Capítulo quarenta e oito

1K 87 14
                                    

Meus cabelos já tinham se desprendido do coque que eu tinha feito. Hermione estava de mãos dadas com Malfoy e lutava brilhantemente, Blásio e Melissa estavam de costas um para o outro, mas sorriam se divertindo com o que acontecia em volta.

O castelo estava destruído, Minerva junto com Selwin lutavam bravamente contra a Samantha, as lutas estavam acontecendo como eu planejei, mas faltava uma pessoa, Harry Potter.

Entrei no castelo passando pelos feitiços. Dentro do castelo eu era protegida pela aura dos quatro fundadores, mais uma das minhas verdades escondidas.

Subi até o sétimo andar e vi três pessoas saindo da sala precisa, Harry, Ronald e Luna. Eles estavam com a taça e a varinha de Helga, a varinha que estava perdida e a taça que deveria estar no seu salão comunal.

_ O que vamos fazer? - Perguntou Ronald, ele estava relutante. _ Não sabemos se essa taça é uma Horcrux.

_ Helga disse que é uma e a dama cinzenta nos disse a mesma coisa. - Falou Harry com a taça em mãos.

_ Não podemos confiar em um fantasma, Harry. - Ronald pontuou por fim.

Empunhei a minha varinha e direcionei a ponta para Ronald Weasley, o matando logo em seguida. Quando ele caiu mole no chão, Harry percebeu que seu amigo não estava mais entre nós, Luna começou a chorar e pediu para que ele acordasse, mas nada adiantou.

Luna veio até mim e começou a duelar comigo, eram feitiços de ataque mais fortes que eu já pude presenciar, mas sua morte não demorou muito para acontecer e quando a rajada verde a atingiu, ela sorriu e agradeceu, ela estaria em paz com sua família e namorado. Tudo que eu faço tem um motivo. Eu não gostaria que ela ficasse sozinha ou muito menos o Weasley sem família.

_ Harry, fuja, irei conter ela, mate Voldemort. - Gritou Gina se colocando em posição de ataque. _ Por nós.

_ Ginny, não morra. - Gritou Harry correndo. _ E eu te amo!

_ Também te amo, Harry.

Palavras mais fortes do que aquelas só seriam as da morte, vi Harry passar por mim e descer a grande escadaria. Ginny já empunhava sua varinha em minha direção, dei um passo para frente e ela sorriu, ela sabia o que iria acontecer, mas em um ato sem sentido vindo de sua parte, ela largou a varinha e se ajoelhou com as suas mãos para cima, cadê a grande Ginevra Weasley? Cadê a coragem Grifinória?

_ O que está fazendo? - Perguntei alarmada.

_ Aceitando a morte. _ Riu. _ E eu sei que vocês irão vencer, todos sabemos de sua história, A Garota de Tom Riddle, a menina que salvou e reergueu o Lorde. - Suspirou cansada. _ Então eu aceito a maldição da morte e aceito morrer sem lutar, sou uma Grifinória que contém alguns de seus ideais, mas não faço parte de sua ideologia. - Falou sorrindo.

_ Então está pronta para deixar Harry nas minhas mãos? - Perguntei receosa.

_ Se eu não estivesse pronta, não estaria aqui deixando a minha vida em suas mãos, mate ele e acabe com essa guerra infernal. - Falou irritada.

_ Como desejar. - Falei lhe acariciando. _ Avada Kedavra.

_ Obrigada.

Assim que ela caiu nos meus braços, fechei seus olhos e disse que se nós perdêssemos, ela teria lindos filhos com Harry, mas ela escolheu morrer para não sofrer a morte de seu amado. Saí de lá carregando três vidas nas costas. Saí daquele corredor e os escombros não facilitavam a minha passagem.

_ Se você quer me matar, iremos juntos! - Proferiu Harry.

Antes de chegar perto do corujal vi Tom e Harry caindo do parapeito, mas eu sabia que eles não iriam morrer ali.

_ Você está bem? - Perguntou um dos meus subordinados. _ Parece tão pálida, os comensais se juntaram lá fora, só estamos esperando você e o Lorde.

_ Obrigada, Mercury. - Agradeci pelas informações.

