Capítulo trinta e oito

768 73 2
                                    

Agora eu sei o motivo de vocês amarem Salazar e Leesa. Tom e Leesa não tem química nenhuma, pqp. Aguardem, vou fazer eles terem.

⠂⠄⠄⠂⠁⠁⠂⠄⠄⠂⠁⠁⠂⠄⠄⠂⠁⠁⠂⠄⠄⠂⠁⠁⠂⠄

_ Se você sair dessa sala sem me explicar o que diabos tem naquela profecia, eu mato os seus filhos.

_ Meus? Tom Marvolo Riddle, eu não consigo fazer filhos sozinha, então, também são seus e eu saio sim.

Viro de costas para ele e vou em direção da porta, cada vez que penso sobre minha gravidez eu fico mais assustada, Tom pode fazer algo com eles e eu não sei se teria coragem de machucar a pessoa que amo. Sou virada bruscamente e empurrada para trás, minhas costas doem, mas a dor era o de menos, eu estava com medo dele novamente.

_ Leesa, minha Leesa, se você não me obedecer, terei que matar um dos nossos filhos e você não quer isso, não é?

_ Você está me ameaçando? Quem é você? O que você fez com a pessoa que eu amo, se for você, eu juro que nunca mais terá a vitória dessa guerra e se me der licença...

_ Leesa, você vai vir aqui e agora.

_ Você não me manda, não sou sua Comensal da Morte e sim sua mulher, você não é meu dono, sou livre, se você quiser me ter, mude seu comportamento machista.

Saio da sala e vou em direção da biblioteca, o único lugar seguro e calmo dentro dessa casa, entro na biblioteca e vejo minha mãe acariciando sua barriga, quando eu cheguei nesse tempo, minha mãe já estava grávida de cinco meses e fico com medo de sumir sem conhecer os meus filhos e protegê-los de seu pai.

_ Desculpe, mas posso fazer uma pergunta?

_ Minha dama, estava tão concentrada na leitura que não percebi você entrar, por favor sente-se e me pergunte o que quiser.

_ Já sabe o sexo do bebê?

_ Sim, é um menino.

Menino? Minha mãe teve um menino? Será que aquele velho a machucou e ela perdeu o bebê? Será que eu sou adotada? Cada dia que passa me sinto mais perdida na minha própria vida, me sinto uma figurante na minha própria história. Não, talvez esse seja o meu irmão que deveria ter nascido anos atrás.

_ Você está machucada, não faz bem para o seu filho, o seu marido sabe? - Perguntei.

Os pulsos estavam roxos e tinha algumas marcas avermelhadas, pareciam ressentes, o que a minha mãe mereceu para ter uma vida cheia de sofrimento?

_ Ele não se importa, ele só quer um herdeiro para a família, está sendo manipulado pelo pai, tenho medo às vezes de perder meu filho.

_ Também tenho, mas me conte o motivo da ira de seu marido e do seu sogro, desabafar é o melhor remédio.

_ Ele pensa que o filho não é dele e sim de outro bruxo, mas eu não tive nenhuma relação sexual com ninguém além do meu marido.

Aproximei-me mais dela e seco as suas lágrimas, sua pele é tão macia e morena que me dá sensação de aconchego, queria ter seu cafuné como ela sempre fazia quando eu estava com medo do dia seguinte, o que ela falaria se eu contasse que eu era sua filha com Grindelwald? São tantas perguntas que não tenho coragem de saber as respostas.

_ Ei, por favor, não chore. Fuja, fuja com seu filho e quando ele nascer e se você quiser, volte, nada e nem ninguém irá te impedir.

_ Você é tão bondosa, como conseguiu amar aquele monstro? Como consegue carregar filhos dele sem sentir repulsa de si mesma? Como sua mãe reagiu?

_ Eu não sei, como você reagiria? Eu não sinto repulsa por ele ou saber que carrego os filhos dele, eu o amo tanto que esse amor se tornou doentio, posso me deitar no seu colo?

_ Claro, querida. Bom, se eu fosse sua mãe te daria uma boa palmada, mas ficaria feliz por ter netos chegando mais cedo do que eu imaginava, está chorando, querida?

