Capítulo três

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Mais uma vez vamos fazer algumas contas. Leesa foi pro passado novamente e lá ela com certeza fez aniversário. Então ela já tem oito anos... Olha, ela não tem mais cinco anos. Felicidades.
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Quando vi a sala branca, eu me empolguei demais, e fiz a sala ter todas as cores de Hogwarts. Para caber toda a decoração que eu estava imaginando, a sala teve que ser ampliada e ela estava maior que todos os salões comunais.

Os sofás eram tão confortáveis que me deu até vontade de dormir, mas eu teria que descer a escada para ir aos dormitórios, mesmo eu sabendo que a minha sala comunal não teria nenhum aluno e isso me deixou relativamente para baixo, como seria quando o Lorde descobrisse essa sala? Será que ele iria gostar? Não saberia ali e nem agora.

Saio de dentro da sala e vejo o Salazar fechando a câmara, ele me olhou e sorriu. Ele veio até mim e colocou uma mecha do meu cabelo atrás de minha orelha.

_ Como que eu queria que você tivesse 17 anos. Desde quando eu te vi, Leesa. Eu fiquei encantado, mas uma menina de sete anos num corpo de 11 não pegaria bem. - Falou suspirando.

_ Concordo com o senhor.

_ Não gosto que minha pequena menina me chame de senhor, me faz parecer velho e eu só tenho 35 anos.

_ Nos quadros não parecia ter menos de cem. - Sussurrei.

_ Desculpe, não escutei. - Proferiu confuso.

_ Eu não falei nada, como estava o basilisco? - Perguntei mudando de assunto.

_ Crescendo, mas não conte para ninguém, quando começar a chegar alunos isso será inspecionado pelos aurores. - Falou sorrindo, mas ficou preocupado com minha expressão de dor. _ O que foi?

_Não gosto dessa palavra. - Falei suspirando. _ Eu vou para cozinha, até mais, Salazar.

_Até mais, pequena menina.

Salazar anda me secando cada dia que passa. Foi Godric quem me avisou e ele me disse para ter coragem para dar um pé na bunda de seu rival e ficar com ele, acho que nessa época faltavam miolos a menos nas pessoas.

Rowena é uma amiga muito inteligente e sabia de quase tudo, Helga já era um caso perdido, sempre discutindo sobre o sangue com o Salazar, e eu estudava quando os quatro discutiam sobre quem era puro de entrar na escola ou não.

Melissa era uma boa confidente mesmo ela se chamando de Sala Precisa.

Com o passar dos meses eu ficava mais na minha sala comunal. Eu fiquei com tanta pena da Melissa, que eu fiz uma interligação das duas salas. Tanto a Sala Precisa quanto salão comunal estavam interligados.

Os quatro fundadores brigaram tão feio que nenhum deles conversavam mais.

Salazar ficava trancado na câmara ou dando aula de DCAT para os alunos. Godric virou professor e diretor, ele passava o dia todo cuidando da escola e ensinando os seus estimados alunos, Rowena ficou distante depois que ganhou seu diadema e sempre que eu a via, ela estava o usando em sua e nem me cumprimentava mais.

Helga estava exilada com seus alunos de sua casa, ninguém conversava mais com ela. O motivo? É que ela aceitava todos, independente de qual linhagem era e isso não agradou muito os outros três.

A sala precisa era cada vez mais necessitada por alunos e isso deixava Melissa alegre. E por causa disso ela estava passando pouco tempo comigo.

Minha estadia aqui era secreta, ninguém sabia que existia uma menina do futuro atrás do espelho do segundo andar, que apenas Tom Riddle e os seus seguidores poderiam entrar (com minha ordem, é claro). Já estava me cansando desta época, então arrumei tudo, materiais, galeões e dei adeus a minha sala e viajei novamente pelo tempo e dessa vez caindo em 1938.

