Capítulo vinte e um

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_ Oh, olha a cabeça a minha. - Riu a mulher. - Não apresentei ninguém, esse sentado ao lado da lareira e lendo um bom jornal é meu marido, Thomas Riddle. - Apontou para um senhor de bom porte. _ As duas belas moças são minhas netas, Rose e Green. E bom, já deve imaginar que aquele homem descendo a escada seja o Tom. Vamos nos sentar, iremos jantar.

Aquela família era estranha, Thomas parecia um homem com seus ideais intactos e nada iria impedi-lo de conquistá-los. Mary, ela que controlava a casa, uma típica dona de casa, Rose era uma pirralha de dez anos, mas a Green tinha idade o suficiente para se casar e não tirava os olhos do Tom e ele percebeu esses olhares.
E bom, o Tom pai era uma cópia perfeita de Tom filho, confuso, eu sei, mas amanhã só existirá um Tom e será o meu.

Sentamo-nos na mesa e todos queriam fazer perguntas e bom, eu queria passar o tempo, por que não responder algumas perguntas?

_ Como vai sua mãe, Tom? - Perguntou Mary.

Sério que ela começaria a falar desse assunto que assombrou Tom quase a vida toda? Não o deixei responder, eu queria fazê-la engolir a própria língua por comentar de Mérope, mesmo ela estando viva.

_ Morta, será por que, não é Tom? - Tom pai já sabia quem eu era e eu achava esse homem repugnante.

_ Está insinuando algo, menina? - Perguntou o avô de Tom.

_ Claro que não, o que eu estaria sugerindo? Que seu filho matou Mérope? - Falo inocente. _ Longe de mim.

_ Menina, melhor ficar quieta. - Proferiu Mary entredentes. _ Vamos continuar? - Perguntou retórica. _ Quero que você conheça Green, ela tem dezesseis anos, mas é um doce de menina e eu acho que ela ficou encantada por você, Tom.

_ Mary, está dizendo que eu deveria me casar com a senhorita Green?

_ Oh, vejo que é inteligente, tinha que puxar minha sabedoria, não é, Thomas? - Sorriu abertamente. _ A nossa família vem de uma linhagem, como eu posso dizer...

_ Esnobe? - Comento rindo.

_ Eu ficaria feliz se você pudesse se calar.

Tom, que estava ao meu lado, tentou avançar na velha, mas eu não deixei, não queria acabar com o jantar, estava delicioso.

_ Claro, irei me calar saboreando um belo de um vinho, isso é vinho tinto? - Pergunto bebendo um pouco. _ Prefiro um bom Whisky, mas se temos isso, será isso.

_ Você é menor de idade. - Falou Mary.

_ E o Tom também e nem por isso estou dizendo que ele não pode se casar, continue com as fofocas, Mary.

_ Como ousa? - Quase gritou. _ Não aceito gentinha de sua laia na minha casa.

_ Sério? Faça-me rir, sou de uma linhagem mais pura de bruxos, seus estúpidos.

_ Querido. - Olhou para o Tom. _ Converse com Green e saberá que ela é uma ótima mulher, diferente...

_ De mim? Concordo, querido Tom. Vá e abra sua mente para novos conceitos.

Tom tinha um sorrisinho maroto nos lábios, ele queria se divertir mais naquele jantar, mas ele iria fazer o que eu pedi.
E antes dele ir, eu pedi algo baixinho em seu ouvido e ele riu; ele me deu um belo de um selinho.

O olhei para as pessoas que estavam na mesa e sorri, vendo as faces de descrença. Tom saiu para o jardim e antes de começar a comer de novo, Thomas e Tom me olhavam e aquilo já começava a me irritar.

_ Digam, eu odeio suspense. - Paro de comer e vejo eles falarem:

_ Quanto você quer para ficar longe do meu filho? - Dinheiro trouxa? Talvez não seja uma má ideia.

A Garota de Tom Riddle (Versão UM)Onde histórias criam vida. Descubra agora