Epílogo.

448 50 194
                                    

No tempo certo, e no momento certo, as coisas vão se acertar. E o final feliz vai ser apenas o início de tudo. 

❁❁❁

A véspera de Ano Novo chegou bem rápido.

Após a final da Copa do Mundo há duas semanas (e muito tempo do Brasil em festa), também havia a comemoração do fim de ano.

Eu e meus amigos decidimos passar esse feriado na nossa antiga cidade. Chegamos na quinta porque estávamos de férias na faculdade e ficamos um bom tempo apenas aproveitando a companhia das nossas famílias.

No Natal, acabou que decidimos ficar lá na nossa cidade com os amigos. Mas agora, no Ano Novo, seria bacana também ter a companhia de uma boa e velha amiga (que eu particularmente comecei a gostar bem mais): a praia.

Foi divertido nos juntarmos na casa da minha mãe para fazermos as comidas para quando voltássemos da queima de fogos. 

Minha mãe e Yasmin estavam finalmente muito felizes em poder chamar Davi de genro. As duas riram tanto quando contei toda a história. Na hora de viver não foi assim tão engraçado, mas agora podendo chamar Espanha de namorado até que tudo fornecia boas risadas mesmo.

Sophie me contou que estava passando o fim do ano na casa dos pais em São Paulo. Arthur foi com ela, pois os dois também estavam em um relacionamento. Davi disse que o vocalista nem parecia o mesmo de sempre quando teve que ser apresentado à família da garota. Também não conseguia imaginar ele estando nervoso com algo. Mas quem diria, não é?

O restante de sua banda já tinha me convidado para tocar com eles de novo qualquer dia. Eu até decidi finalmente doar minha antiga bateria para quem quisesse usar mais, já que podia pegar emprestado a do Daniel no estúdio deles onde tinha espaço para isso. Até porque no meu apartamento eu seria expulsa em três dias por perturbação do sossego.

Me arrumei junto da Laurinha e Cláudio no apartamento dos pais da loira. Eles realmente pareciam bem mais legais com o tempo ou talvez fosse simplesmente a pouca convivência. É verdade que a distância melhora as relações familiares.

Me sentei na cama de Laurinha e fiquei vendo ela e Cláudio implicando um com o outro e tive que rir da cena. A loira me olhou de relance e viu que eu estava apenas de chinelo, como todo mundo comum que decidia ir para a praia no Ano Novo.

— Sem meia dessa vez? — questionou enquanto foi terminar de passar rímel.

— Não. — neguei com a cabeça e sorri de canto. — Não preciso de uma meia pra me lembrar de quem eu sou.

Dei de ombros e, após muito tempo, lembrei do meu pai. A última vez que tinha falado sobre ele foi com Davi no sítio do pai do Cláudio, anos atrás. Ainda assim, eu lembrava de dizer que usava meias para nunca esquecer de quem eu era e de, principalmente, como não queria terminar.

Besteira. As meias não tinham mais esse poder sobre mim. Eu continuaria usando porque gosto, mas na praia também já era um pouquinho demais.

Fomos andando na direção do mar quando já estava perto da meia noite. Combinamos de nos encontrarmos todos lá e, como sempre, chegamos a conclusão de que era mesmo uma péssima ideia. Tinha gente saindo pelos bueiros e inventávamos uma coisa dessas.

Por sorte, minha mãe atendeu o telefone e conseguimos achar o quiosque em que ela, Vivi, Yasmin e Davi estavam nos esperando, já que buscamos a Nayla no caminho.

Parecia um encontro de casais e, pela primeira vez, eu não estava sobrando. Assim também não teria ninguém para tirar nossas fotos a meia noite, como sempre brincávamos que era a missão do solteiro do grupo.

Lições Que Aprendi Me Apaixonando Por Você Onde histórias criam vida. Descubra agora