Capítulo vinte e sete

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Levantei-me do chão frio que eu estava e deixei a foto na mesa de cabeceira e vi se Tom tinha acordado, mas fiquei encarando o lençol que estava com algumas gotinhas de sangue e sêmen e me arrepiei me lembrando de alguns minutos atrás.

Fui em direção do banheiro e entro nele. Estava doendo cada partícula do meu corpo e me ver toda roxa no espelho que continha no banheiro era estranho, chamei Debby e ouvi um plop atrás de mim, mas quando me virei ela estava horrorizada pelas marcas que agora estavam presentes no meu corpo indo fazer coleção para as outras que meu avô me fez. Eu odiava essas marcas, não pelo ato e sim que me lembrava o meu avô.

_ Debby, por favor prepare meu banho.

Sente-me no chão do banheiro e o encarava, não sabia o que pensar e, ao mesmo tempo, o que fazer, estava com medo, mas estava fascinada.

_ Irei trazer poções para dor e irei fazer um feitiço para sumir essas marcas.

_ Essas marcas foram para me lembrar que eu tenho dono, meu dono não quer que elas sumam. Mesmo que elas me façam lembrar do meu avô.

_ Leesa, você está fora de si, me ...

_ Me deixe, por favor, Debby.

_ Mas...

_ Debby.

Ela me olhou mais uma vez e desapareceu na minha frente me deixando a sós com os meus pensamentos.

Levante-me do chão com dificuldade e me tranquei no banheiro, estava com medo, medo de ver o meu avô em Tom. Caminhei em passos cambaleantes até chegar na banheira e me sentar nela, a água ficava avermelhada quando eu tentava me limpar, tive que repor a água mais de duas vezes, até eu não precisar mais.

Afundei na banheira, queria saber como seria morrer novamente, estava fora de mim, não por causa de Tom e sim por causa das memórias que eu tinha do meu avô. Ouvi três plops e me virei vendo Melissa que deveria estar na escola, Mérope e Debby.

_ O que ele te fez? Não esconda na espuma Leesa, se levante.

Olhei pra Melissa e ela entendeu que eu não conseguia, não conseguia me mexer para fazer nada, estava morta por horas naquele banheiro revivendo meu "futuro", as três me ajudaram a me levantar e me sentaram numa cadeira que Debby trouxe depois de rever meu estado.

Elas me secaram tirando a espuma que não deixava elas verem o meu real estado e quando viram, elas não sabiam o que fazer, Melissa estava estática, Mérope falava que deu à luz a um monstro e Debby tentava me fazer tomar alguma poção.

_ Leesa, não pense, não volte ao passado, ele não te encontrou ele não vai te machucar, reaja, por favor.

_ Tome isso logo, talvez melhore, querida.

_ Merda, ela entrou em crise novamente, eu mato aquele, idiota do Tom, me desculpe, Mérope. Mas se ela continuar nessa ela pode morrer. E que dia é hoje?

_ Dia quatro, por quê?

_ Merda, é hoje, mas esqueça. Debby, pegue algumas roupas, ela ficará nesse estado por algum tempo.

Como ela sabia daquilo? Ela era um fantasma que virou humana e que viu todas as minhas memórias, principalmente da minha tortura. Debby voltou trazendo uma camisola e trazendo algo nas mãozinhas e entregando Melissa, ela me olhou espantada, mas sabia que eu não seria capaz de trair aquele homem que ainda deveria estar dormindo, eu não tinha coragem de traí-lo não por medo, mas sim, por amá-lo mais do que a minha própria vida poderia significar.

_ Revelio.

Quem estava aos beijos com Snape era Samantha, não a culpava, ele era um pedaço de mau caminho. As meninas me ajudaram a me levantar. Eu já estava vestida e fui para o quarto e Tom não estava ali, o lençol já estava trocado e a cama estava arrumada. Não conseguia falar, corresponder gestos, me sentia uma morta-viva relembrando do meu passado que talvez iria se tornar novamente o meu futuro.

Elas tentavam conversar comigo, mas a única coisa que eu conseguia fazer era piscar os olhos, Melissa saiu batendo os pés e logo voltou com um Tom com um sorriso nos lábios que logo fora desmanchado quando viu meu real estado.

_O que ela tem?

_ O que ela tem? Isso que você deveria me responder, ela está toda cheia de marcas de mordidas e está roxa, tinha sangue no lençol e ela está parecendo uma morta-viva, e é sua culpa, Tom.

_ Minha? Ela que me traiu com Severus e é minha culpa? Eu só a puni pelos seus atos.

_Então, me fale, Tom Riddle, o grande bruxo das trevas, essa pessoa aqui é a Leesa? Porque o que eu estou vendo é Samantha Pettigrew e Snape aos beijos e não a Leesa! Agora ela está relembrando as torturas que o avô fazia nela, e sabe, Tom. Ela quase foi uma obscurial, mas ela foi salva porque relembrava a cada momento que teve com os pais e com você, agora faça ela beber essa maldita poção antes que eu te mate.

Tom pegou a poção da mão de Mérope e virou todo o conteúdo do frasco na sua boca e foi até mim. Ele me beijou e me fez engolir a poção, ele fez isso três vezes até que finalmente a poção faz efeito e consigo respirar novamente e recuperar a cor. Logo peguei minha varinha e saio do quarto, ninguém entendeu o porquê dos meus atos, mas eu sabia que os quatro estavam me seguindo.

Não me importava com a tontura ou muito menos na minha dor, apenas queria saber onde aquela mulher estava e acabar logo de uma vez por todas com sua vida.

_Onde está a Bellatrix Lestrange? Quem me trazê-la terá misericórdia da minha fúria.

Gritava para quem quisesse ouvir, mas não estava sendo levada a sério por causa das minhas roupas, mas não me importei, fui até o quarto dela bombardeando a porta e vi que ela estava se agarrando com Rodolfo Lestrange, eu não sabia como ela conseguia beijar ele sem a língua, mas quando me viu toda roxa, ela sorriu, mas não por muito tempo.

_Crucius .

Tom chegou a tempo para ver ela morrer de agonia, não iria me arrepender por matá-la, mesmo sendo uma Comensal que gostava de brincar antes de matar e isso eu amava, mas se ela pensou que Tom se separaria de mim, estava incrivelmente enganada.

Foi uma morte tão rápida e com nenhum grito por ela ser orgulhosa demais para gritar que Rodolfo ainda estava inerte aos acontecimentos que acabou de presenciar, levitei o corpo sem vida da pobre mulher e caminhei até chegar ao topo da escada. Estava cheio de Comensais da Morte no hall de entrada e quando viram o corpo de Bellatrix gelaram no lugar, joguei o corpo sem nenhum cuidado no chão.

_ Eu espero que me respeitem agora, se ninguém quiser ser mais uma pessoa morta pelas minhas mãos e boa tarde.

Caminhei até meu quarto escutando gritos de terror e sorria por escutar aquilo, Melissa ria, mas ainda não entendia o motivo de eu ter feito aquilo. Vi que ela continuava com a foto em mãos e a virei lhe mostrando a frase que continha no verso da foto. Me joguei na minha cama sendo abraçada por trás.

_Me desculpe.

Não queria responder agora, ele precisava repensar seus atos e poderia muito bem ter me perguntando antes de fazer aquilo tudo comigo. Estou brava, chateada, mas ainda o amo e nada e nem um dano físico ou psicológico irá me deixar de amá-lo.  

Total de palavras: 1.267.
Revisado: 08/09/2022

A Garota de Tom Riddle (Versão UM)Onde histórias criam vida. Descubra agora