Capítulo trinta e três

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Tom Riddle:

Estou com medo, não é o meu primeiro medo, mas sim o meu segundo, aquele que é perder a pessoa que recuperou o meu pacote de sentimentos e o mais surreal era saber que eu tinha.

Agora estou indo para Hogwarts, junto com os meus Comensais, isso parece a coisa mais insensata que eu já fiz por alguém, escuto choro e isso é o que me irrita mais e a outra coisa que me irrita é saber que minha mulher pode entrar num sono profundo sem a possibilidade de acordar, ela estaria viva, mas não veria os nossos filhos, quem diria, Lorde das Trevas com sentimentos por órfãos.

_ Parem de chorar, que merda, ela não morreu.

_ Vire à esquerda e entra naquela árvore oca ali.

_ E onde que iremos ir? Essa passagem não me parece sair na sala comunal de sonserina.

_ E não sai, mas saí na câmara.

Seguimos a Koníígn e entramos da árvore, era apertada no começo, mas ficava mais ampla quando chegamos mais perto do local, a água chegava aos nossos pés, mas não subia e nem diminuía, só vim nessa câmara cinco vezes e depois fui proibido por essa menina desacordada nos meus braços.

_ Ah, casa, como senti saudades de você, mas vamos logo, tire a roupa dela.

_ Não, se tivesse só eu de homem até que ia, mas ela é minha mulher.

_ E é por isso que não a desejamos, Tom. Se a gente fosse desejar ela por um segundo, estaríamos mortos, ande logo e tire a roupa dela.

_ Orion, se você por um momento tiver pensamentos impuros com a Leesa, você é um homem morto.

_ Ande logo. Eu irei me transformar, então para trás.

_ O Reg vai surtar se eu contar que eu vi a mulher dele nua e transformada. - Abraxas zombou.

_ Acho que ela que te mata e não ao contrário, Abraxas. - Orion riu.

A transformação não foi demorada e logo ela virou um basilisco, o meu basilisco, Leesa já estava na água, a barriga já tinha uma pequena saliência e me peguei dando um pequeno sorriso por vê-la daquele jeito, minha garota.

_ Desculpa, Leesa. Mas será necessário.

Ela mordeu a barriga de Leesa e o veneno escorreu para todos os lados, fui impedido de ir atrás da minha menina, ela estava gritando e aquilo me deixou desconfortável, ver aquele sofrimento da pessoa que eu amo é horrível.

Hogwarts começou a tremer e cair algumas pedras, os fantasmas dos fundadores vieram atravessando as paredes e ficaram em choque quando viram Leesa deitada na água gritando pelo veneno.

_ Pare, ela está sofrendo, Koníígn. Ela não vai aguentar tanto veneno no corpo. - Salazar tentou barganhar.

_ Cale a boca, ela precisa, se não, será uma morta-viva por décadas.

_ Koníígn, você lembra da experiência dela com o seu veneno, ela ficou fraca e talvez nunca mais irá se recuperar depois daquilo, a saú...

Lessa estava flutuando, os gritos e espasmos não continham mais, seus olhos estavam negros, sua pele estava com escamas e a língua se partira no meio, ela estava virando uma cobra?

_ Isso queima, Koníígn. Quando eu acordar, eu te mato.

_ Também te amo, Leesa. Agora ande e se transforme, você precisa se recuperar.

_ Como vocês estão conversando? Ela não te entende e...

_ Ela ainda não te contou? - Melissa me perguntou sem entender.

_ Me contou o que, Meli? Aquela mulher ali não me conta nada, ela só me conta o necessário e eu estou de saco cheio dessa enrolação, fale, me conte logo.

_ Ela é uma Herdeira de Salazar e ela está fraca por causa de você e o terceiro filho que está dentro dela.

O quê? Ela é uma herdeira e nunca me contou? Por isso que ela estava com Nagini e me fez de idiota perguntando sobre o que ela estava dizendo e para piorar, o meu filho está a matando?

