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Clarissa

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Clarissa

Abri os olhos devagar, vendo tudo embaçado a minha frente. Minha visão turva voltou ao normal, estreitei os olhos para se adaptarem à luz.

A minha frente enxerguei Paul, provavelmente tentando descobrir uma forma de manusear a joia brilhante sem causar uma tempestade de raios.

Uma coleira de metal revestida com borracha estava em volta do meu pescoço, e nas minhas mãos luvas de borracha amarradas umas as outras.

- Finalmente acordou, estava achando que ia dormir para sempre. - veio em minha direção em passos largos e calmos.

- Onde estão? - perguntei áspera entredentes

- Quem, querida?

- Peter e Charlotte. Onde estão? Você os matou? - um frio se instalou pelo meu corpo.

- Claro que não, eu não mato, menininha elétrica, a não ser que seja necessário. Estão bem, deixei-os no apartamento, Peter já deve ter acordado e avisado a sua galerinha vingadora que levei você. Então, vou direto ao ponto.

- O quê você quer? Porque não me mata logo e fica com a joia para si?

- Não é bem assim que funciona, a joia escolhe um portador, e você foi escolhida, não irá escolher outra pessoa facilmente.

- Você fala como se fosse um parasita. - debochei, arrogante.

- É quase isso. - suspirou. - O motivo para qual eu te trouxe aqui, não foi apenas pela joia, quero sua ajuda, quero que se junte a mim e ao meu propósito.

- É claro! - dei uma risada sarcástica. Eu não aparentava estar com medo, mas minha entranhas estavam se revirando por dentro. - Você realmente quer tentar? Acha que vai me convencer a ficar do seu lado depois de ameaçar meu namorado e minha melhor amiga?

- Você não entende... - balançou a cabeça de um lado para o outro algumas vezes. - Não quero destruir nada, nem matar ninguém, muitíssimo pelo contrário, minha querida. Preciso das joias do infinito para construir um outro planeta, novo em folha, com os recursos naturais restaurados e muita qualidade de vida para qualquer ser vivo, não acha incrível? Aqueles Vingadores de merda nunca ligaram para ninguém, porque se realmente se importassem, teriam feito isso há muito tempo.

Um arrepio elétrico passou pela minha coluna espinhal. Não havia como saber se ele mentia ou falava a verdade, "e se for verdade?"

- Eles tem uma boa razão. - sibilei.

- Ah, é mesmo? E qual seria? - se aproximou do meu rosto. Recuei.

- As joias são... perigosas, se caírem nas mãos erradas. - minha voz falhou.

- É claro, isso é verdade. Mas eles são muito bons em guardar segredos... estou vendo que não te contaram e verdade sobre as jóias. Elas podem criar todo um novo universo, Clarissa, sem maldade, sem poluição, sem dor. Juntos, podemos fazer isso se tornar realidade. - apertou em um botão no seu relógio, que mostrou um holograma de uma família feliz na cidade grande, mas uma cidade diferente, limpa, alegre e saudável.

Senti alguma coisa queimar em mim por dentro, como se meu interior estivesse brigando consigo mesmo, uma batalha interna, talvez do lado racional contra o emocional. Mas eu não sei qual está lutando pelo quê.

- Eu ajudo.

Um sorriso largo de canto de formou no seu rosto, tão afiado que poderia partir alguém ao meio.

- Mas com uma condição. - continuei. - Você não vai machucar a minha família, não vai machucar Peter, Charlotte, ou os Vingadores. Se for necessário, eu mesmo o faço. - minto.

- Não, você não o fará. Não por agora. - apertou as sobrancelhas, como se lesse minha mente. - Mas um dia fará.

Ele sabia que eu estava mentindo, sabia que sempre estive. Eu nunca ajudaria alguém como ele.

𝗘𝗟𝗘𝗖𝗧𝗥𝗜𝗖 𝗟𝗢𝗩𝗘 | 𝑃𝑒𝑡𝑒𝑟 𝑃𝑎𝑟𝑘𝑒𝑟 Onde histórias criam vida. Descubra agora