Capítulo trinta e nove

747 71 10
                                    

As masmorras continuavam frias e escura, as tochas que continha naquele lugar não iluminavam muito bem. Eu conseguia escutar gotas de água caindo em algum lugar.

Dumbledore sabia de um lugar onde eu ou os outros alunos não poderiam fugir, eu disse a ele uma vez, não me lembro a data certa, mas eu lhe contei sobre esse local. Selwin nos acompanhava, mas tinha um "Q" de desconfiança rondando em sua cabeça, ela não poderia confiar fielmente na sua aluna ou muito menos na Lady das trevas.

_ Qual é a senha, Leesa? - Perguntou o homem.

_ Basilisco morto.

O corredor estava vazio, seria melhor assim, ninguém me encontraria para contar história.

A parede se abriu dando espaço para um calabouço frio e sem luz, a ventilação era proporcionada por feitiço, nada, além disso. Dumbledore me deu espaço para eu entrar e eu respeito sua decisão, vou em direção de uma tábua de madeira sendo erguida do chão por duas correntes grossas e eu me sentei ali, me vejo relembrando o dia que Godric fez aquele espaço, para alguém em especial.

_ A senhorita irá ficar aqui por tempo indeterminado, até que alguns aur...

_ NÃO DIGA ESSA PALAVRA NA MINHA FRENTE!

_ Me perdoe. - A mulher ficou assustada.

_ Não me importo com nada, só não me deixem escapar daqui. Meu corpo e meu coração não me obedecem.

_ Por causa do seu amor por ele, não é? - Dumbledore perguntou.

_ Sim, só peço que ninguém saiba que eu estou aqui, agora por favor vão.

Selwin foi até mim, retirando a varinha da minha mão e logo em seguida fazendo aparecer um colchão, travesseiro e uma coberta, olhei para ela sorrindo, mesmo eu odiando todos que estavam ali, eu ainda os respeitava, ainda tinha um pouco de dignidade em mim.

_ Amanhã um elfo irá trazer o seu café.

Depois dessa frase, os dois se foram me deixando sozinha com os meus pensamentos conturbados, eu estou fazendo isso para salvar Tom, será que ele irá me entender?

_ A senhorita é nova aqui? Ninguém vem aqui.

_Sim, me desculpe por tomar o seu pequeno lar, me chamo Leesa e a você, como se chama? - A cobra se transformou em uma garota e ela sorriu.

_ Na verdade, sou uma animaga. Não sabia que era uma ofidioglota, prazer em conhecê-la, eu me chamo Chrystalla Scamander.

_ Interessante, uma Scamander na minha frente, sou uma mulher de sorte.

_ Vai me perguntar sobre pelúcios e tronquilhos? Não me leve a mal, Leesa. Mas eu não curto muito esse assunto. O que você faz aqui?

_ Uma Lady das Trevas tem que ser julgada pelos seus atos.

_ Não me diga que é a famosa Leesa Riddle? Que maravilha.

_ Não acho, odeio o tom formal que algu... Argh.

_ Você está bem?

Peço silêncio sem dizer nenhuma palavra e me concentro para desativar a marca, não aguentaria as consequências dos meus atos, ele estava estressado, furioso e sanguinário, ele iria me procurar pelo mundo todo até desistir e ver a minha foto na primeira página do Profeta Diário dizendo o dia e a hora do meu julgamento, se ele fosse esperto, ele iria descobrir o motivo dessa minha fuga.

_ Pronto, meu marido está me procurando, então eu tive que desativar a marca.

_ Marca? Mas eu não vejo nada. - Ela olhou o seu relógio de pulso e disse: _ Olha a hora, tenho que ir e não precisa pedir, eu não irei dizer nada a ninguém, uma das coisas que minha casa tem de mais é lealdade.

A Garota de Tom Riddle (Versão UM)Onde histórias criam vida. Descubra agora