Cap 26

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O caminho foi quase silencioso entre elas, não por algum motivo, mas ambas sentiram que poderiam ter desse conforto sem tantos questionamentos.

- Pensa que talvez achemos algo aberto a essa hora? — Giulia diminuía a velocidade da moto perto de um estacionamento.

- Mais ali na frente. — Maísa apontou e Giulia foi devagar até o lugar.

Elas desceram e logo entraram no supermercado um tanto que vazio.

- O que vai comprar?

- Morango. — Maísa olhou estranha para Giulia, essa que ria da sua expressão. — Brincadeira, quero comprar algo para jantarmos.

- Hm... vamos até ali.

Elas compraram tudo para um peixe que Maísa queria preparar. Já perto de saírem Maísa encontrou uma amiga da mesma área de trabalho que a sua mas que há muito não lhe via.

- Parece um século! Achei que fosse te ver naquele congresso mas você não apareceu.

- Não pude, estava com alguns problemas que resolver no escritório. E o Marciel? Como está? — Não que quisesse saber, Maísa só foi educada.

- Ah, estamos lá daquele jeito. E o Alex? Os meninos?

- Nos separamos mas os meninos estão bem. — como já esperava a mulher não escondeu a surpresa.

- Nossa! Mas vocês eram tão bem juntos! Não me diz que ele te traiu!

- Não. — Maísa sorriu. — São aquelas coisas da vida mas estamos bem. Querida, preciso ir, estão me esperando.

- A famosa Maísa Biancco em uma moto? Mas isso é digno de uma matéria de revista.

Maísa já não respondeu, sorriu no caminho a Giulia que a esperava com as sacolas nas mãos.

- Se quiser podemos esperar que sua amiga entre.

- Nem pensar. Vamos? — Maísa colocou o capacete e as duas subiram.

Já não estavam tão longe de casa.

- E se eu me mudasse de casa?

- Morar comigo? — Maísa riu.

- Não seja boba, falava de mudar para uma casa mais afastada.
— Giulia abriu espaço para ambas entrarem no apartamento.

- Quando vai falar com seu pai?

- Por que isso agora?

- São seus pais. Eles erram mas te amam. Tenho quase certeza que a essa altura seu pai deve de tá bastante arrependido de tudo.

- Talvez. — as duas estavam na cozinha tirando tudo da sacola.

- E se você mudar para um lugar mais afastado, vamos continuar nos vendo.

- Promete?

- Prometo. E pare de achar que vou esconder você na minha vida, mesmo que a gente passe por esse processo um pouco mais devagar.

- Tudo bem, senhorita.

- Vou preparar esse peixe e você nunca mais vai esquecer.

- Não tenho dúvida.

Mesmo que só como auxiliar, Giulia não se distanciou em ajudar Maísa, juntas fizeram o jantar, ouviram um pouco de música e não demoraram para logo estarem deitadas na cama. Era estranho ver a Maísa tão tranquila e a vontade em uma casa que não era sua.

- Tua posição me assusta um pouco.

- Assusta?

- Sim, não sei explicar direito mas assusta.

O quinto amorOnde histórias criam vida. Descubra agora