Lição N° 12.

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Você não precisa se comparar com os outros em absolutamente nada. Só seja você mesma e faça o que puder para ser o mais feliz possível.

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O início de dezembro representa, em sua maior parte, uma época de grandes festas.

Com a proximidade do Natal, as férias e finalmente paz em tempo integral até fevereiro... tudo parecia completamente perfeito. Exceto, claro, para Cláudio.

Meu melhor amigo era praticamente obrigado a visitar o pai a cada início de mês, já que era justamente a data em que ele deveria ficar com a família paterna. Por conta dele detestar isso e ter que encarar sozinho um fim de semana inteiro com todo o mais variado tipo de estresse envolvendo discussões familiares, ele basicamente decidiu inovar esse mês, pedindo para o acompanharmos.

- Você, vai chamar o Davi. - Cláudio apontou para mim enquanto estávamos no apartamento de Laura em uma sexta à tarde. - Ele vai junto.

Encarei seu rosto de forma descontraída, como se realmente duvidasse de que ele falava sério. Deveríamos pegar o ônibus partindo para o sítio na manhã do dia seguinte, já que o pai de Cláudio, Jorge, morava um pouquinho longe, na região serrana do Rio de Janeiro.

Vivi já estava programada para seguir o rumo com a gente. Minha mãe, dessa vez, resolveu implicar com a situação de dormirmos as duas fora, mas Yasmin contribuiu bastante. Escutei as duas falando de que seria bom poder estrear não-sei-o-que e não-sei-onde enquanto estivessem sozinhas. Felizmente, tapei os ouvidos antes de escutar algo concreto.

- Você viaja, Cláudio. - comentei entre um sorriso e outro.

- Tô falando sério! Pode chamar a Nayla também, Laurinha.

Ao escutar a voz de Belício, os olhos de minha melhor amiga só faltaram brilhar de alegria. Isso porque ela vivia implicando de que a apaixonada do grupo era eu.

- Ah, eu queria tanto... - seus lábios se contorceram em um biquinho. - Mas ela vai sair com a mãe. Não vai colar, dessa vez.

- Beleza, então pega isso, Lu. - ele me entregou meu telefone e apontou para a janela do quarto da loira. - Ele tá no Marcus. Pede pra ele descer.

- Se manca, Cláudio. Vou chamar ninguém não. - coloquei o celular de volta na cama e permaneci deitada.

Meu amigo só faltou me jogar no chão para que eu me levantasse de uma vez. Seu olhar demonstrava que já estava prestes a tentar fazer realmente isso.

- Luany, não é hora de recusar convite. Vou falar que você quem fez questão dele, então. - cruzou os braços, arrancando uma risada de Laura pela infantilidade.

- Ai, já vi que vou ficar de vela por lá. - a loira soltou um suspiro, mas não pareceu nem um pouco abalada.

Franzi as sobrancelhas com seu comentário, mas não quis ficar para entender seus motivos. Levantei rapidamente com o telefone já em mãos apenas para evitar uma explicação desnecessária para Davi de que não era bem eu que o queria presente. Não que isso fosse ruim.

Mandei uma rápida mensagem para ele avisando que era para me encontrar em frente ao apartamento que estava. Ele visualizou na mesma hora e nem se deu ao trabalho de responder, pois já deveria estar a caminho.

Apesar de meio relutante, não era como se eu tivesse vergonha ou coisa parecida de chamar Espanha para sair. Talvez fosse mais medo do que ele pensaria da ideia de dormir em um sítio, sábado à noite, para ficar com a família do pai de um amigo e com mais 4 adolescentes.

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