Perdidamente Apaixonado

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Pov. Phoebe

Após deixarmos os livros na biblioteca, Cherry se despediu de Max e eu afirmando que precisava ir embora, hoje era dia de faxina na casa dos Seinfeld.

- Bem, acho que agora somos só nós dois! – Refletiu meu irmão, enquanto víamos minha amiga caminhar para longe da pracinha onde estávamos agora.

- Obrigada – Falei simplesmente, ficando de frente para ele.

- Por ter convencido Cherry que ela precisava ajudar a mãe na faxina ao invés de ficar aqui falando baboseiras? – Max brincou.

- Você sabe que não é isso – Neguei enquanto media as palavras que iriam sair de minha boca a seguir – Obrigada por ter escolhido me ajudar ao invés de ir para a casa da Allison. Confesso que jamais imaginei que algum dia isso aconteceria – Abaixei minha cabeça um pouco constrangida – Me desculpa por ter estragado seu encontro com ela.

- Hei – Max se aproximou, colocando sua mão no meu queixo, levantando meu rosto – Você não estragou nada. Mesmo que eu não tivesse vindo aqui te ajudar, eu não iria sair com Allison – Fiz uma cara de descrença para ele – É sério, garota nenhuma merece minha atenção depois de ter a ousadia de ofender minha irmã gêmea – Ele falava enquanto sorria para mim, e o sorriso dele estava tão lindo hoje.

- E eu posso saber do que a sua namorada teve a petulância de me chamar? – Perguntei, já imaginando as piores palavras.

- Na verdade não foi o que ela disse, mais sim a forma como falou. Havia raiva na sua voz e ao mesmo tempo desmerecimento, como se você fosse alguém muito inferior a ela. Se ela soubesse... –Max iria terminar sua frase, mas por algum motivo se conteve.

- Se ela soubesse o que? – Perguntei curiosa – Você iria dizer que se ela soubesse que eu sou uma super-heroína não agiria assim? –Tentei concluir.

- Eu nem pensei nos seus superpoderes. Eu iria falar que se ela soubesse como você é maravilhosa, inteligente, esperta, amorosa, dedicada e paciente, ela não diria todas as besteiras que disse. Você é a garota mais incrível que eu conheço Phoebe. A melhor garota do mundo e principalmente do meu mundo.

Max estava muito perto agora, ele havia entrelaçado nossas mãos sem eu nem mesmo perceber e agora sua face estava muito próxima da minha. Pude sentir o cheiro de menta que saia de sua boca, e por um milésimo de segundo, eu quis provar dali. Minha mente gritava para que eu saísse o mais rápido possível de seu enlaço, mas meu coração num simples sussurro, não permitia. Mesmo sem entender nada do que se passava, eu tive a certeza de que se Max tentasse me beijar, eu não iria fugir, eu não teria forças para negar, eu não seria forte o suficiente para não corresponder a um beijo de meu irmão.

Quando nossas bocas estavam a milímetros uma da outra, e eu já estava esperando o inevitável acontecer, Max desvia o beijo para minha bochecha, e ali permanece imóvel. Meu coração batia num ritmo frenético, e o dele não estava diferente. Eu não sabia como iria sair daquela situação.

- O que nós vamos fazer agora? – Max perguntou, aproximando seus lábios no meu ouvido.

Ele perguntava isso para mim? Sinceramente, a única coisa que eu queria fazer agora era sair correndo dali, me trancar no meu quarto, e só sair de lá quando minha cabeça voltasse a comandar meus sentimentos, dando um belo chute no traseiro do coração.

Tive minhas dúvidas sobre o que estava acontecendo ali, mas seja o que for, eu precisava ser forte, me mostrar indiferente e fingir que nada aconteceu. Afastando rapidamente meu rosto do seu e retirando minhas mãos da sua, disse, tentando aparentar confiança:

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