Achado

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A perolada já não aguentava mais continuar trancafiada naquele calabouço sem receber nenhuma notícia do mundo exterior, tudo bem ela tinha consciência de que quando descobrissem que ela era autora de alguns crimes isso podia vir a acontecer, mas o fato é ninguém nunca está pronto para estar absorta do mundo, exilada e sem saber de nada.

Os olhos irritados estavam incomodando, eles estavam secos e coçando. A mesma se sentia cada vez mais irritada, talvez pudesse surtar naquele minuto, naquele segundo, naquele maldito momento que a vida estava lhe proporcionando. Sem que se desse conta seus olhos estavam descontrolados, e em total sintonia com a bagunça que se encontrava a sua vida, o que era péssimo. Visto que a mesma estava puro caos.

Cansada de não ter controle de nada a perolada começou a usar seu tempo para treinar para treinar os olhos que já estavam a irritar a ponto de cogitar a ideia de os arrancar, mas ideia logo foi descartada quando pensou mais um pouco e viu que acabaria por morrer com uma hemorragia. 

Dado momento a mesma já estava praticamente uma 'expert naquilo, conseguia olhar a longas distancias, seus amados protegidos que estavam saindo de casa, os treinamentos da akatsuki, e o mais curioso era o que estava a ocorrer aquela noite. Neji, Sasuke, Naruto, Sakura e os outros em uma "pequena" reunião. Naquele momento a perolada adoraria saber ler lábios para ter uman noção do que estava a acontecer visto que uma junção daquelas pessoas... Bem, podia ser bem peculiar, é de fato era.

Mas do nado a lua sumiu, as coisas ficaram mais sombrias, parecia que aquela gélida brisa estava ainda mais sombria e surgiu apenas para montar aquele clima. Mas aquilo não foi o que chamou a atenção da jovem mulher. E sim uma concha dentro do rio, sua perolada estava a brilhar, mas a mesma parecia estar envolta por um perola pedaço de papel? O brilho inigualável parecia chamar por mim, era como se as estrelas tivessem sido apagadas para mostrar o caminho até aquela concha que guardava aquela perola. 

Não demorou para a porta ser quebrada, uma vez que a mulher já havia notado que aquela madeira não parecia das mais fortes. O que era minimamente curioso já que se tratava de um calabouço de um castelo. Mas se tinha um momento para ela sair, esse era o momento. Aproveitando o momento que poucos estavam a conseguir enxergar foi extremamente fácil conseguir sair do castelo, ela estava livre para ir ao lago, não sabia o porque mas aquela bendita parecia gritar seu nome, como um chamado mudo a ela. 

O caminho para o lago estava livre, não demorou para pegar aquela concha que lhe atraía como um imã, mas todo seu raciocínio foi interrompido por um grito, o céu permanecia escuro mas agora as pessoas não necessitavam ter uma linhagem para enxergar. O cheiro forte e enjoativo, o estomago se pôs a revirar, as chamas já tomavam conta de um parte da cidade e corpos já estavam a queimar, o cheiro horrendo eram as pessoas que estavam a queimar, os gritos mudos de seguro eram misturados pelos gritos de desespero. Por um segundo o corpo da menor travou, ela não sabia o que fazer. Com a perola ainda em sua mão brilhando a mesma viu que atraiu um olhar, era um olhar opaco, sem brilho ou vida, talvez o individuo estivesse já morto, ela não sabia. A única certeza que tinha éque ela conhecia aquele olhar, era o mesmo dos supostos curados na área hospitalar, o mesmo olhar dos internos do rei de águas claras, mas tinha mais alguém, um moreno que lhe dirigiu um olhar raivoso, a mesma não se surpreenderia se ele fosse a atacar. Mas não aconteceu, ele apenas lhe sorriu e se colocou a andar.

Com um click, em sua mente as coisas voltaram, os gritos de agonia e a correria que se encontrava no lugar. As chamas iluminando o caos que estava a reinar. A mesma começou a correr para mais perto das chamas, talvez ela conseguisse ajudar alguém, mesmo sabendo que não havia a  mínima chance ela já estava a quase adentrar aquela imensidão laranja, e teria entrado se não fosse um braço a lhe prender.

- Nem pense em revidar. - A voz rouca, calma e um tanto quanto fria se fez presente a ponta dde seu ouvido e mesmo dentro de todo aquele calor emitido pelas chamas ela sentiu um frio lhe subir pela espinha. - Vamos voltar. já tem pessoas a resolver isso.

Ainda presa pelo braço do moreno ela apenas concordou se pondo a andar no seu lado, provavelmente agora ela estava ainda mais encrencada.