Desci a escadaria principal e vi todos reunidos novamente em frente a Hogwarts, todos os meus amigos e familiares estavam bem e vivos, eles estavam com um sorriso triunfante nos lábios, mas no outro lado do tabuleiro tinham faces cansadas e chorosas. Molly e Arthur não viviam mais entre nós como a maioria da Grifinória.

Somente Grifinória estava no lado oposto desta guerra, todas as outras casas estavam conosco nesta guerra, mas alguns tinham amigos na Grifinória e lutavam com eles, como Luna lutou.

_ Os comensais que sobraram, vão para casa. - Os comensais me olharam estranhando o que eu tinha pedido. _ Agora. - Falei nervosa. _ E os Grifinórios que estão cansados de lutar, descansem e se quiserem continuar, lutem por seus ideais, mas não me culpem por algo que não fiz. - Falei encarando-os.

Alguns Grifinórios me escutaram e começaram a se sentar no chão empoeirado e faziam de encosto as pedras que caíram do castelo. Ver aquele castelo destruído era de partir o coração; eu o construí, vivi nele, me apaixonei nele e agora ele estava arruinado.

Tom voltou com seu sorriso assustador, todos continuaram sentados e viam com temor o clímax da guerra. Voldemort x Harry.

A luta que no passado foi predestinada, mas agora era só uma luta que iríamos saber quem seria o vencedor. Os comensais já tinham ido embora, só faltava eu e Tom.

_ Harry. - Falei em alto tom. _ Meus pêsames.

Vi ele olhar para mim e nesse pequeno ato involuntário sua varinha saiu de suas mãos e cravou na terra macia que estava ali perto. O Lorde das Trevas não pediu para que ele dissesse suas últimas palavras, mas foi eu que dei no seu lugar.

_ Encontre sua amada no paraíso. - Falei por ele.

_ Avada Kedavra. - Gritou Tom.

O protagonista da história do passado morreu e hoje quem venceu foi Tom Riddle, a varinha das varinhas não foi parar nas mãos de Dumbledore, mas sim nas minhas. A capa da invisibilidade não foi de Harry e a pedra estava com Snape como uma recordação, mas todos eles vieram para mim. Mas já estava na hora de devolvê-los.

_ Tirei incontáveis vidas para lhe presentear, morri para conviver com você. - Sorri me lembrando. _ Achei suas relíquias para lhe devolver o favor que me fez, obrigada, velha "amiga" por emprestar seus poderes e poder me despedir com respeito da "senhora".

_ Obrigado, Vida. Por me presentear com seus maravilhosos presentes, lhe desejo sorte nessa vida eterna. - Falou com aquela voz doce de sempre.

Eu tinha a marca das trevas, era uma viajante do tempo, não era imortal nessa era e eu sou a Vida.

A Vida que amou e ama a Morte como seu igual, a última verdade sobre mim. Criei Tom Riddle com as características da Morte e desci ao mundo dos humanos para amar e respeitar um humano com sede de poder e vingança. Sou a Vida proporcionada pela natureza dos humanos, mas eu sou "A Garota de Tom Riddle" e essa é minha história contada nos mínimos detalhes.

A guerra naquele momento acabou, meus filhos não morreram. Meu amado marido oficial não tinha morrido. Minha família não tinha morrido e nem os meus amigos, essa foi a vida que eu sempre desejei.

Dessa vez a Morte não levou os meus parentes e nem amigos, mas talvez eu precisasse desse choque de realidade, que nada na vida é o que esperamos.

_ O que tanto escreve? - Me perguntou Tom.

_ A minha vida. - Sorri fechando o livro.

⠄⠄⠂⠁⠁⠂⠄⠄⠂⠁⠁⠂⠄⠄⠂⠁⠁⠂⠄⠄⠂⠁⠁⠂⠄

Eu odeio e amo essa história, acho que foi por isso que eu a revisei tantas vezes. Eu já a exclui e republiquei. Leesa é a minha primeira protagonista e eu aprendi com ela que, fazemos muita bosta, mas no final, talvez, dê certo.

A Garota de Tom Riddle (Versão UM)Onde histórias criam vida. Descubra agora