Vamos nos permitir

Endless Love

POV. Phoebe

Meu namorado, sim, MEU NAMORADO, era o garoto mais perfeito do mundo. Ele planejou essa viajem, nossa primeira vez, o pedido de namoro, tudo nos mínimos detalhes, e agora eu estava aqui, acabando de despertar em seus braços.

Dormir com Max agarrado a mim era uma das melhores sensações que eu já tive na vida e saber que aconteça o que acontecesse ele sempre estaria ao meu lado era gratificante, reconfortante e me deixava cada vez mais apaixonada.

Eu fiquei sem palavras com sua confissão sobre o que fazíamos sob uma possível gravidez. Em que lugar do planeta Terra um adolescente diria tão espontaneamente e rapidamente tudo o que meu irmão disse? Max não pensou duas vezes em afirmar que aquele bebezinho seria amado por nós dois e que não permitiria que nada de mal nos atingisse. Eu não estava grávida, mas ali naquele momento, sob uma possível bomba caindo sobre nossas cabeças, eu tive a absoluta certeza de que tinha escolhido o cara certo para ser meu namorado.

- Bom dia, meu amor, já faz tempo que você está acordada? – Meu irmão me perguntou me abraçando ainda mais e depositando um beijo na minha cabeça.

- Já faz um tempinho, mas eu fiquei quietinha aqui para não te despertar – Falei enquanto levantava meu rosto para que nossos lábios se encontrassem – Eu tentei me levantar, mas seu abraço de urso não me deixou.

- Você devia ter me acordado – Ele falou sorrindo.

- De jeito nenhum, você fica lindo dormindo, parece ainda mais um ursinho – Apertei sua bochecha.

- Esse ursinho aqui está louco para tomar um belo de um banho na companhia da gata mais gostosa do mundo – Max trocou nossas posições, me fazendo ficar embaixo dele e começou a beijar meu pescoço – Hoje é o nosso último dia aqui, meu amor, e eu quero aproveitá-lo o máximo com você.

Nossa viagem estava acabando, hoje era nosso último dia no cruzeiro e como meu irmão disse, deveríamos aproveitar muito juntos, ainda mais agora que mamãe resolveu dar uma trégua na constante supervisão que estava fazendo em nós dois.

Max e eu percebemos que ao contrário do que qualquer mãe sentiria, dona Bárbara ultimamente ficava muito feliz quando nos via brigar, então arquitetamos nosso plano e sempre que ela ou qualquer um outro de nossa família estivesse por perto, nós começávamos a discutir e trocar palavras ofensivas ao ponto de papai ter que entrar no meio de nós dois para que não brigássemos fisicamente.

Como meu irmão disse na praia, aquilo só fazia nosso tesão aumentar ainda mais e assim que tudo era resolvido e que podíamos ficar a sós, nossa paixão florescia na cama, no chuveiro, no sofá e até mesmo no chão da cabine. Max era insaciável e eu estava adorando aquilo. O garoto sabia exatamente como me provocar, me instigar, como me deixar completamente maluca por ele, louca por poder sentir seu corpo quente e nu sobre o meu.

Como eu disse, mamãe estava muito mais tranquila agora, então nada nos impedia de dormir abraçadinhos, de tomarmos banho juntinhos, de passear de mãos dadas pelos pontos turísticos em que o navio parava quando nossa família não estava conosco, onde Max fazia questão de andarmos de mãos dadas e de exibir nossas alianças para quem quisesse, ou não, ver, principalmente para os rapazes, mas claro, sempre atentos a qualquer sinal de nosso celular ou percepção de que dona Barb estivesse desconfiando de algo.

- Você é perfeita, sabia? – Max olhava meu corpo enquanto tomávamos banho.

- Você me faz corar assim – Falei visivelmente vermelha.

- Meu amor, eu já te disse que você não precisa ficar assim toda vez que eu te faço um elogio – Ele agora se aproximava de mim e alisava meu rosto – Principalmente porque eu vou te elogiar cada vez mais e mais por todos os dias da minha vida. Ou você se acostuma, ou vai acabar virando um pimentão – Ele sorriu e eu não fiquei atrás.