Cap 21

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Giulia.

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- Desculpa. — Tentei encontrar minha própria voz, ainda estava sem acreditar que estava vendo seu rosto que não fosse pela tela do meu celular. — Boa noite.

- Boa noite. — a moça mais jovem respondeu de uma forma simpática mas um pouco assustada também. Nesse instante vi Maísa levantar.

- Quanto tempo. — Eu disse mesmo sem ter certeza de se era isso que deveria falar.

- De fato... — Foi o que ela disse.

- É... Maísa, eu já vou. — A moça agora parecia um pouco sem graça e quase apressada.

- Não, espere, eu vou voltar com você.

- Maísa, espera um pouco, não vai ainda. — Pedi com a voz mais trêmula que minhas mãos. Vi a dúvida pairar em sua cabeça enquanto me olhava, talvez não tivesse intimidade o suficiente com a menina para responder como ela queria na sua frente.

- Está tudo bem, eu moro aqui pertinho, não esqueça. — ela sorriu falando e Maísa a abraçou muito rapidamente. — Obrigada de novo.

- Boa noite, querida, até segunda.

- Boa noite. — ela agora falava para nós duas e eu também respondi.

- Por favor, podemos falar enquanto caminhamos? Estou congelando.

- Claro, podemos ir a caminho do seu carro se preferir. — Sugeri.

- Você... você está sozinha?
— quase sorri fraco diante da sua pergunta meio sem jeito.

- Estou. Estava em uma reunião de trabalho aqui pertinho em um restaurante, uma proposta de  ensaiar uma escola aqui perto.

- Aqui perto?

- Canadá. — Maísa me olhou, estava surpresa, senti como queria me perguntar mais coisas mas não se atreveu. — Não aceitei.

- Hm... — já chegávamos em seu carro. — Entra.

- Estive tão preocupada com você todos esses dias, você sumiu. Está aqui na minha frente e mesmo assim sinto meu peito quebrado pela falta que fez pra mim. — Minha voz era embargada e notei o quanto Maisa segurava as próprias emoções. Ela ligou o ar um pouco quente no carro.

- Por que mentiu tanto para mim? Por que fez isso? Por que me fez saber de você da pior forma possível?

- Como?!

- Da empresa dos seus pais, da obra. Falei coisas a você que não estava falando para mais ninguém, Giulia. — pude notar a magoa na sua voz e no meu peito o coração estava mais acelerado que nunca.

- Maísa... não, não é assim como você está falando! Me deixa te dizer as coisas.

- Honestamente eu já não sei se...

- Por favor, Maísa! — quase supliquei. Ela pareceu resignada, respirou fundo, olhou através da janela e logo para mim.

- Estava gostando do meu marido?

- Seu marido?! — ela coçou a garganta.

- O Alex.

- Meu Deus, não! Eu nunca gostei do seu ex marido. — mesmo sem pensar, acabei deixando meu incômodo ser notável quando enfatizei o "ex". — Quem falou isso?

- Isso não importa, Giulia.

- Meu pai me pediu para que me aproximasse de Alex, ele desconfiava que ele o havia roubado a obra de forma ilícita, achou que um acordo pequeno entre eles faria com que eu me aproximasse sem desconfianças maiores. — falei assistindo a clara surpresa decepcionante nos lindos olhos da Maísa.

O quinto amorOnde histórias criam vida. Descubra agora