Cap 17

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"Sinto tua falta, foi a noite inteira sonhando contigo. Quase não consegui dançar ontem." — Maísa ouviu aquilo totalmente encantanda.

"Também sonhei com você, meu bem. Preciso ver você."

"Pode ser no final da tarde?"

"Pode sim. Hoje quero que vá jantar lá em casa."

"Como? Certeza disso, Maísa?"

"Absoluta." — Giulia ficou alguns segundos em silêncio.

"Tudo bem, eu vou. Me manda um beijo pra que eu consiga sobreviver ao resto do meu dia?" — Maísa riu.

"Um beijo em um canto da sua boca, depois no outro e um último beijo nos seus lábios." — a voz saiu extremamente sexy.

"Esteja ciente que vou cobrar. Um beijo, minha querida."

"Um beijo."

Maísa estava no carro enquanto falava, foi direto para o escritório, sentiu que de alguma forma aquela chamada lhe deu forças para aquele dia.

- Ele já chegou? — Benita fez um sim silencioso e Maísa entrou.
— Bom dia.

- Estava aqui lembrando de como no início dividiámos essa sala, lembra? — ela olhou para toda a extensão do lugar.

- Lembro sim, mas a divergência de decoração e funções levou você a pedir uma outra. — soou quase nostálgica. — Senta, Alex.

A porta bateu, era Benita com algumas pastas, ela saiu em seguida com a ordem de não passar nem mesmo uma ligação. Maísa prendeu ainda mais seus cabelos, tirou um blazer que vestia e voltou a sentar.

- Pensou no que te disse ontem?

- Sobre o quê? Oh... falava do nosso divórcio? Eu não vou mudar de ideia. — ela respirou fundo.

- Está com alguém?

- Alex, eu não vou falar disso com você.

- Então existe alguém.

- Não chamei você aqui para isso, não fiquei perguntando coisas do tipo depois que separamos, fiquei? — ele ficou em silêncio. — Chamei você aqui por outra razão.

- Estou ouvindo.

- O que vai fazer com sua parte no escritório?

- Como assim o que vou fazer? Não pretendo fazer nada.

- Você tem quarenta por cento mas sempre dividimos tudo, todas as responsabilidades e isso nunca ficou em dúvida.

- Onde está querendo chegar?

- Quero que me venda sua parte legalmente. — Alex a olhou sério, levantou andando de um lado ao outro.

- Eu não vou vender nada! — Maísa sentia como seu coração batia acelerado mas ninguém desconfiaria, ela estava firme. — Quem pensa que é, Maísa?! Construímos isso juntos!

- Não tão juntos, caso contrário isso aqui teria entrado com metade para cada um, não? Você nem queria isso.

- Mesmo assim entramos nisso.

- Você só passou a gostar desse escritório quando comecei a ganhar com ele, foi quando largou seu antigo trabalho para ficar aqui.

- Não importa, Maísa, isso aqui também é meu.

- Eu sei, Alex, justamente por isso que quero comprar de forma justa. — Alex ainda olhava para Maísa enquanto ela seguia sentada.

- Eu não vou vender. — ele já ia saindo quando ela o parou.

O quinto amorOnde histórias criam vida. Descubra agora