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Clarissa

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Clarissa

Fechei o meu punho. Qualquer um que me visse de longe acharia que eu tenho raiva, mas não é bem isso. Esó quem claramente percebe, é Peter... e, bom, a Wanda.

- Preciso de um minuto. - virei de costas e saí da sala, me sentando em uma cadeira do corredor.

Peter veio logo atrás me mim.

- Hey, tudo bem? - perguntou. Uma luz piscou bem acima de mim. A resposta já estava clara o suficiente para que eu não precisasse usar palavras.

Bufei e passei a mão pelos cabelos.

- Por que isso é tão difícil? - perguntei mais para mim mesma do que para ele.

- Clair, - se ajoelhou em frente a mim, apoiando as mãos nos meus joelhos. - é claro que é difícil, sua mãe estava na sua frente. Você claramente ainda não se adaptou em ter ela novamente. - pegou minha mão e a acariciou. - Acho que deveria conversar com ela, pra valer dessa vez, coloquem as cartas na mesa e façam as pazes, vai fazer bem para as duas.

- É fácil de mais falar, Pete.

- Não, não é nada disso, sei que é extremamente difícil e sei que você tem medo.

- Tenho medo de abrir meu coração para ela e ela o quebrar em um milhão de pedacinhos novamente, eu odeio sentir isso.

- Com certeza é uma das piores sensações que a gente pode ter, mas você tem que continuar a nadar e seguir em frente, sempre para cima, nunca para trás.

Balancei a cabeça afirmativamente.

Me inclinei para frente e lhe dei um beijo rápido nos lábios, arrancando-o um sorriso.

Me levantei, esfregando a palma das mãos nas coxas, nervosa.

- Preciso acertar as coisas, certo? - novamente, perguntei mais pra mim mesma do que para Peter.

- Precisa. - deu um sorriso e pegou minha mão.

Andamos até a sala onde os outros estavam, estavam calados e cabisbaixos, apenas esperando. Bem quando eu achava que o clima não poderia ficar pior.

- Mãe, me desculpa. Conversamos melhor depois. - fui até o seu lado e sussurrei. O silêncio que pairava do resto da sala estava me dando nos nervos.

- Bom, - Tony bateu uma palma que ecoou por toda a sala, silenciosa até de mais. Não entendo qual é a do clima desconfortável, Peter atrás de mim apertou mais minha mão. - chamei vocês aqui, porque a Sra. Bennet diz ter uma informação preciosa, sobre a tal... - apontou na direção do meu pescoço gesticulando. - joia.

- Por que deveríamos confiar nela? - Wanda salta a frente.

- Por que eu já confiei um dia. - Stephen tomou a frente. - Veremos se continua assim. - minha mãe acenou para ele com a cabeça e ele fez o mesmo.

Essa história não me convence. Como minha mãe foi uma feiticeira esse tempo inteiro e nunca me contou, ou eu nunca desconfiei? É, o questionamento não faz sentido. Afinal, ela tinha magia, se queria esconder algo, ela esconderia.

- Enquanto estava me escondendo, não parei de ficar alerta a tudo o que acontecia ao meu redor. - minha mãe iniciou. - Espionei pessoas que sabia que poderiam tentar fazer coisas ilógicas, mas acabei descobrindo que meu pensamento estava errado, e pessoas insignificantes aos olhos de todos nós estão planejando coisas horríveis.

- Pessoas? - indaguei. - Muitas?

- Um deles não está mais ao alcance, foi preso por tráfico de armas de grande porte. Mas o mais perigoso e inteligente está escondido.

- Deixe-me adivinhar, Camaleão, não é? - falei sem muito pensar.

Todos os olhares se viraram para mim, sobrancelhas erguidas ou baixas e expressões confusas.

- Conversamos sobre isso antes.- minha mãe esclareceu antes que eu pudesse abrir a boca. - A questão é que esse homem pode ser extremamente perigoso, e tenho convicção de que ele quer roubar a joia para trazer as outras seis de volta. Mas o problema é que eu não descobri para quê.

- E é por isso que nos reuniu? Quer que descubramos para que ele quer a joia? - Steve perguntou.

- Calma aí, independentemente do motivo temos que pará-lo, não é? - Peter fez uma cara estranha e questionou.

- Claro que sim, vamos trabalhar nisso, começamos ainda hoje. - Tony tomou a frente.

- Mais alguma coisa que queira nos falar, Michelle? - Stephen cruzou os braços e perguntou sério.

- Na verdade, sim. O Camaleão é extremamente perigoso, ele é muito inteligente, absurdamente rico e tem armas de altíssima tecnologia, pode fazer qualquer coisa para lutar contra todos nós.

E então uma luz se acendeu na minha cabeça. O ataque a Peter, o roubo ao banco. Nenhum dinheiro foi levado de lá, ele só poderia ter ido roubar alguma peça para uma de suas invenções.
E aquele dispositivo em seu peito... tudo pareceu se encaixar.

- Por acaso ele construiria algo... assim? - peguei meu celular e mostrei uma foto do dispositivo que estava no peito de Peter, depois que retiraram-o no hospital.

- Certamente sim... vê esta pequena marca? É um camaleão, o seu símbolo.

𝗘𝗟𝗘𝗖𝗧𝗥𝗜𝗖 𝗟𝗢𝗩𝗘 | 𝑃𝑒𝑡𝑒𝑟 𝑃𝑎𝑟𝑘𝑒𝑟 Onde histórias criam vida. Descubra agora