_ Então irei matar ele, não vou perder minha mulher por um filho que a está matando.

_ Não!

Olhei para Nagini e ela estava protegendo Leesa e um filho indesejável por mim, irei matá-lo nem que para isso eu tenha que matar a minha Horcrux e todos que me impedirem.

_ Não? Me fale um motivo para deixar esse filho no ventre da minha mulher, Nagini. ME FALE.

_ Ela me contou algo antes de ficar nesse estado, ela me disse que você matou uma pessoa especial, ela teve um terceiro filho, mas não me disse mais nada, eu falei que a pessoa especial para ela poderia fugir da morte, mas ela me disse que ele não poderia por causa que nem tinha nascido e ela ficou mal e...

_ Se você quiser continuar viva, não fale mais nada, não respire e saia da frente da Leesa agora.

Joguei ela para o canto e peguei a cobra negra, ela continuava magnífica naquela forma, ela se enrolou em mim e sussurrou no meu ouvido, algo que me deixou relaxado, mas, ao mesmo tempo, alarmado.

_ Não mate o nosso filho, Tom. Ele será o nosso herdeiro, o Herdeiro das Trevas, não irei morrer, mas precisarei de todo o cuidado do mundo, me prometa, Tom. Que não o matará por nada.

_ Como pode pedir algo desse tipo? Não posso te prometer, Leesa. A sua vida é mais importante que os nossos fil...

Ela me mordeu, aquele veneno era algo inexplicável, não doía, mas me sentia cansado, meu sangue escorria pelo meu pescoço, meus joelhos foram logo para o chão e antes mesmo que todo o meu corpo fosse para o chão, Cygnus foi mais rápido do que a física poderia permitir.

_ Bons sonhos, querido.

Cobras, era isso que estava sonhando, imaginar que minha mulher escondia algo desse tipo de mim, foi a gota d'água, queria matar os meus filhos na frente dela, ela poderia chorar, mais não surtiria efeito sobre mim, ela era a única que eu me importava, nem mesmo minha mãe ou até mesmo meu glorioso status não me importavam.

Cada coisa que eu fazia era pensada nela, a cada respiração que eu dava era pensado nela, cada batida do meu coração era pensada nela. Era errado cobiçar algo que era seu e somente seu? Sempre vi garotos dando em cima dela, mas não me importava, sempre vi eles correndo atrás dela e ela não os querendo, não era sonserinos e sim grifinórios, aquela raça de escória, me dava até nojo imaginar Sirius Black ter sido selecionando para aquela casa, a casa dos leões, mas me diga, pense bem, quem seria o mais rápido? Um bote de uma cobra ou um rugido de um leão? Escolha e depois, se sobreviver, me diga.

_ Seu idiota, se você tentar qualquer coisa com os nossos filhos, eu me mato.

Olhei para o lado, meus olhos doíam pela claridade que continha no quarto, mas comecei a me acostumar com ela, olhei na direção que vinha a voz e sorri quando eu vi Leesa com um belo de um sorriso, mas logo foi desfeito e eu entendi o porquê.

_ Não irei prometer, Leesa. Você quase morreu.

_ Sim, quase e eu estou aqui, você dormiu por um dia todo e você precisa se recuperar, tome essa sopa e se não tomar, não terá sexo por uma semana.

_ Isso é injusto, você que escondeu de mim que era uma herdeira e eu que sou castigado? E como você está? E esses pirralhos na sua barriga ainda continuam te matando?

_ Olha como chama os seus filhos, eles estão mais sossegados com o veneno e eu estou bem e você que não está e falta três dias para o jantar, então se comporte.

_ Sim, mamãe.

Ela vem até mim e deixa a bandeja no criado mudo e me beija, um beijo com gosto de sopa, eu queria mais e mais, poderia fazer o tempo parar agora só para beijar aquela boca.

_ Te amo. 

Total de palavras: 1.306.
Revisado: 09/09/2022

A Garota de Tom Riddle (Versão UM)Onde histórias criam vida. Descubra agora