Capítulo trinta e quatro

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Hermione Granger:

A vida era algo inevitável e a morte algo inexplicável, a junção dos dois eram algo magnífico de se ver, mas a morte ganhava todos os dias presentes da vida e ela não pedia nada em troca.

Mas a mais bela alma que a vida presenteou a morte, a morte fez dela uma joia, a joia era linda, mas a morte a perdeu para alguém. A vida era cobiçada por alguns, mas era temida por outros, ela se sentia sozinha, mas nem por isso perdeu a fé no seu grande amor, a morte.

Lia esse parágrafo com devoção, poderia ficar horas enfurnada nessa biblioteca esperando absorver todas essas palavras, letras e frases que continham no livro, o livro era de uma capa degastada num tom amarelado, mas me sentia bem a folhear suas páginas finas que ficaram com tempo, era algo delicado, mas sutil nas minhas mãos.

_ Herms, sabia que você estaria aqui, ama essa biblioteca mesmo sendo negra, não é?

Olhei para a melissa que estava olhando para cima, eu estava sentada na mesa flutuante e lendo o livro que me fascinava a cada dia, era sombrio, negro e só continha escuridão, mas algo dentro dele me deixava intrigada e quando isso acontecia, o livro era comido pelos meus olhos.

_ Acho ela intrigante, li alguns livros de magia das trevas, mas não tive coragem de praticar em alguém.

Coragem eu tinha, mas não sabia quem poderia ser a minha cobaia, crucius era um feitiço que me parecia doloroso até lendo, Imperius era algo necessário, mas a pessoa ficava sem vida no seu próprio corpo e Avada Kedavra era algo que eu gostaria de presenciar, mesmo eu temendo ser atingida por esse feitiço.

_ Lessa irá te ensinar se você pedir e vamos logo ver seu vestido.

Olhei para ela e ela teve minha total atenção, eu recebia algumas aulas de etiquetas para o jantar que iria acontecer amanhã, estava nervosa e isso eu não tinha dúvida, não por conhecer o temível Lorde das Trevas e sim pela reação dos meus pais conhecendo Draco.

Nós ficamos mais próximos desde daquele beijo, mas nós não queríamos algo muito rápido e nem muito lento, então nós nos encontrávamos todas as noites na sala de Leesa quando queríamos ficar a sós, sem os nossos amigos para perturbar. Não passávamos de carícias, não por medo e sim por respeito e porque somos muito novos para algo a mais.

_ Ele chegou? Achei que só chegaria amanhã de manhã.

_ Leesa não quis demorar muito com suas vestimentas e só posso dizer que é lindo, ande, pare de ler esse livro.

_ Mas está tão interessante, a vida e a morte, duas pessoas diferentes, mas com uma coisa em comum que era o...

_ O amor, sim, eu sei, essa história era a preferida de Leesa e continua sendo.

Leesa, essa mulher me intrigava mais do que mil livros juntos, ela era um mistério para os meus olhos, era fechada e, ao mesmo tempo, extrovertida, ela tinha uma essência que transpirava elegância e mistério por onde ela passava. Ela tinha tudo no seu controle e tinha a mim nas suas mãos, não sabia o motivo dela me fazer de sua protegida ou me incentivar de ter algo com Draco, suas peças estavam na mesa e ela não iria dar sua cartada final, ainda.

Saí da sala precisa e fui para o meu quarto, alguns grifinórios me olhavam com nojo e outros com medo, não saberia se era por causa de Leesa ou pela Meli.

_ Está ansiosa?

_ Estou, mas não estou ansiosa por conhecer o Lorde e sim por causa da minha família.

Ela dá um sorrisinho com minha fala, mas não falou mais nada, a masmorra era fria por fora, mas por dentro era quente e aconchegante, alguns alunos estavam bebendo cerveja amanteigada ou whisky de fogo e outros estavam brincando com logros, mas eram coisas básicas e sem riscos de alguém se machucar. Draco estava conversando com Pansy e Blásio, mas quando Draco me viu entrar logo foi até mim e me deu um selinho, nada comprometedor, mas também nada muito "seco".

A Garota de Tom Riddle (Versão UM)Onde histórias criam vida. Descubra agora