Débora se sentou entre eu e minha mãe.
-Cadê o Ian? - perguntei sussurrando.
Ela deu de ombros.
-No inferno, provavelmente - ela disse com uma ira nos olhos.
Meu pai nos repreendia com o olhar.
-Meninas, espero que se comportem - ele falou.
-É só sua mulher não abrir a boca para falar merda, que a gente fica numa boa - respondeu Débora rispidamente.
Minha mãe segurou a mão de Débora e sorriu para ela.
-Enfim, cadê o almoço? - perguntou Arthur, tentando amenizar o clima.
Devanir conversava algo com a irmã de Arthur, mas senhora Cristiane nos encarava com um olhar bem analítico.
-Oh, o almoço já vem, vamos nos conhecer primeiro já que seremos uma só família- falou minha madrasta.
Eu a olhei e revirei meus olhos.
Seu interesse era só seu nome associado a uma das maiores famílias do país. Por ela, quem estaria se casando era seu filho e não eu. Ela sabe o que essa união significa, eu agora poderia ter o apoio dos acionistas.
-E então, como andam os preparativos para o casamento? - perguntou a mãe de Arthur.
-Boas - eu disse, não fazendo a mínima ideia de como estavam os preparativos.
-Oh, estou tão ansiosa para esse evento - disse minha mãe dando palminhas.
Debie revirou os olhos.
-Ótimo, a princesinha irá se casar - debochou Débora.
-Debie - falei a repreendendo.
Ela me olhou de um jeito que não consegui entender.
-O que deu em você? - perguntei, com meu olhar duro.
Se ela queria agir igual uma criança, que agisse, mas também deveria suportar que a tratassemos como uma criança.
-Se ia vir para agir assim, deveria ter ficado em casa - cuspi as palavras.
Ela riu sem humor.
-Você ficaria feliz com toda a atenção só para você, né? - perguntou.
-Debora, eu espero que tenha uma explicação muito boa para estar agindo assim comigo - falei. - Porque se é assim que me considera, então prefiro que nem converse comigo.
Me levantei e sentei do outro lado de Arthur.
Todos nos encaravam e minha madastra me olhava com um sorriso estampada em seus lábios.
-As irmãs unidas estão passando por problemas - ela disse em um falso tom de preocupação. - Não fiquem assim meninas, vocês são sempre tão unidas.
Meu meio irmão levou o copo até a boca e sorriu.
-Eu avisei, Eliz, que você sempre defendia a pessoa errada - ele falou. - Ela nunca nem de importou com você.
Debie deu um soco na mesa e olhou com fúria em direção ao rapaz.
-Seria perfeito para você, né? Mas ter o apoio da Eliz não te levaria a presidência, meu caro - ela bravejou.
Felipe riu ironicamente.
-Cheguem - falou meu pai, sério. - Os três.
Eu levantei os braços como se não tivesse nenhum envolvimento com aquela discussão.
-Vamos aproveitar esse almoço como uma família normal - disse meu pai.
-Ai é que está, senhor Sérgio, não somos normais - falou Debie.
-Debora, chame-o de pai - repreende minha madrasta.
Minha irmã riu sem humor.
-E você eu chamo de que? - Debie começou a dizer, mas minha mãe a segurou.
Débora ficou quieta, mas deu para notar que isso não tinha diminuído a ira dela, muito pelo contrário.
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CASAMENTO DE FACHADA: HERDEIROS
Romans(NOVA CAPA); Créditos da capa para: @Baby-Blue-Galaxy Elizabeth Hamons e Arthur Morais são os herdeiros perfeitos. Ambos tem a mesma ambição: conquistar a aprovação de seus pais e serem os responsáveis pelas suas respectivas empresa. No entanto, s...