- As crianças... elas...

- Elas estão bem, vamos, meu tio está a te esperar e pelo visto você conseguiu encontrar. - Neji disse olhando para a mão da perolada, a cocha fechada e a perola coberta pelo papel.

Perguntas era o que não faltava, enquanto a luz da lua voltava iluminar as ruas, ela caminhava com suas inúmeras perguntas. 

"Eles esperavam que eu fugisse? Eu consegui encontrar, era para eu encontrar?"

- Não se questione tanto, você precisa dormir. Amanhã será um longo dia.

A perolada apenas murmurou um "sim" baixo, enquanto esperava o primo lhe guiar para suaa nova cela naquela masmorra. Grande foi sua surpresa ao ver que o mesmo ia lhe guiando para o corredor dos quartos, a mesma pensou em perguntar se por um acaso não estavam indo para o caminho errado, mas visto como ficou mal acostumada não reclamaria de poder ter sua cama novamente e não um grande feno de palha. 

"Céus, eu estou mal acostumada." 

Mas ignorando os seus pensamentos a perolada adentrou seu quarto, se é que ainda podia chamar ele de seu e viu Kurenai com uma vela lhe estendeu a mão como quem dizia: "Estou aqui para te ajudar". 

- Eu preciso da concha. - O moreno disse sério enquanto encarava a mulher dar um sorriso ao ver sua prima. - Obrigada, tenha  uma boa noite. 

- Minha menina, está ainda mais magrinha. Quer que eu busque algo para você comer enquanto toma seu banho? Ele já está quase pronto. - A mia velha diz enquanto acaricia o braço da jovem.

- Senti sua falta. - A perolada enrrosca seus braços na cintura da mulher enquanto da um abraço apertado na mesma, essa que ficou sem reação nos primeiros segundo e se colocou a acariciar os cabelos azulados. 

- Isso quer dizer que não teremos mais a guerra para colocar o corset? - A mais velha inquiriu dando um riso. 

- Nós sempre teremos uma guerra por causa do corset.

***** 

O castelo amanheceu agitado, o reino estava agitado e não era para menos. A área hospitalar estava abarrotada, cuidando de algumas pessoas com queimaduras leves, outras mais graves. Os soldados estavam a correr de um lado para o outro, sua majestade estava em reunião com alguns nobres e barões em seu bureau, e Neji estava a delegar as funções para os soldados, os membros da akatsuke estava atrás de qual reino tinha sido o causador da noite anterior, muitos soldados  abalados por terem perdido companheiros e amigos, mas todos trabalhando e dando seu máximo para honrarem o nome dos amigos. 

A perolada acordou em meio aquele caos, Kurenai havia lhe orientado a não sair do quarto, então agora seu confinamento estava sendo no quarto, como uma boa curiosa ela ativou sua linhagem e vir o primo lhe dar um sorriso debochado, como quem dizia: "Eu sei que você está a olhar aqui ao invés de cuidar de sua própria vida.". Com um sorriso envergonhado a perolada apenas desativou a linhagem que lhe permitia ver através das paredes. 

*****

- Eu queria ir ver a Hina-chan. - A yamanaka resmungou para a amiga de cabelos peculiares, enquanto terminavam de atender os pacientes.

- É, de fato estou com saudade, mas temos que termminar aqui e ver se o Neji nnão vai nos colocar para ajudar em outras tarefas. Caso dermos sorte podemos ir ver ela. 

- A Ko deve estar querendo arrancar os olhos de Neji. - A loira deu um risinho. 

- Se ele tivesse me feito sair do reino eu também tentaria os arrancar. 

As amigas deram um risinho e se separaram indo ajudar Tsinade e Shizune com os últimos pacientes, e sabendo a situação em que tudo se encontrava as duas tinham certeza que ao terminar iria ajudar nas colheitas e estoques que o reino estava a fazer. Provavelmente acabariam por levar tudo para os abrigos em que todos os cidadões se encontravam, como medida de segurança todos tinham uma passagem que os levariam para o castelo e ali, todos esperavam estar protegidos, mesmo ninguém querendo que chegasse ao ponto de terem que usar aquilo, era sempre bom ter um plano reserva. 

Ainda mais porque agora, agora os jogos pela vida tinham se iniciado.

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Hey flores, tudo bem? Eu demorei, eu sei. Me perdoem. 

Espero que gostem desse capítulo e agora vamos voltar a programação de postagens semanais, com sorte creio que consigo atualizar duas vezes na semana. 

Beijinhos e até a próxima. 

A Flor Da MorteOnde histórias criam vida. Descubra agora