Ah, mãe, como eu queria te falar quem sou eu, sua menininha, sinto tanta, mas tanta sua falta, que dói só de saber que aquele que eu chamei de avô lhe bate como uma punição.

_ Sinto falta da minha mãe, mas vamos ficar quietinhas e aproveitar um pouco da nossa paz?

Suas mãos passavam por entre os fios dos meus cabelos e fazia um delicioso cafuné. Aquela saudade dói, mas eu suporto por ela, fechei os meus olhos e acho que ela pensou que eu estava dormindo e começou a cantar uma cantiga, as palavras eram estranhas para os meus ouvidos, mas era relaxantes para o meu corpo.

_ Sabe, Leesa. Eu irei voltar no passado e irei reverter a minha gravidez, a pessoa que eu amo não é o meu marido e sim, o seu pai.

A porta foi aberta com violência e eu sabia que era ele, eu sentia na pele todas as suas emoções.

_ Sei que está acordada, Leesa. Quero você dentro do nosso quarto e me dê a sua varinha.

_ Tome.

Não queria brigar ou muito menos satisfazer o seu ego, ele estava estranho desde daquele dia na câmara, o poder subiu muito a sua cabeça e cada dia ele parecia menos com o meu Tom. Me levanto sem olhar para a minha mãe e subo a escada indo direto para o quarto, não consigo mais, essa casa me sufoca, não posso sair, não posso respirar, sou uma prisioneira.

_ Como que era aquela cantiga? Nessa rua tinha um bosque? Não.

Levantei-me da cama e procuro uma varinha na gaveta, Tom adorava colecionar varinhas, era um passatempo que ele adquiriu com os anos de matança, não achava ruim.

Por ele ter esse tipo de passatempo acabou me salvando de ficar trancada nesse quarto para todo o sempre. Abro a porta do quarto e vejo que tem bastante Comensal da Morte no jardim, não seria fácil, mas também não seria impossível.

Corro até a entrada e abro a porta, todos presentes naquele jardim me olharam e apontaram suas varinhas na minha direção, começo a duelar com eles e percebo que todos são fracos, se acontecesse uma invasão nessa casa todos já estariam mortos.

Saio da barreira, logo escutando vozes atrás de mim e me viro para ver quem seria e era ele, aparato sem dar tempo para ele me parar e me trancar em algum lugar daquela mansão. Não penso para onde eu iria, só sigo meus sentimentos e vejo que estou em Hogsmeade.

Olho em volta e vejo que todos devem estar em algum bar ou estavam em casa, já estava de noite. Vou para um beco e bato três vezes na porta de madeira, logo ela abre e vejo Madame Rosmerta, ela sorri e me dá passagem.

_ O que a Lady das Trevas faz aqui no meu humilde estabelecimento?

_ Quero ir para Hogwarts, lá é o único lugar seguro para nós.

_ Então é verdade? Sabe que se o mestre aparecer, eu irei contar, não sabe?

_ Sim e é por isso que lhe darei esse dinheiro e roubarei algumas de suas memórias.

_ Sempre tão esperta.

_ Sempre.

Depois de fazer todo o procedimento, eu desci para o porão e vejo algumas caixas e mais caixas de ingredientes para fazer cerveja amanteigada.

Vou até à parede e empurro uma estante para o lado, ninguém sabia daquela lareira, somente eu e a Rosmerta. Pego um punhado de pó de flu e digo o meu destino, eu sairia na lareira de Dumbledore e era ali que começava talvez minha vingança.

_ O que faz aqui, Senhorita Leesa?

_ Não vim brigar, Dumbledore. Só vim me entregar e ficar aqui por um tempo, ninguém pode saber que eu estou aqui, se não, não irei contar a vocês o que se tratava a profecia.

_ Claro, iremos para aquele lugar, senhorita.

_ Era o que eu previa. 

Total de palavras: 1.278.
Revisado: 10/09/2022.

A Garota de Tom Riddle (Versão UM)Onde histórias criam vida. Descubra agora