❝ 𝑄𝑢𝑒𝑟𝑖𝑑𝑎, 𝑣𝑜𝑐𝑒̂ 𝑒́ 𝑐𝑜𝑚𝑜 𝑢𝑚 𝑟𝑎𝑖𝑜 𝑒𝑚 𝑢𝑚𝑎 𝑔𝑎𝑟𝑟𝑎𝑓𝑎, 𝑛𝑎̃𝑜 𝑝𝑜𝑠𝑠𝑜 𝑡𝑒 𝑑𝑒𝑖𝑥𝑎𝑟 𝑖𝑟 𝑎𝑔𝑜𝑟𝑎 𝑞𝑢𝑒 𝑎 𝑡𝑒𝑛ℎ𝑜 (...) ❞
🕸⚡️| Clarissa descobre que a joia que sua mãe lhe deu é mais do que apenas uma joia...
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Clarissa
- O quê você está fazendo? - gritei em meio ao barulho de alguma ferramenta trabalhando.
O barulho cessou, Paul se virou para mim e levantou seu óculos de segurança.
- Isso aqui, querida, é o que eu chamo de garantia. - mostrou um par de dispositivos estranhos, como os que usamos em um eletrocardiograma, mas sem fios, e com uma luz azul brilhante.
- Não me chame de querida.
- Como quiser. - deu de ombros.
- O quê isso faz? - perguntei com desdém
- Como já falei, é minha garantia para caso você mude de lado. Mas sabemos que isso não vai acontecer, por que você vai ficar do lado certo, não é?
Apenas desviei meu olhar do seu.
- Você me mantém presa com uma coleira como se eu fosse seu animal de estimação.
- Se eu te soltasse, por acaso ficaria quieta? - perguntou, sério.
- Se eu disser que sim, você jamais acreditaria em mim. - minha expressão era neutra e firme.
- Não, não acredito. - se aproximou de mim. - Mas vou lhe dar um voto de confiança, acho bom que não o quebre.
Desatou as luvas de borracha e soltou a coleira do meu pescoço, deixando cair no chão. Por alguns segundos, apenas fiquei em pé na sua frente, apenas olhando no fundo da sua alma escura.
E então corri. O mais rápido que pude para a saída mais próxima que pude olhar. Mas claro, ele é mais esperto que eu, e ao atravessar a porta que dá para o corredor da saída, senti um choque percorrer meu corpo. Me retorci, caindo no chão.
- Você precisa repensar suas ações, menininha elétrica. - se ajoelhou para ficar mais perto do meu corpo caído. - Esse controle está ligado à essas pulseiras prateadas nas suas mãos, e é impossível para você desliga-las, pois são alimentadas pelo seu próprio poder. Parece que o feitiço se virou contra o feiticeiro, não é, minha querida?
Ele cuspiu aquelas palavras, me deixando enjoada. Meu corpo parou de se contorcer involuntariamente, mas eu ainda estava no chão, pois ele não me deixava levantar.
- Não me chame de querida! - rosnei o mais alto que minha força permitiu.
