Não faça uma conversa normal parecer um interrogatório.
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O barulho da bola de vôlei sendo jogada com força no chão da quadra se fez presente mais uma vez.
Eu estava observando o jogo, que tinha acabado de terminar, desde que a aula de educação física se deu início. A verdade era que eu detestava qualquer tipo de esportes e, por conta disso, permanecia sempre sentada na arquibancada durante a maior parte das aulas. Ficar correndo atrás de uma bola, suando bastante por conta do calor, não parecia tão atrativo para mim.
Davi observava a partida de forma animada ao meu lado, já que seu olhar não se desgrudou da bola até que o apito soou, determinando o fim daquela rodada. A turma se dividiu em dois grupos e eu e o novato acabamos ficando para a reserva. Apesar de não gostar de jogar, ainda era obrigada caso quisesse conseguir nota suficiente para passar na matéria.
Nayla, que estava jogando até poucos minutos antes, se dirigiu até onde estávamos sentados no topo da arquibancada da quadra. A garota estava com seus cabelos lisos presos em um rabo de cavalo disposto bem no alto da cabeça. Sua camiseta aparentava manchas de suor devido ao esforço durante a partida e, por isso, tomou de uma só vez toda a água que estava presente em sua garrafinha.
— Jogo de merda. — foi a primeira coisa que ela pronunciou ao sentar uma fileira abaixo de nós e nos encarar com um olhar desleixado, já que perdeu para o outro time. — Vocês não vão jogar nada?
— Eu odeio educação física. — respondi sem expressar nenhum sentimento.
Ao meu lado, Davi soltou uma risada baixa. O garoto já estava com sua roupa adequada para a aula, mas como acabou ficando no banco ainda não estava suando como Nayla. Percebi o olhar do vomitador se tornar ainda mais contente quando avistou a bola de futebol ser chutada de forma grosseira por um dos meninos. O professor trocou o jogo de vôlei para uma partida rápida de futebol, o que apenas causou um alvoroço entre os alunos.
A maior parte das meninas resolveu apenas sentar na arquibancada para esperar o jogo chegar logo ao fim, com exceção de Nayla. Mesmo aparentando estar cansada, a garota ainda se prontificou a levantar e se dirigir até o grupo de alunos que já se montava para decidirem os times. Eu sabia que os meninos, especialmente o trio amigo de Victória, implicaria com o fato de Nayla querer participar. Porém, tinha em mente ainda mais nitidamente que a dona de cabelos lisos não deixava nada passar batido. Caso fosse preciso, ela brigaria para conseguir um lugar na quadra e eu admirava aquilo em sua personalidade mais do que qualquer outra coisa. Ela sabia bem que qualquer lugar podia ser seu.
Quando percebi que não seria naquele dia em que eu teria que ajudar uma garota a brigar, notei um dos alunos apontando para Davi, alegando que o queria no time. O garoto do vômito se levantou imediatamente para se dirigir até o campo, mas não sem antes pensar em ter uma oportunidade de fazer alguma piada.
— Te diria pra me desejar sorte, mas eu sei que você iria querer que eu caísse de cara no chão.
— Acertou em cheio, vomitador. — sorri e apenas recebi um olhar de desprezo em resposta pelo novo apelido. — Mas boa sorte. Vai precisar.
Davi revirou os olhos em brincadeira, mas me lançou um sorriso largo antes de entrar em quadra e se dirigir até a formação que foi montada. Identifiquei a figura de Nayla próxima ao garoto e constatei que os dois ficaram no mesmo time. Eu sabia que minha colega de turma era possivelmente uma das melhores jogadoras de todo o colégio, por isso não me preocupei sobre o fato de estar em uma quadra rodeada de garotos que podiam ser extremamente estúpidos quando o assunto era futebol e mulheres. Também tinha em mente que Nayla sabia brigar como ninguém e imaginei que nenhum louco estaria a fim de enfrentar seus punhos fortes naquela manhã.
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Lições Que Aprendi Me Apaixonando Por Você
RomanceLuany tinha 16 anos quando sentiu pela primeira vez a famosa sensação clichê que tanto assistia nas telas de cinemas. Contudo, após descobrir que o garoto que encontrou por acaso em uma festa seria seu novo colega de classe, ela se vê presa em um d...