Capítulo quarenta e um

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Ela estava ali, ela ouviu tudo o que Dumbledore falou, agora o que ela iria fazer? Me largar como todos faziam?

_ Eu vim aqui por um motivo, eu acabei de ter uma aula de DCAT e era sobre bicho-papão e... Eu vi Harry Potter matando um casal e eu acho que eram os seus pais, você estava chorando e todos, inclusive eu, estavam com varinhas empunhadas, eu... Estou com medo.

A chamei para se sentar ao meu lado e a abracei de lado, aquilo não iria acontecer, então eu não preciso ter raiva ou até mesmo medo por esse bicho-papão, que era algo novo, nunca li sobre esse tipo de bicho-papão. Era interessante.

_ Não tenha medo, aquilo pode ter acontecido, mas já passou, não vai acontecer e me perdoe por você ter escutado aquela conversa, não queria que escutasse ou me visse chorar.

_ Eu fui ao seu salão comunal, eu vi os seus amigos e seu marido.

_ Eu sei que viu e conversou, perguntou o meu passado a Minerva e você contou sobre a minha sala, eu estava te seguindo e te achei intrigante.

_ Obrigada, não sei o que dizer...

_ Gosta de feitiços?

_ Sim.

_ Já ouviu falar das maldições imperdoáveis?

Ela se assustou com a pergunta, mas me responde balançando a cabeça para cima e para baixo, eu via interesse nela por esse assunto, eu escolho meus aliados não por status e sim por sabedoria e ambição.

_ Então, me diga as três imperdoáveis.

_ Imperius, Crusius e Avada Kedavra.

_ Me diga, você tem curiosidade de aprender sobre elas?

_ Sim, mas são as imperdoáveis, se eu as usar em alguém, posso ir para Azkaban e nunca mais voltar.

_ Não saiu da minha boca que era para você usar em alguém e sim aprendê-las, você quer usar em alguém, Scamander?

_ Se eu falar que não, você vai acreditar?

_ Não, então qual você quer aprender primeiro?

_ A gente vai aprender aqui? As pessoas vão escutar.

_ Esse calabouço tem Abaffiato, então, qual você quer aprender?

_ Crusius.

Peço emprestada sua varinha e faço aparecer um pequeno rato, a ensino postura, a forma correta de dizer e como ela deveria balançar a sua varinha. Ela absorvia cada palavra minha com entusiasmo, ela estava louca para praticar aquilo.

_ Entendeu? Você precisa pensar na pessoa sentindo dor e quanto mais você quiser que ela sinta dor, ela vai sentir.

_ Sim, você ensina perfeitamente bem, melhor do que o meu professor, se eu devo dizer. - Ela apontou a varinha para o rato e disse: _ Crusius.

Vi o rato se contorcer e ficar imóvel, ele não estava morto, somente desacordado, a maldição poderia matar, mas só com uma elevação de dor altíssima, se não, iriam apenas ficar loucos como o casal Longbottom.

_ Como que eu fui?

_ Parabéns, se continuar praticando, será melhor que a Bellatrix, que descanse no inferno.

_ Você a matou? No Profeta não dizia com muita clareza.

_ Ela fez algo que eu não gostei muito.

_ Você é má, mas, ao mesmo tempo, bondosa.

_ Obrigada, agora vamos no Avada Kedavra.

_ Esse feitiço não corrompe a alma?

_ Quando você mata um humano e não com um mero rato, agora me explique essa maldição.

A Garota de Tom Riddle (Versão UM)Onde histórias criam vida. Descubra agora