Lição N° 5.

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Não deixe suas inseguranças te dominarem para não ter medo de ser quem é.

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A noite de sábado não parecia ter como estar mais animada. Isso, claro, para meus amigos.

Ao meu lado, Laura caminhava quase saltitando enquanto Cláudio encarava de forma distraída o local à nossa frente. Os dois sempre eram os mais divertidos e esse tipo de comportamento era apenas o normal. Eles ficavam felizes muito rápido só pelo fato de estarem fora de casa.

O clima quente característico da época do ano me deixaria com ainda mais calor se não fosse pelo vento fresco que balançava nossos cabelos. Meus olhos focaram no letreiro de cor roxa em neon e consegui ler a palavra Karaokê.

O ambiente ao nosso redor parecia sempre muito convidativo e talvez fosse exatamente por isso que muitos estudantes se reuniam no local aos fins de semana. Era uma boa desculpa para encontrar nossos colegas com a desculpa que iria ouvir os outros cantarem.

O cenário composto por mesas redondas espalhadas aparentava bastante calmaria pela música ambiente. Um bar estava acoplado ao lado de um palco baixo que ficava bem no centro do local. Uma pequena escada levava até onde as pessoas poderiam escolher uma música qualquer para cantar no microfone no meio do palco.

Apesar de estar justamente em um karaokê, eu me recusava a cantar em público. Atuar até que tudo bem, mas colocar minha voz para funcionar em um microfone? Sem chances.

Laura foi a primeira a avistar alguns colegas da escola. A loira logo se direcionou até a mesa para conseguir cumprimentar a todos. Ela e Cláudio eram sempre tão extrovertidos que me faziam passar por situações daquelas frequentemente em que eu apenas acenava e sorria, já que se dependesse somente de mim estaríamos sentados.

Na mesa atrás de nossos colegas de turma estava Marcus e seus amigos. Foi inevitável não encarar o dono de olhos verdes e cabelos escuros lisos que sorriu ao me ver, me contagiando com seu sorriso. O garoto do vômito não tardou a se levantar da mesa e vir caminhando em minha direção.

Ele estava usando uma camiseta preta de uma banda de rock, assim como um jeans escuros e um all star vermelho de cano alto. Meu coração disparou inconsciente ao reparar em seu rosto.

Seus olhos se dirigiram para as meias roxas com estampas de sorvete que eu usava na noite. Tudo para combinar com a blusa de alça fina de mesma cor e uma saia jeans que decidi colocar.

— Ei, Lulu! — Davi pronunciou ao se aproximar de meu corpo e percebi suas covinhas aparecendo. Internamente, quis ter intimidade o suficiente para conseguir tocá-las, por mais estranho que fosse. — Não imaginei te encontrar aqui hoje.

— Pois é, vomitador. Fui arrastada pra cá pelos meus amigos de novo. — expliquei observando ao redor e visualizei a imagem de Nayla adentrando o local.

— Vai cantar hoje? — a voz do garoto do vômito me fez encarar seus olhos novamente. Uma risada baixa soou de meus lábios ao escutar sua pergunta completamente sem fundamento.

— Mas nem fudendo.

Espanha revirou os olhos em resposta, mas não pareceu que iria insistir. A maioria de nós nem ao menos tinha a coragem necessária para subir até o palco e cantar algo, já que quase ninguém cantava realmente bem. Infelizmente, meus talentos não passavam de atuar e tocar bateria por hobby.

Nayla sorriu amigavelmente ao me ver, mas nada superou quando seus olhos focaram em Laura. Minha melhor amiga estava realmente bonita naquela noite vestindo jeans e uma camiseta vermelha com batom da mesma cor. Sua pele clara contrastava com a coloração e parecia realçar ainda mais seus olhos escuros.

Lições Que Aprendi Me Apaixonando Por Você Onde histórias criam vida. Descubra agora