Eu estava zonza e só me lembro de chegar ao apartamento no colo de Arthur. As memórias de seus braços me colocando suavemente sobre a cama e de seu sorriso travesso surgindo, era tudo o que lembrava da noite passada.
Talvez a brincadeira na mesa de tênis foi um exagero. Aquele excesso de álcool me baqueou.
-Bom dia, donzela - falou Arthur.
Olhei em direção a voz e o vi, abotoando a calça e sem blusa. Ele exibia aquele corpo esbelto como se fosse um troféu e eu estava louca para toma-lo para mim.
-Onde vai? - tenho que trabalhar.
-Ai, Deus, tenho que ir para empresa - falei me levantando.
-Liguei para o seu pai e disse que vai se atrasar um pouco, pois tem algumas coisas para resolver... algo sobre escolher um vestido de noiva - falou.
Aquilo me deixou muito, muito, muito irritada.
-Você não tinha o direito de fazer isso - falei.
Seus olhos se arregalaram, surpresos.
-Desculpa, eu.. eu... Eu só queria ajudar - falou.
Não respondi a ele.
Apenas peguei minha toalha e caminhei a passos firmes em direção ao banheiro.
Tomei um banho rápido e vesti uma roupa confortável.
Ao chegar na cozinha vi que o café da manhã já estava pronto e Arthur estava sentado, pensativo, a mesa.
Emanuela estava de costas para mim, mas parecia estar guardando algumas coisas na geladeira.
-Oh, você chegou - Arthur disse, notando minha presença.
Assenti.
-Você quer uma carona? - perguntei.
O encarei, confusa.
-Por que? - perguntei.
Seus olhos não conseguiam se fixar nos meus e ele procurava algum ponto para encarar de forma desesperada.
-So queria ser educado - disse e mordeu um pedaço de torrada.
Meu modo defensivo estava acionado... Ouvir ele dizer "vestido de noiva" trazia a tona todos os problemas de uma vez só. Sei que a culpa não era dele e ele era tão vítima quanto eu nessa história.
-Tudo bem, aceito sua carona - falei.
Ele sorriu, mas sem emoção.
Terminamos o café e descemos juntos para o estacionamento. Assim que as portas do elevador começaram a se abrir, ele pegou minha mão.
Eu sabia que seria para os paparazzi aquela encenação, mas meu coração palpitou algumas vezes no peito. Seu toque produziu aquele formigamento gostoso na palma da minha mão e sua pele irradiou calor para mim.
Arthur me conduziu até a porta do passageiro e abriu ela para mim, indicando que eu entrasse.
Observei ele atravessando o carro.
Aquele homem tinha um dom de me deixar extasiada. Naquela manhã ele trajava um terno sob medida que combinavam perfeitamente em tom azul marinho, com uma camisa branca por baixo e uma grava da mesma cor do terno.
Peguei meu celular, na tentativa de não prestar atenção naquele visão magnifica.
Uma coisa era certa, Arthur era muito lindo. Seus olhos escuros eram envoltos em longos cílios, seus cabelos sempre penteados para o lado e um sorriso extravagante e sensual no rosto.
Abri meinhas redes sociais, nada surpresa com a avalanche de noticias sobre mim e Arthur.
Aparentemente os repórteres já sabiam que estávamos morando juntos e tiraram algumas fotos nossas no estacionamento do prédio para elucidar a história. Mas uma notícia me chamou a atenção:
"Casamento? Descobrimos de fontes confiáveis que o mais novo casal (Arthur Morais e Elizabeth Hamons) estão com o casamento marcado"
-Nossos pais já lançaram a noticia sobre o casamento? - perguntei assim que Arthur fechou a porta do carro.
-Não que eu sabia - falou. - A ideia era soltar essa notícia amanhã.
Coloquei o celular na frente do seu rosto para que lesse a matéria.
Nela haviam fotos nossas no La Vip e na festa que fizemos na minha residência. Até fotos nossas no sofá entre beijos foram anexadas a matérias. Em uma parte dela se lia:
"Apaixonados? Pelo visto o casal do momento não se desgruda e faz questão de mostrar a seus amigos, em uma festa reservada, como amor entre eles esta a flor da pele. Fontes relatam que o casal esta muito apaixonado e não se desgrudam em nenhum momento. Quem será que tomou a iniciativa, em?"
Bufei.
-Acho que estamos um pouco lascados - falei.
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CASAMENTO DE FACHADA: HERDEIROS
Romance(NOVA CAPA); Créditos da capa para: @Baby-Blue-Galaxy Elizabeth Hamons e Arthur Morais são os herdeiros perfeitos. Ambos tem a mesma ambição: conquistar a aprovação de seus pais e serem os responsáveis pelas suas respectivas empresa. No entanto, s...