Capítulo treze

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Tom Riddle:

_ Com licença, poderia me deixar a sós com a senhorita Granger, Tom?

Olhei para trás e o professor Dumbledore estava na porta junto com o diretor Dippet e os dois me encaravam procurando algo que pudesse deixar explícito o motivo de eu estar ali conversando com Leesa.

_ Claro, com sua licença, Leesa. Fique bem.

Levante-me da cadeira e beijei o topo de sua cabeça, os dois velhos suspiraram atrás de mim pelo ato, Leesa não falou nada e nem me encarou, mas não estava corada pelo que fiz, ela era estranha.

Saio da enfermaria, mas não voltei para minha sala comunal, queria escutar o que os dois velhos iriam perguntar a Leesa, eu estava curioso para saber o que ela inventaria.

_ Senhorita Granger, poderia responder algumas perguntas? - Perguntou Dumbledore que pegava uma cadeira para se sentar.

_ Claro, professor. Responderei na medida do possível. - Respondeu Leesa com uma voz doce.

_ Que ótimo. - Bateu suas mãos. _ Quem te raptou?

_ Eu não vi. Eu saí do salão principal para me limpar depois do banho de suco que a Murta me deu e não vi mais nada. - Sua voz ficou trêmula, mas continuou a falar: _ Era frio e escuro, eu escutava vozes e um rastejar de alguma coisa, não podia saber o que era por causa da escuridão. Mas, teve um certo dia que a porta ficou aberta, e vi que eu estava dentro de um santuário? Não sei direito, mas é dentro de Hogwarts, eu saí correndo para chamar ajuda e nem vi onde eu tinha saído e quando eu ia ver envolta, eu comecei a escutar gritos no banheiro e...

Ela parou de falar e parecia que estava chorando, ela era uma ótima atriz e era estranho eu elogiar uma mulher. Eu elogiava meus seguidores, mas nunca direcionei nenhum elogio a alguém do sexo frágil, que de frágil não tinha nada depois que eu vi o que Leesa fez com a Murta.

_ Tome um pouco de água, senhorita. - Entregou um copo d'água para a menina. _ Eu sei que deve ser difícil relatar o ocorrido nos mínimos detalhes, mas é preciso para nós sabermos o real motivo dessas mortes.

_ Eu. - Soluça. _ Sei professor, mas. - Soluça. _ Não sei relatar, por favor, pegue minhas memórias e vocês irão ver o que eu passei e vi naquela noite.

_ Tem certeza, senhorita? - Perguntou Dippet receoso.

_ Tenho diretor, não posso expressar em palavras, mas sim, em memórias. - Proferiu Leesa com uma voz fraca.

O que ela pensa que está fazendo? Nada daquilo aconteceu. Ela a colocará em risco e a mim, não posso deixá-la fazer isso. O que essa sangue-puro está fazendo comigo? Não sou assim.

_ Irei pegar somente aquela memória, senhorita. Não irá doer. - Falou Dumbledore apontando sua varinha para Leesa.

_ Eu confio em você, professor.

Eu me escondi atrás de uma pilastra e esperei os dois velhos irem embora, vi eles virarem o corredor, e eu entrei na enfermaria novamente e Leesa estava... Rindo?

_ Você é louca? Nada daquilo aconteceu, você nos colocou em perigo. - Afirmei convicto.

_ Ah. - Se assustou. _ Como vai, meu senhor? Escutar atrás da porta é feio. - Continuou a rir.

_ Me responda, não gosto de gracinhas.

_ Claro, meu senhor. Sabe, bruxos tem a capacidade de fazer memórias e distorcê-las e eu fiz isso.

_ Como? Não deu tempo para você fazer isso.

_ Antes de matar aquela sangue-ruim de maria-chiquinha, eu refiz minhas memórias. E não foi difícil manipular Dumbledore, ele me conhece como uma nascida trouxa com pais preocupados e que eu. - Apontou para si. _ Não tenho amigos, fiz minha reputação rápido, meu senhor. Mas fiz sem erros.

A Garota de Tom Riddle (Versão UM)Onde histórias criam vida. Descubra agora