II. Runnin

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Ain't runnin' from myself no more
I'm ready to face it all
If I lose myself, I lose it all
- Runnin, Naughty Boy


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Segundo meu GPS, demoraria pouco mais de dois dias. Durante o caminho, vou pensando no que falar. Não posso simplesmente chegar e fala "oi tudo bem, meu pai disse que você poderia me ajudar". Preciso chegar com calma, explicar as coisas. Só preciso acostumar-me com o cheiro, muito tempo sem conviver com eles. 

Sei que vou precisar ficar por muito tempo com eles. Nesses anos eu só desenvolvi as minhas outras habilidades, sendo que uma delas eu nem sei se funciona, já que eu estava sozinha todo esse tempo.

Depois de muito dirigir, chego em meu destino. Como já havia reservado um hotel para ficar, vou direto para ele, deixando grande parte de minha bagagem no carro, uma vez que o hotel é minúsculo e pretendo alugar uma casa para ficar, caso ele aceite me ajudar. Assim que estou no quarto, vou direto tomar um banho demorado para poder relaxar. Coloco uma roupa quente para poder sair, por mais que não precise disso. Saio do hotel e vou na lanchonete que fica em frente do mesmo, afinal, uma parte de mim precisa comer comida. Como rapidamente e volto para o hotel, preciso dormir para acostumar com o fuso. Por mais tenha sido poucas horas de diferença.

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No dia seguinte, acordo por volta das 9 horas de manhã. Gostaria de ter dormido mais, mas estava muito ansiosa e nervosa pelo encontro com o amigo de meu pai. A cidade em que residem é bem nublada e pequena. Pelo que aprendi em minhas pesquisas, a cidade tem menos de quatro mil habitantes e é extremamente nublada e chuvosa. Perfeito para eles, penso. Escovo meus dentes e meus cabelos. Coloco uma calça jeans, uma blusa branca de gola alta e manga comprida, com um sobretudo marrom (tem que disfarçar o frio) e um cortuno preto. Entro em meu carro e vou em direção ao hospital local, afinal, ele trabalha lá. O que é levemente estranho, levando em conta a natureza deles.

Chego no hospital e estaciono meu carro do outro lado da rua. Respiro fundo, criando coragem para encarar essa nova fase, pego a carta de meu pai, colocando-a no bolso do agasalho e caminho até a recepção do hospital. Ao entrar me deparo com uma recepção super vazia, tendo apenas a recepcionista e eu no local. Ela deve ter cerca de 25 anos, ela lê uma revista de moda que não tive curiosidade de ver qual é. Ao notar minha presença, levanta o olhar levemente.

- No que posso ajudar? - Pergunta ela com um tom de voz entediado, não deve existir muitas emergências em uma cidade tão pequena.

- Gostaria de falar com o Doutor Carlisle Cullen, ele está?

- Está sim, vou chamá-lo. Qual o seu nome?

- Stephanie, Stephanie Dilshad. - Respondo. A recepcionista assente e vai atrás do médico. Nossa vai ser fácil assim, essas pessoas tem que ser um pouco mais curiosas, e se eu fosse uma assassina de aluguel e estivesse aqui para matá-lo? Fico alguns minutos na recepção esperando o Cullen chegar, o que não demora muito.

No final do corredor, avisto a mulher voltando, sendo seguida por um homem extremamente pálido. Ele devia ter quase 1,80 de altura, com uma aparecia de no máximo 30 anos, cabelos loiros penteados cuidadosamente para trás. Não podia negar, ele era bonito. Todos são, é o charme do predador. Olho para seu rosto e não posso deixar de notar seus olhos. São extremamente caramelo, mais claros que os meus até por que essa é 100% da formação deles. Ele usava um sapato social preto, calça chino também preta, uma camisa social azul com uma gravata também azul. Por cima da roupa estava com seu jaleco branco e um estetoscópio em volta do pescoço. Quanto mais perto ele chega, mais consigo sentir o cheiro doce que só eles tem. Preciso me controlar para não torcer o nariz, afinal, 150 anos sem conviver com vampiros é muito tempo.

The True Alpha // Jacob BlackOnde histórias criam vida. Descubra agora