Capítulo 14

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Entramos no apartamento e Debie estava jogada no sofá.

-E aí, família - ela falou ao nos ver.

-E aí Debie - falei.

-Tudo bem, cunhada? - Arthur brincou.

Ela riu e voltou sua atenção para a televisão.

-O que vocês querem? - Debie perguntou.

Bufei.

-Privacidade - falei.

Arthur ignorou meu comentário.

-Estava pensando em sairmos hoje - ele disse.

-Ah, acho que vou gostar de você, cunhadinho - ela falou, empolgada.

Eu e Arthur rimos juntos da reação de minha irmã e ela sorriu orgulhosa.

-Então vamos nos arrumar - Debie falou.

Arthur a encarou um pouco contrariado.

-Ainda são 18 horas - ele falou olhando o relógio. - Está meio cedo para chegar na balada.

Debie fez uma expressão exagerada.

-Sua amada noiva demora umas cinco horas para se arrumar, meu caro cunhado - ela disse. - Você tem que colocar ela no chuveiro uma da tarde para conseguir sair às vinte e duas horas em ponto.

-Não levo tanto tempo assim - falei.

-Realmente, quando você está atrasada você leva só umas quatro horas mesmo - ela brincou.

-Se o que está dizendo é verdade... Então tenho que jogar ela debaixo da água agora mesmo - ele riu.

Minha irmã concordou com cabeça e fez um positivo com as mãos.

-Até mais Debie - Arthur disse ao entrelaçar o dedo nos meus.

Aquilo tinha se tornado tão natural entre nós que eu já não me sentia estranha, na verdade eu gostava da sensação de poder sentir seu toque. Sua pele produzia formigamentos em minha mão e me passavam uma sensação de segurança. 

-Vamos nos arrumar então? - ele perguntou, sorridente. 

-Vão sair? - Emanuela perguntou. 

A encarei com uma reprovação no olhar.

-Sim, senhorita Emanuela - Arthur respondeu. 

-Perdão pela intromissão, senhor, não é correto me meter na vida de vocês - falou.

Meu noivo apenas assentiu.

-Vamos, meu bem? - ele me levou pelo corredor.

Ao chegar no quarto ele encostou a porta.

-Você pode se trocar no quarto, vou esperar no escritório - ele falou indicado uma porta que tinha ao lado da penteadeira.

O quarto além de imenso, contava com um banheiro, um closet e um escritório.

Eu sabia que tinham alguns apartamentos de luxo no meu prédio, mas aquele era extremamente espaçoso e com muitos cômodos. Ia além do que eu teria coragem de pagar por um lugar. 

Sempre me acostumei com lugares pequenos, afinal, eu e minha irmãs nunca fomos de bancar as patricinhas filhinhas de papai.

-Tudo bem - eu falei. 

Antes de passar pela porta que ligava o escritório ao quarto, Arthur parou no meio do caminho. 

-Posso te fazer uma pergunta? - vejo cautela em seus olhos. 

CASAMENTO DE FACHADA: HERDEIROSOnde histórias criam vida. Descubra agora