Chegamos ao almoço e notei que todos já nós aguardavam sentados a mesa.
-Ela aceitou? - perguntou Cristiane, mãe de Arthur.
Arthur balançou a cabeça positivamente, com um enorme sorriso no rosto.
-Aaaaaaah - gritou Devanir, contente. - Boa filhão.
Na mesa, além da família de Arthur e a minha família, haviam poucas pessoas diferentes, mas todos aplaudiram.
-Nem vinda a família, Liz - Cristiane disse vindo em minha direção e me dando um abraço. Em seguida sussurrou em meu ouvido: - Obrigada por fazer meu filho feliz.
Ela tinha um enorme sorriso no rosto e nem parecia a mulher que vi no outro almoço.
-Sei que fui muito dura, mas é que era contra essa história de fingir um casamento - ela me confidenciou. - Mas vi que você era uma boa garota e vítima de toda essa situação. Fora que meu filho é perdidamente apaixonado por você.
-Mãe - Arthur falou.
Nós duas rimos.
-Venham, se sentem - senhor Devanir nos chamou falou.
Nós acomodamos ao lado de um casal que não conhecíamos.
Senhor Devanir ficou em pé e limpou a garganta, no intuito de chamar a atenção de todos.
-Queria aproveitar a presença de todos para fazer uma pronunciamento - falou.
Todos o encararam, curioso.
-Nao vou fazer rodeios, então... - ele começou. - Estarei me aposentando e deixando meu cargo de CEO para meu filho, Arthur - ele se virou para o rapaz e sorriu. - Eu tenho muito orgulho do homem que se tornou.
Arthur estava sem reação ao meu lado e eu lhe dei uma leve cotovelada.
-Obrigada, meu pai - falou, finalmente.
Todos que estavam a mesa o parabenizaram. Eu estava contente em ver ele tão empolgado, afinal ele tinha trabalhado para conquistar aquilo.
Inevitavelmente olhei para meu pai. Ele tinha uma expressão triste em minha direção.
Seguimos o resto do almoço calmamente, mas Arthur não parava de sorrir.
Meu pai se levantou e sentou na cadeira vaga ao meu lado. Retirou de seu bolso um papel e o colocou na minha frente.
-Sei que não mereço o seu perdão, mas não me culpe por ainda querer tentar - ele sussurrou.
Encarei o envelope por um longo tempo, até decidir abrir.
Dentro havia vários papéis.
-O que é isso? - perguntei ao notar o conteúdo dos documentos.
-Passei boa parte das ações para o nome de vocês três - falou. - Você, atualmente, é a acionista majoritária da empresa.
Ele apontou alguns número nas folha.
-Nao estou tentando lhe comprar, só estou lhe dando o que é seu por direito - concluiu.
-Eu não vou voltar para empresa - falei.
Ele suspirou.
-Sim, eu sei - disse. - Mas estou muito orgulhoso do que conseguiu conquistar.
-Obrigada, pai - falei.
Ele sorriu e voltou para o seu lugar.
Arthur me olhava com ternura.
-Venha, quero te mostrar uma coisa - ele disse próximo ao meu ouvido.
Devolvi o envelope a meu pai e o segui.
Arthur me levou para dentro da mansão até um quarto enorme.
-Que lugar é esse? - perguntei.
-Meu quarto - falou.
Olhei envolta e sorri.
Arthur foi até uma gaveta e procurou algo. Em seguida, voltou com uma gravata azul marinho nas mãos e a passou pelo meu pescoço.
A peça estava parcialmente desbotada, mas ainda assim era linda.
-Que lindo - falei.
Ele passou a gravata pelo meu pescoço e fez um nó perfeito.
-Obrigada - falou de repente.
-Não fiz nada - falei.
Arthur sorriu e indicou a gravata.
-Você me deu motivos e me incentivou a ser alguém - falou. - Você me mostrou que eu poderia ser uma pessoa melhor. Você me deu coragem e esteve comigo todos esses anos.
Eu ainda não o entendi e me limitei apenas a sorrir e tentar conter o sangue em minhas bochechas.
-Essa grava você me deu no dia em que nos conhecemos - ele falou.
Como um estalo na memória, o dia inundou meus pensamentos.
-Você a guardou por todo esse tempo? - perguntei ao pegar o pano maravilhada.
Ele balançou a cabeça.
-Ela virou minha gravata da sorte - disse. - Sempre a uso quando me sinto encurralado, é como se você estivesse ao meu lado me encorajando.
Eu sorri.
Olhei atentamente para o tecido. Ele o havia guardado por tanto tempo.
-Comprei várias gravatas parecidas, mas nenhuma era como essa - disse com um sorriso bobo nos lábios.
Eu o beijei.
-Voxe é incrível - eu disse ao me afastar.
Arthur sorriu e me olhou com ternura.
-Posso te falar uma coisa? - perguntou.
Assenti.
-Eu quero estar com você, hoje e sempre - ele disse.
Abri um sorriso envergonhado.
-Ficaremos juntos, hoje e sempre - eu disse.
O encarei.
Não havia dúvidas que eu pertenciam inteiramente aquele homem.
-Minha Elizabeth.
VOCÊ ESTÁ LENDO
CASAMENTO DE FACHADA: HERDEIROS
Romance(NOVA CAPA); Créditos da capa para: @Baby-Blue-Galaxy Elizabeth Hamons e Arthur Morais são os herdeiros perfeitos. Ambos tem a mesma ambição: conquistar a aprovação de seus pais e serem os responsáveis pelas suas respectivas empresa. No entanto, s...