Capítulo 6

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Okay, qual era o melhor look para um encontro?. Eu encarava o amontoado de roupa sobre a minha cama.

Nunca fui muito boa com essas coisas e na faculdade eu ia para a balada, beijava na boca e voltava bem plena para minha casa. Simples e sem frescura.

Olhei para um vestido de corte fino que Debie me deu em meu aniversário no ano passado. Ele tinha duas alças delicadas e um tom neutro que combinaria com a ideia de tentar passar despercebida.

-Eu escolho você - eu o peguei na mãos e coloquei em meu corpo.

O vestido destaca todas as curvas do meu corpo e a princípio fiquei meio desconfortável. Era estranho me ver com algo tão justo a luz do dia, então para compor o visual adicionei um cardigan branco que combinava com o cinza da peça.

Olhei o resultado no espelho e fiquei satisfeita. Eu estava bonita e ao mesmo tempo elegante.

Para compôs o visual calcei um tênis e prendi meu cabelo em um coque bagunçado. Peguei um óculos de sol com o intuito de parecer que nos escondiamos e uma bolsa pequena apenas para o cartão e celular.

Sai do quarto e me deparo com Arthur em minha cozinha.

-Ola, minha noivinha - ele disse, com um sorriso brincalhão nos lábios.

Revirei os olhos com o comentário.

-O que está fazendo aqui? - perguntei.

Olhei para Debie que deu de ombros inocentemente.

-Eu deixei ele entrar, já tinha uma meia hora que ele estava esperando por você - ela falou.

-Que ele esperasse mais uma hora, então - falei, rude.

Arthur apenas riu sarcasticamente.

-Estamos começando nosso casamento com o pé esquerdo, minha amada, deveríamos nos respeitar - ele imitou a minha voz.

Lhe lancei um olhar cortante.

-Já que está pronta, podemos ir? - perguntou.

Não respondi e apenas seguir em direção a porta, não me importando se ele me seguia ou não. Ouvi ele despedir de Debie e se aproximar de mim.

-Sua irmã é legal - ele disse quando entramos no elevador.

-Ela puxou um lado bom da família - falei.

-E você o outro, pelo visto - brincou.

Eu apenas o encarei, seria.

-Exatamente - concordei.

Ele bufou.

-Você é sempre tão mal humorada, misericórdia, por que toda essa agressividade? - ele perguntou.

Dei de ombros.

Quando chegamos próximo ao térreo ele entrelaçou sua mão na minha e isso me deu um susto.

-O que pensa que está fazendo? - perguntei irritada.

-Fingindo não estar irritado com você agora e pagando de casal feliz - ele disse.

Logo em seguida as portas se abriram e seguimos em direção ao estacionamento.

Coloquei meu óculos de sol e ele colocou um boné.

Estávamos parecendo aquelas celebridades que se escondem de escândalos. Mas em parte é o que teoricamente deveríamos demonstrar.

A ideia era parecer que estamos escondendo esse relacionamento a um tempo e só agora fomos descobertos. Assim, o casamento não iria parecer tão repentino.

Pelo que eu entendi, o casamento já estava agendado como uma celebração privada, mas essa informação seria vazada essa semana. E só depois que isso acontecesse que iríamos nos pronunciar para a mídia.

Era uma estratégia boa, mas tínhamos que contar com um retorno bom do público.

Arthur abriu a porta do carro do lado do passageiro e me conduziu delicadamente para o banco. Ele educadamente afivelou meu sinto, me permitindo sentir o cheio de seu perfume penetrar em minha narina.

-Agora está segura - ele disse e depositou um beijo em minha testa.

O vi contornar o carro e pensei nas cenas de filme.

Hoje ele usava uma bermuda preta e uma camisa azul marinho. O boné lhe proporcionava uma visual de playboy e o deixava ainda mais lindo.

Arthur era dono de uma beleza bem característica. Mesmo com o corte social e a barba, ele tinha um rosto infantil e angelical. Era um contraste interessante com o corpo extremamente grande e definido.

-Aonde quer ir? - perguntou.

-Achei que seu pai tivesse feito nossa rota - fiz a observação com um tom de ironia.

-E ele fez, mas não tô afim de seguir aquele cronograma - falou.

Não era atoa que ele era conhecido como o rebelde da família.

-Precisamos aparecer para os fotógrafos - eu ressaltei.

-Não se preocupe, minha bela, com o alarde de ontem aonde quer que a gente vá chamaremos a atenção - falou.

-Então você decide nosso destino -, falei.

Ele me olhou curioso.

-Tem certeza? Você pode se arrepender dessa decisão - falou com um sorriso sugestivo no rosto.

-Estou sentindo o arrependimento bater em meu coração, mas vamos lá, o que você pode aprontar de tão estranho? - falei.

Arthur exibiu um sorriso malicioso e eu sabia que ele poderia sim providenciar um encontro muito esquisito. 

CASAMENTO DE FACHADA: HERDEIROSOnde histórias criam vida. Descubra agora