❝ 𝑄𝑢𝑒𝑟𝑖𝑑𝑎, 𝑣𝑜𝑐𝑒̂ 𝑒́ 𝑐𝑜𝑚𝑜 𝑢𝑚 𝑟𝑎𝑖𝑜 𝑒𝑚 𝑢𝑚𝑎 𝑔𝑎𝑟𝑟𝑎𝑓𝑎, 𝑛𝑎̃𝑜 𝑝𝑜𝑠𝑠𝑜 𝑡𝑒 𝑑𝑒𝑖𝑥𝑎𝑟 𝑖𝑟 𝑎𝑔𝑜𝑟𝑎 𝑞𝑢𝑒 𝑎 𝑡𝑒𝑛ℎ𝑜 (...) ❞
🕸⚡️| Clarissa descobre que a joia que sua mãe lhe deu é mais do que apenas uma joia...
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Clarissa
Foi como fogo, incendiando cada célula e se espalhando rapidamente por todo meu corpo, me desconectando dos planos patéticos do Camaleão, Paul Klark.
De repente são sinto minhas pernas e caio de joelhos ao chão, sentindo o meu auto-controle voltar aos poucos. Apoiei minhas mãos a frente dos joelhos, para que eu não caísse. Depois de alguns segundos encarando o chão e recuperando fôlego, me levanto, com joelhos trêmulos. A batalha parou, e todos agora olham para mim, olhos arregalados e assustados. Acho que se perguntam "A menininha elétrica está solta, o que acontece agora?"
Eles já vão descobrir.
Sinto o sangue ferver nas minhas veias, quando viro o pescoço para a direção de Paul, que está na plataforma acima do telhado. Ele não aparenta estar assustado, mas sim com raiva. Mas seus olhos não mentem, ele tem medo. Medo de mim.
— Clair! — posso ouvir Peter gritar meu nome, mas os sons estão abafados pela minha raiva.
Direciono meu olhar até Parker, que tira a máscara para que eu o olhe nos olhos.
(...)
Peter
Os olhos de Clair brilham em pura raiva, os pequenos raios violetas dançantes faíscam por seu rosto. Posso até prever o que ela intende em fazer agora, e temo por ela. Michelle estava certa, o poder da joia é forte de mais para que ela possa aguentar.
— Ei, Clary, olha pra mim. — falo calmamente, com esperança. — Vem pra cá, já acabou.
Escuto um barulho agudo e rápido. Bip. Paul está tentando controlar Clair de novo.
Ela vira sua cabeça furiosamente em sua direção, mirando o olhar no aparelho em suas mãos, que controlava o tratamento de choque. O Camaleão tenta apertar o botão mais uma vez, em uma falha tentativa de fazer o aparelho nas têmporas da minha namorada — ou quem ela costumava ser —voltar a funcionar.
Clair cerra os punhos com força e uma descarga elétrica percorre sua palma da mão, subindo pelos seus cotovelos e indo até suas têmporas, fritando os aparelhos branco-azulados que serviram de tortura para a mesma.
Os olhos de Paul quase saem de órbita, o medo é evidente no seu olhar.
— Clarissa!
O grito chama a atenção de todos, inclusive a minha. Atrás do Camaleão surge uma silhueta feminina, por estar contra o sol, demoro para identificar. E então a ficha cai.