Estava numa casa de trouxas e eles me chamavam de filha, as memórias iam aparecendo quando eu me esforçava, me lembrei de minha missão e que eu dei memórias falsas para aqueles trouxas, me sentia suja por estar entre eles, mas eu tinha que ser forte e esperar Alvo Dumbledore bater na minha porta, ele me entregaria uma carta e ali começaria a minha verdadeira jornada, a jornada de reerguer Tom Riddle.

_ Filha? Tem um senhor na porta te chamando, por favor desça. - Falou meu "pai" atrás da porta.

Ele chegou mais cedo do que o previsto e isso era bom para os meus planos. Desci a escada e vi Alvo Dumbledore tomando chá e quando ele me viu, deixou a xícara na mesa e veio até mim, ele deu um belo sorriso e pediu para que eu me sentasse no sofá com os meus pais.

_ Sei que pode parecer difícil de acreditar, mas sua filha é uma bruxa, nós chamamos casos assim de nascidos-trouxas e para esse caso especial, ela tem uma vaga garantida na melhor escola de magia e bruxaria, chamada Hogwarts.

_ Hm, como o senhor disse, é difícil de acreditar, mas acreditamos em tudo agora. Desde quando ela tinha seis anos ela conseguia fazer coisas inexplicáveis, e bom, o senhor poderia me contar mais sobre essa escola. - Falou a minha "mãe" que segurava a mão do meu "pai".

_ Então ela já deu os primeiros sinais de magia? - Perguntou Dumbledore retórico. _ Que ótima notícia, claro que posso te falar da escola. Hogwarts é um castelo que tem quatro casas e um chapéu irá selecioná-la para uma dessas quatro casas e está tudo pago e as aulas começam no dia primeiro de setembro. Senhorita, aqui está a sua carta.

_ Obrigada, senhor. - Respondo cordialmente.

_ Bom, se não for incômodo, senhorita. Eu gostaria que você me acompanhasse em um passeio no orfanato para que eu visitasse um jovem igual a você, a diferença seria que ele não se dá bem com as crianças do orfanato.

_ Claro, posso ir, mamãe?

_ Não será perigoso, não é? Se não, eu não vejo problema.

_ Não será nada perigoso, eu lhe garanto. - Falou dando um sorriso para minha "mãe". _Segure o meu braço, senhorita.

Segurei no braço de Alvo e aparatamos num beco, ele sorriu para mim e me ajudou a me arrumar, eu odiava aparatar, o puxão do umbigo era e sempre será horrível. Segui Dumbledore e íamos andando até chegar no orfanato Wool, ele era sombrio e estranho. Dumbledore bateu na porta e uma senhora idosa sorriu para o homem.

Ela me olhou e ficou ainda mais feliz, não sabia o motivo.

_ Entre, por favor, ele está lá em cima.

_ Senhorita Leesa, por favor, você pode ir à frente é a última porta do corredor, eu tenho que conversar com a bela senhora.

_ Claro.

Subi a escada sendo vigiada pela senhora e por Dumbledore e quando saio da visão dos dois eles começaram a andar, crianças corriam e gritavam pelo corredor, mas quando me viram pararam de gritar e eles cochichavam "ela é igual a ele", "deve ser filha do demônio, igual ao Tom".

Bati na porta e escutei um entre, baixo, mas audível, adentrei no quarto e fiquei espantada. Tom Riddle, o Lorde que caiu, estava bem na minha frente.

_ Me chamo Leesa e você?

_ Tom, o que a senhorita faz aqui? Achei que minha visita fosse outra.

_ Hm, você estava esperando Dumbledore?

_ Como você...- Tentou falar, mas eu o interrompi.

_ Eu também sou uma bruxa, está empolgado? - Perguntei.

_ Se for para sair daqui, eu prefiro até o meu pior medo. - Falou ranzinza.

_ A morte. - Completei baixinho. 

Total de palavras: 1.230.
Revisado: 06/09/2022.

A Garota de Tom Riddle (Versão UM)Onde histórias criam vida. Descubra agora