IV. Say Something

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Quando disse que topava, todos se mostraram bem animados. Parece que não acontecia muita coisa de diferente em suas vidas tem tempos.

- Ótimo, agora você precisa pegar suas malas no hotel, para ficar com a gente. - Disse Carlisle. Por um momento, ele ficou pensativo. - Edward, porque não a acompanha? Ela não sabe o caminho de volta para Forks.

- Claro. - Disse Edward. Me despedi de todos com um aceno e fui em direção ao meu carro, com Edward ao meu encalço. Andamos em silêncio até meu carro. Percebo que os dois estão indo para o lado do motorista.

- Onde você pensa que vai? - Pergunto, colocando a mão na cintura. - Meu carro, eu dirijo. Pode ir dando a volta. - Indico o lado do passageiro. Ele bufa e entra a contragosto no carro. Do lado de fora, consigo ouvir Emmet gargalhar de dentro da casa. Vou ter que me acostumar a ser ouvido cem por cento do meu tempo. Entro no carro e começo a dirigir, sendo guiada por Edward.

- Então, o que houve com seus pais? - pergunta ele depois de termos fixado uma grande do caminho em silêncio. Respiro fundo, tomando coragem para contar algo que não penso tem 150 anos. - Não precisa contar se não quiser. Posso perguntar para Carlisle depois.

"Quando minha mãe me deu a ordem, ela rapidamente correu até minha casa e se denstranformou, fazendo com que eu ficasse sozinha a floresta por um longo tempo. É um pouco difícil saber o quanto eu fiquei ali, exatamente. Porém, senti um grande aperto em meu peito, como se meus pais estivessem mal. Com muito esforço, consegui me livrar da ordem dela e corri até minha casa com toda a velocidade. Quando estava chegando, meu pai me envia seus pensamentos. Ele diz para eu não me aproximar ou eles poderiam sentir meu cheiro ou me ouvir. Claro, eram os Volturi, conseguia ver, pelos olhos de meu pai. Nunca havia os visto, Bjorn apenas comentava sobre eles. Tentaram recrutá-lo diversas vezes por conta de seus dons. Ele conseguia ler e transmitir pensamentos. Para eles, seria muito útil.

Por meu pai, consegui ver minha mãe, ela estava imobilizada por um vampiro com um manto cinza escuro. Ela tentava de todas as formas se livrar dos braços do dele. Mas ele era muito mais forte que ela, alimentava-se de sangue humano, era possível perceber por conta de seus olhos vermelhos. Uma vampira baixinha, cabelos loiros e presos perfeitamente, estava falando algo com meus pais. Ela vestia um manto totalmente preto. Aparentemente, quanto mais escuro o manto, mais importante a pessoa era. Ela estava julgando meus pais, o relacionamento deles era proibido, sabíamos disso. Eles eram inimigos mortais, não deveriam se amar. Meu pai parou de me transmitir sons, no momento que ela disse a sentença.



Say something,

I'm giving up on you

I'm sorry that I couldn't get to you

Anywhere, I would've followed you

Say something, I'm giving up on you

- Say Something, Christina Aguilera

Fuja, saia daqui. Eles não podem te encontrar. Não se preocupe conosco. Você merece uma vida longa e bela, seja feliz. Não volte tão cedo, tivemos sorte de que Aro não veio com eles, se não, iriam caçar você no inferno. Vá, e não volte. Amamos você, nunca se esqueça disso. Com essas palavras, meu pai parou de transmitir seus pensamentos, me deixando no escuro, sem saber o que estava havendo. No momento que ouvir o grito da minha mãe, corri para a direção oposta e fiquei lá, escondida até anoitecer. Quando estava escuro o suficiente para nenhum humano estar na floresta, voltei para a minha casa.

Havia uma fogueira, perto da porta dos fundos, onde meus pais estavam antes de eu correr. Na no centro do fogo, vi de relance a mão esquerda de meu pai. Sua aliança começava a derreter pelo calor. Ele estava morto, isso era um fato. E pelo jeito, fazia tempo. O corpo de minha mãe, jazia próximo da fogueira. Acho que nunca chorei tanto na minha vida, eu apaguei a fogueira e os enterrei juntos, na entrada da floresta. Coloquei algumas roupas em minha mochila, peguei uma parte de nossas economias e sai de casa. Voltei 50 anos depois para pegar o dinheiro e depositar em um banco. Depois, voltei apenas no dia em que descobri a carta."

Quando percebi, meus olhos estavam cheios de lágrimas e minha voz embargada. Tenho que respirar fundo pra fazer com que elas não escorram. 150 anos se passaram e ainda dói como se fosse ontem. Edward coloca a mão em meu ombro, em uma tentativa de me reconfortar.

- Desculpe ter que fazer você relembrar isso. - Disse ele, enquanto tirava sua mão.

- Está tudo bem agora, já faz um tempo. E foi bom poder contar isso para alguém. Guardei para mim por um longo tempo. - dou um sorriso triste para ele. Ficamos mais uns minutos em silêncio.

- Sabe, aquela que Carlisle falou para eu ir com você, ele pensou que você poderia vir a ser minha parceira. - Disse ele rindo pelo nariz.

- Mal cheguei e já estão me empurrando para você. - Dei risada. - Não que você não seja bonito, não me leve a mal. Você é um gato. - Ele gargalhou. - Mas olha, o máximo que pode rolar entre a gente são uns beijinhos, não estou afim de me envolver tão cedo, obrigada.

- Por que? Alguma desilusão amorosa?

- Bem longe disso... Nunca cheguei a me apaixonar perdidamente por alguém. Acho que essa mistura toda de gene fez de mim uma pessoa incapaz de se apaixonar. - Dou de ombro enquanto rio pelo nariz. - Na sua casa você ficou todo calado e agora parece outra pessoa e desatou a falar, porque?

- Você é a primeira pessoa que eu vejo, em toda a minha existência, que consegue bloquear o meu dom. - Disse ele, olhando para a estrada. - Mantenha-se à direita, virando no próximo cruzamento. Bem, eu fiquei assustado no início. Agora, estou curioso. - Rio pelo nariz. Aproveito para desbloquear minha mente de vez, já estava ficando muito cansada de ficar barrando-o. Até que você não é ruim Ed. - Bom saber que gostou de mim também, prevejo o início de uma grande amizade. - Sinto seu olhar sob mim, retribuo rapidamente e pisco para ele, fazendo-o gargalhar. - Você ficar dando em cima de mim, vai ser engraçado.  - Paro quando pedir para parar, penso. - Relaxa, pode continuar. - Dessa vez, ele piscou para mim, fazendo com que eu gargalhasse. - Chegamos.

Saio do carro rapidamente e vou até a recepção, fazer o check out. Pego minhas malas, com a ajuda de Edward, para não dar na cara que não precisava de ajuda e colocamos a bagagem no carro. Entro no lado do motorista antes que ele me impedisse e logo dei partida no carro, dirigindo em direção a casa dos Cullen. Não gostava de admitir, mas eu sentia que gostaria muito dessa nova fase da minha vida. Quem sabe eu não fico com eles? Isso, eu só vou conseguir saber com o tempo.

The True Alpha // Jacob BlackOnde histórias criam vida. Descubra agora