Quando Giorgia faz uma proposta mais do que inusitada para seu chefe, para que ele finja ser seu namorado em frente a familia insuportável que ela tem, o quão desastroso poderia ser aquilo?
Bem, era o que Giorgia McCurty iria descobrir em poucas se...
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— Certo, esse é nosso primeiro encontro, senhor Anthony. - Giorgia deu um meio sorriso, quando eu puxei a cadeira pra que ela sentasse. — É muito estranho dizer isso em voz alta. - Concordei, rindo nasalado e me sentei em sua frente, depois de abrir o único botão do terno azul cinzento que estava usando.
— Não tive oportunidade de dizer, mas você está linda. - Eu sorri, a vendo olhar para seu vestido azul escuro com uma saia de renda lisa. Seu corset simples e com muito brilho e alças finas.
E a falta de oportunidade para dizer que ela estava muito bonita, poderia ser depositada sobre a mãe de Giorgia, que quase nos expulsou da casa de tão brava por saber que estávamos indo em outra cidade para ter um encontro ao invés de comer em algum dos restaurantes da família. Ela tinha seus informantes, como Giorgia havia dito, não iríamos ter um segundo de paz, porque no fim da noite, senhora Cassandra saberia todos os passos que tínhamos dado e todos os movimentos que fizemos.
— É estranho ver o senhor usando. - Fez uma pausa para apontar para meus cabelos, parecendo envergonhada. — Gel. - Juntei as sobrancelhas desviando os olhos da mesa para suas mãos.
— Pintou as unhas. - Ela piscou duas vezes, parecendo confusa. — Isso é novo pra mim.
— Não é muito estranho? - Apontou para nós dois, quase rindo. — Quer dizer, nós dois. Imagina o que falariam de nós se nos vissem jantando juntos?
— Tem vergonha de te verem comigo? - Brinquei, mantendo o rosto sério.
— Um pouco, não vou mentir. - Cerrou os dentes, em uma careta. — O senhor tem manias estranhas. Como ficar olhando pra alguém com cara de esnobe.
— Cara de... Esnobe, foi o que disse?
— Deixando claro que essas não são minhas palavras. - Arquei as sobrancelhas como se dissesse, "Eu acredito nisso", só que com irônia.
— E como seria essa cara...? Obrigado. - Agradeço o garçom com um sorrisinho, que nos entregou os cardápios e logo saiu da mesa, com um aceno de cabeça.
— Olhos inexpressivos, quase se fechando e quando você pisca, faz isso Lentamente como se estivesse com preguiça. - Ela imitou a careta, me fazendo sorrir com um dos cantos dos lábios e Inclinar a cabeça concordando. — É assim que eu sei se você dormiu bem ou não.
— Sabe o que vai pedir? Porque eu não faço a mínima idéia. - Ela passou os olhos pelo papel em suas mãos.
— Camarão gratinado com manteiga e alho? - Me encarou animada. — É meu prato caro preferido. O mais barato, com toda certeza é hambúrguer. - Ela mordeu o lábio inferior, ainda olhando o cardápio. — O que o senhor acha? - Me questiona e eu abri a boca pra respondê-la, que me corta, fechando os olhos. — O senhor é alérgico a camarão.
— Filé de peixe com batata e molho de tomate, parece bom.
Ela concordou com um sorriso. Enquanto eu estava me perguntando porque diabos estávamos escolhendo o prato juntos e em qual momento decidimos isso. Não que eu não gostasse de filé de peixe com molho de tomate, céus? Quem não gostaria? Mas o fato de escolhermos pratos juntos era estranho.