Cap 7

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- Mãe! — Alessandro disse assim que a viu passar pela porta. Alex estava assistindo a um jogo de basquete com os dois filhos pela TV.

- Oi, meu amor, você não deveria está na cama? É tarde. E você, Davi? Amanhã ainda tem prova, não?

Davi meio que reclamou mas era sempre muito obediente a sua mãe. Lhe deixou um beijo na sua testa e subiu.

- Anda, acompanha seu irmão e vá dormir também, mocinho. Estudou quando chegou?

- Eu juro.

- Nada de juramentos. Onde anda a Nicole?

- Acho que estudando.

- Certo, daqui a pouco passo e deixo um beijo em vocês. — ela brincou e Alessandro riu enquanto despedia dos pais.

Agora somente os dois, Maísa respirou fundo indo até a cozinha beber um copo de leite gelado.

- O que anda acontecendo com você?

- Alex, eu não vou discutir essa noite, eu estou exausta disso e só Deus sabe quanto. Por favor, preciso respirar, se for necessário, passarei algumas noites dormindo no quarto de hóspedes. Talvez faça bem a nós dois. — Maísa de fato surpreendeu ao marido.

- Nós não precisamos passar por isso outra vez, fizemos isso quando quase nos divorciamos há três anos atrás. Você sabe como ficaram nossos filhos.

- Não ponha nossos filhos nisso. — ela falava com muita calma na sua voz. — Eu preciso disso e talvez você também. — Alex pareceu respirar resignado.

- Eu durmo no quarto de hóspedes, aquele quarto é seu.

Ela somente agradeceu com um gesto de afirmação com a cabeça e subiu, parecia de fato exausta, odiava discussões, evitava até mesmo com os filhos.

- Ainda acordada, Nic?

- Oi, mãe. Demorou hoje. — a filha largou o notebook para vê-la.

- Estive com uma amiga. Não acha melhor dormir? É tarde.
— a adolescente sorriu fraco.

- Tá, eu já vou. - Maísa deu um beijo na testa da filha e saiu. Em seguida indo ao quarto de Davi, ele já dormia mas, como quase sempre, o notebook estava ligado.

Maísa desligou, sorriu olhando o filho descansar e saiu, agora a caminho do quarto de Alessandro. Ele estava deitado olhando para o teto. Maísa sentou ao seu lado, quase deitada.

- No que tanto pensa meu pequeno filósofo?

- Em nada, só olhava para o teto.

- Filho.

- Hm?

- Me diz uma confissão sua?

- Hm... - eles ainda olhavam para o teto, vez ou outra brincavam de coisas assim, esse tipo de conversa era comum entre eles. — Eu não quero namorar.

Maísa olhou para ele. Ia questionar mas lembrou de onde veio essa confissão. Na manhã durante o café quando Alessandro falou que faria dupla de trabalho com uma amiga, Alex o provocou várias vezes.

- Sua vez. — Alessandro disse olhando para cima.

- Eu... acho que comecei aulas de dança.

- Ham?! - ele sentou olhando para a mãe. - Dança?

- Shhh! Silêncio! Não é para que grite, lembra da nossa regra?

- Por isso chegou tão tarde!

- Uhum. Acha isso ruim?

- Claro que não! A senhora não faz outra coisa a não ser isso de ser mãe e trabalhar, que chato. — Maísa gargalhou abraçando o filho. — Mamãe, a senhora precisa parar de me apertar desse jeito.

O quinto amorOnde histórias criam vida. Descubra agora