The True Alpha // Jacob Black

XV. Hot N Cold

Chego em casa e rapidamente vou tomar um banho frio. Fazia muito tempo que meu corpo não ficava tão quente dessa maneira, uma vez que fazia muito tempo desde que eu não me transformo e hoje foi o mais próximo disso que eu fiquei. Esse imprinting ainda vai me deixar louca. 

Depois de tomar meu banho e me vestir confortável para ficar o resto dia em casa, já que estava uma tempestade lá fora e eu não iria conseguir sair tão cedo, fico de bobeira assistindo televisão e lendo um pouco. Quando começo a ficar entediada, meu celular toca, o que acho estranho, uma vez que me comunico com os Cullen e até mesmo com os meninos do bando por meio de SMS. O número é desconhecido, mas atendo mesmo assim. 

-Steph? - Ouço a voz do outro lado da linha, reconheceria em qualquer lugar.

-Fala Ed, finalmente deu o ar da graça?

-Para vai, você sabe que eu precisava de um tempo longe de tudo. - Suspiro, ô se entendo.

-Eu sei, mas isso não quer dizer que a gente não sinta sua falta. 

-E eu a de vocês, por isso que resolvi passar um tempo com os Delani. Mas quando eu cheguei aqui eu descubro que a caçula foi embora. - Dou uma gargalhada.

-Caçula? Eu? Sou mais velha que você garoto. Se manca.

-Você entendeu - Ele responde rindo. - Então, quer dizer que voltou para Forks?

-Não, eu acabei ficando em Seatle mesmo. Já nos conheciam em Forks. Consegui até frequentar La Push. - Engatamos numa conversa por vários minutos enquanto eu contava sobre a reserva e os meninos. Sei que ele não gosta de falar dos lobos, mas como o bom ouvinte que é, deixa com que eu falei tudo até mesmo de Jake. - Ah, tem outra coisa. Um dos anciões sabe que eu sou transmorfa.

-Que? Como assim? Você contou assim de bandeja?

-Não. Eu fiz de tudo para me manter na encolha. Mas aparentemente havia uma história que apenas o mais velho dos Black sabia. E passava sempre de pai para filho. Billy Black me chamou para a casa dele, achei que fosse para reportar algo. Como ele é meio que responsável pela minha passagem pela reserva, me reporto para ele. Então, num dia ele contou dessa lenda e só despejou na minha cara que sabia que eu era filha dela. 

-Eu sempre achei ele muito inteligente. Pode mais sejamos inimigos praticamente naturais, já que, por mais que não se transforme, tem sangue quileute. Então só ele sabe? 

-Sim, disse que manteria segredo. Concordou que tem muita coisa acontecendo ao mesmo tempo para ter que lidar comigo. - Ele resmunga e fica quieto. Sei que ele está receoso em perguntar. - Ela está bem Ed, estamos de olho nela, afinal, ela é um imã de risco de morte eminente.

-Entendi. - Ele responde rápido, mudando de assunto. - E como você está? Soube que você teve um apagão enquanto estava aqui. 

-Estou melhor. Voltar para cá me fez bem. Mas toda essa história de imprinting está me deixando muito instável. 

-Como assim?

-Bem, eu estou sem caçar, o que para mim não é nenhum esforço. Pelo menos não seria se eu não tivesse que reprimir um imprinting. Estou com medo Ed, não sei quanto tempo consigo aguentar e estou com medo de fazer besteira de novo.

-Eu sinceramente não sei porque você insiste em reprimir isso.

-Não é questão de querer. Mas de dar escolha para as pessoas. Você mais do que ninguém sabe o que é isso. 

-Mas eu não preciso ir contra a minha natureza. Isso não me deixa mais fraco e a ponto de fazer besteira. 

-Eu sei Ed, eu vou ficar bem tá? Agora aproveita e volta pro pessoal, mata a saudade deles. - Ele se despede de mim e desliga.