Capítulo 20 - Carina

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Carina narrando...

  O celular de Matteo toca. Ele nem liga.

Eu estou deitada na cama e Matteo está em cima de mim. Ele passou quase o dia todo mamando.

O celular continua a tocar.

– Matteo – chamo e ele abre os olhos – o celular – falo e me levanto

Ele levanta e fecha a cara.

Depois de ele falar com alguém que eu não prestei muita atenção ele se vira para mim.

– Você tem que se arrumar – ele fala e eu confirmo com a cabeça – Mas antes eu vou conversar com você.

Ele senta ao meu lado – eu já estou sentada e completamente vestida.

– Não tente fugir – ele fala rude – eu sempre vou te encontrar, não gaste seu tempo nem seu esforço.

Eu fico tensa.

– E se você fugir eu não vou ser bonzinho com você – ele fala e minha respiração falha – e eu não quero fazer nada com você.

Matteo fala e coloca a mão no meu rosto, eu me afasto por impulso pois estou com um pouco de medo.

– Eu não vou te fazer mal principessa – ele fala e eu apenas concordo balançando a cabeça – Lá vai ser como uma reunião, bem importante.

Eu me levanto e vou até a banheiro.

Alguns minutos depois...

Me arrumo e saio do banheiro.

Matteo está com um terno preto. Seus cabelos estão soltos.

É ele está bem bonito. Suspiro.

– Vamos? – ele me pergunta.

– Eu ainda não entendi o porquê que eu tenho que ir – falo e ele me coloca em sua frente, se inclina para ficar em cima de mim.

– Principessa, eu por que eu quero – fala rude e me beija.

Por alguns segundos eu fico parada sem corresponder, mas sinto uma mão apertando minha cintura em sinal de alerta.

Começo a corresponder ao seu beijo.

Ele beija bem.

Sua boca tem um gosto doce que eu não consigo decifrar muito bem.

Interrompo o beijo.

– Acho que está na hora da gente ir –falo e ele concorda.

– Você na frente – ele fala e eu passo em sua frente.

Ando ao lado de Matteo.

Entramos em um carro preto. Um homem de camisa preta está dirigindo e tem outro ao seu lado.

Matteo se senta ao meu lado e coloca a mão no meio da minha coxa – que está coberta pelo vestido.

OK.

O carro sai da casa, consigo observar vários homens com armas diferentes espalhados, a casa aparentemente fica em um lugar sem nenhuma residência próxima.

No caminho observo a vista, quase não tem nenhuma casa.

30 minutos depois...

Chegamos em uma casa grande, toda branca, com uma grande área verde.

– Lembre-se do que te falei principessa – Matteo fala e sai do carro, em seguida me ajuda a sair também.

Estou um pouco apreensiva.

Andamos um pouco até chegar na entrada da casa.

Consigo perceber – mesmo a noite – que o fundo da casa dá para uma floresta.

Entramos na casa, tem vários – cerca de 10 – homens espalhados pela sala. Todos olham para Matteo e em seguida para mim. Alguns dos homens me olhando de cima a baixo, passando o olhar pelo meu corpo. Logo Matteo percebe os olhares ao meu corpo e o meu suspiro e coloca seu braço em torno da minha cintura de uma forma possesivamente.

Matteo dá um leve empurrada para que nós possamos andar juntos, e assim eu faço.

Sentamos em uma mesa com os homens.

– Matteo trazendo puta para a reunião – um homem de terno preto e cabelo branco fala, antes mesmo que eu possa responder Matteo começa a falar.

– Não fale dela assim se não quer perder o pau – ele fala e eu cruzo as pernas.

A reunião começa e eles falam sobre assuntos que eu não estou interessada ou não estou entendendo. Se passam alguns minutos e algumas mulheres entram com comidas na sala. Elas colocam a comida na mesa e saem.

Me viro para Matteo.

– Posso ir ao banheiro? – pergunto em seu ouvido e ele me olha pensativo – Eu realmente preciso ir ao banheiro.

E realmente minha bexiga está cheia.

– Eu não posso sair agora – ele fala.

– Eu posso muito bem ir ao banheiro sozinha – falo, mas percebo que ele não dá importância – mande uma das empregadas comigo então.

Depois de alguns segundos dele me analisando ele chama uma das empregadas.

– Leve ela ao banheiro – ele fala. Eu gesticulo um "obrigada".

A mulher nada me fala apenas espera que eu me levante e começa a andar.

Chego a um corredor cheio de portas.

Ela abre uma das portas e gesticula para que eu entre.

Eu entro e ela vai entrando comigo.

– Não precisa – eu falo e o mais rápido possível entro no banheiro batendo a porta em sua cara.

Faço a minha necessidade, enquanto estou sentada noto que tem um mini janela que dá para a floresta. Provavelmente nessa casa não mora ninguém, serve apenas para reuniões.

Eu tive que passar por vários lugares apetados no FBI, tudo bem que foi de calça, mas de vestido também deve dar.

Me estico e com um pouco de dificuldade – por conta do vestido.

Faço um grande esforço e consigo sair da janela apertada.

Eu ainda sou uma a gente do FBI.

Vejo que tem uma cerca, tenho que ser o mais rápido possível. Quebro os meus saltos para ser melhor para correr. Pulo a cerca com um pouco mais de dificuldade por causa do meu vestido.

Começo a correr o mais rápido possível, tentando ir para o lugar mais distante que eu posso.  

Eu não sou sua - Trilogia dos Gerevinni (Livro 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora