinto tudo. E é desesperador.

Minhas pernas agora tremem ainda mais, ameaçando falhar a qualquer momento.

-Minha mãe - engulo em seco -, está no andar de baixo daquelas escadas. Passei cinco anos achando que estava morta. Achei que ela estava morta.

Peter estava tão em choque quanto eu, conhecia minha mãe, somos vizinhos desde pequenos e tia May e minha mãe sempre foram muito amigas.
Eu tenho tantas perguntas, tenho raiva, tristeza e saudades, todos esses sentimentos misturados me fazem querer explodir e gritar, fritar tudo ao meu redor com esses raios.

- Se você não quiser, não precisa falar com ela agora, posso pedir para o Strange mandar ela esperar. - Peter contraiu a boca, expressando nervosismo.

- Não, eu preciso resolver isso. Sozinha. - me desvencilhei dele e desci as escadas, apressada.

- Clair! - minha mãe me olhou, com um sorriso.

Não consegui reprimir uma cara de nojo, todo esse tempo, ela esteve viva e bem, me fez sofrer.

- Vou para onde você quiser, mas não vou sozinha - deixei a eletricidade dançar pelas minhas mãos. -, se é que você me entende.

Fomos de táxi para um apartamento feio e desgastado nos subúrbios, um esconderijo perfeito, a duas quadras de distância de onde eu moro com Charlotte.

- Você se escondeu aqui? O tempo todo? - a questiono olhando ao redor.

- Não, querida, me mudo quase toda semana.

- Por que?

- É um jeito melhor de...- a corto.

- Não! Por que você me deixou? Todos esses anos, sozinha. Você sabia que o papai não ia cuidar me mim, e não sabia se Charlotte iria poder me dar abrigo, por que fez isso comigo? - meu olhos ardem e minha boca treme, sinto mais ódio do que qualquer coisa agora.

- Eu tinha planos, eu sabia que você iria sofrer, mas eu estava planejando coisas melhores, para nós duas, juntas. - deu um sorriso largo, com os olhos brilhando.

- Idiotice! Eu fiquei cinco anos sozinha, tive que passar pelo terror que foi a chegada de Thanos sem você! - grito na cara dela. Eu não posso ver, mas tenho certeza que meus olhos brilham mais do que nunca, meus punhos estão cerrados, na tentativa de não perder o controle e cortar toda a eletricidade do quarteirão.

- Não, não, eu tive que sumir, por causa da joia. Eu descobri o que ela era capaz de fazer antes de todos, e sabia que tinha que descobrir uma pessoa para desbloquea-la. Sabia que se não fosse você, você mesma descobriria quem. - minha mãe pegou minhas mãos.

- Tudo isso, por causa de uma pedra idiota? Por causa de poder? Sempre soube que você era uma maníaca pelo trabalho mas isso passou dos limites, mãe.

- Me perdoe, mas quando eu desapareci, eu não podia mais voltar. Agora que descobriram que a joia está com você, não podem mais fazer nada comigo. Mas você precisa ter cuidado.

- Cuidado? Para não matar as pessoas que eu amo? Sim, mãe, eu sei que preciso ter cuidado, não tenho mais 12 anos.

- Filha... não estou falando disso, estou falando do Camaleão.

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Escrevi esse capítulo no presente,
vocês preferem assim ou no passado
mesmo????

𝗘𝗟𝗘𝗖𝗧𝗥𝗜𝗖 𝗟𝗢𝗩𝗘 | 𝑃𝑒𝑡𝑒𝑟 𝑃𝑎𝑟𝑘𝑒𝑟 Onde histórias criam vida. Descubra agora